Depois de mais ou menos três horas de viagem em direção a Termênia, os dois amigos decidiram parar em um vilarejo próximo para descansar um pouco, enfim, eles pararam em um vilarejo próximo à fronteira, era um lugar precário, mas tinha o que eles queriam: um bom lugar para comer e descansar. Encontraram uma pousada e dormiram por lá mesmo.
Quando acordaram, foram pegar a carroça, que estava atracada no fundo da pousada num local próprio, depois continuaram a viagem, e finalmente cruzaram a fronteira, entrando no território de Termênia.
— Vamos para Breslávia, um vilarejo perto da capital daqui, Lina está lá. — afirma Nemecko.
— Tudo bem, vamos para lá. — disse Haskel.
Os dois aventureiros partiram em direção ao vilarejo onde Lina está, que fica ao sul da capital de Termênia. A viagem foi extremamente, sem nenhum tipo de problema, o que estranhou Nemecko, que era acostumado com a grande quantidade de problemas que aquele caminho até Breslávia tinha quando ele ia frequentemente para lá.
Ao chegar no vilarejo, Haskel estranhou, pois ele achou q ia ser um lugar muito rico, mas não era um lugar precário, mas decepcionou o feiticeiro, porque ele esperava algo diferente, baseado nas histórias de Termênia que ele já tinha ouvido. Mas mesmo com a indignação, Haskel não disse nada para Nemecko, e seguiram por dentro do vilarejo, até que pararam numa taverna na intenção de relaxar depois da longa viagem que fizeram. Antes de entrar na taverna, os dois aventureiros ouviram gritos de dor, vozes masculinas aparentemente.
— Calma. — disse Nemecko
— Temos que ver o que está acontecendo lá dentro. — afirmou Haskel.
— Sim, temos, mas por aqui. — Nemecko se aproximou até uma janela onde era possível ver o que acontecia na taverna, Haskel também chegou a ver.
Estava acontecendo uma briga lá dentro, um grupo de seis homens estava ameaçando a atendente do lugar, anunciando assalto. Mas numa questão de segundos, algo estranho aconteceu, um cara encapuzado que estava sentado numa mesa do fundo da taverna se levanta e dá um mata leão em um dos seis homens, pegou uma rapieira e cortou o pescoço dele, matando-o. Os outros cinco se viraram contra o homem encapuzado, o primeiro virou um golpe de espada na região do peito e o ladino desviou com um giro e em um contra golpe acertou sua rapieira com precisão na jugular do bandido, matando-o também, depois o ladino atacou um terceiro homem, porém errou o golpe, e o bandido tirou a rapieira do homem encapuzado, isso não foi problema, já que ele pulou sobre uma das mesas da taverna e quebrou uma garrafa de hidromel, e acertou a cabeça do bandido com os cacos de vidro, matando o terceiro homem. O quarto bandido que avançou no homem encapuzado tinha uma besta com mais ou menos 25 virotes, mas o ladino desviou de todos os cinco tiros nele, pegou de volta sua rapieira no chão e acertou novamente com precisão o pescoço do bandido, matando o quarto homem, pegou a besta do homem morto e acertou dois virotes na cabeça de cada um dos outros dois bandidos restantes, matando-os e acabando com o grupo de assaltantes.
Nemecko ficou incrédulo com o que viu. Haskel nem conseguia acreditar. Por fim, o ladino saiu da taverna.
— Ei, senhor! — gritou Nemecko.
O homem nem se quer virou.
— Você mesmo. — gritou Nemecko novamente.
O ladino se virou, tirando o capuz. Os dois não acreditaram no que viram, era uma mulher, com orelhas de elfa, cabelos ruivos acobreados, uma cor maravilhosa, lindo para se ver, olhos verdes e corpo esbelto e encantador. Haskel se encantou com toda aquela beleza que vira.
— Saiba que não sou um homem. — disse a ladina.
— Desculpe o engano. — Nemecko disse.
— Me chamo Lina, qual o nome de vocês?
— Me chamo Nemecko, e esse é meu amigo, Haskel.
— Prazer. — disse Haskel.
— Ah, Nemecko, te conheço.
— Sim, conhece, faz muito tempo que não venho para essa região.
— O que querem falar comigo?
— Vimos você naquela taverna, achamos incríveis, podemos conversar?
— Ah, já não aguento mais o pessoal dessa organização, os tais dos Anjos de Sangue. Claro, podemos conversar, me acompanhem.
Os dois acompanharam Lina até a casa dela.
— Tem dois quartos vazios no fundo, podem ficar lá. — disse Lina.
Os dois foram deixar suas coisas nos quartos em que ficariam, depois todos sentaram na frente de uma lareira na sala da casa.
— Então, o que querem falar comigo? — perguntou Lina.
— Temos uma proposta, nos unimos para nos aventurar juntos e cada um tem seu ideal, acredito que você também tenha os seus, porque não nos unirmos? — perguntou Nemecko.
— Eu aceito, preciso de um trabalho, não tenho nada o que fazer ultimamente.
— Que bom.
— Uma coisa, desculpe a pergunta, sempre ouvi histórias de Termênia, que aqui era muito rico entre outras coisas, cheguei aqui e nada disso é real, por quê? — perguntou Haskel.
— Já ouviu falar da Guerra Traíra?
— Sim, mas nunca entendi o nome.
— Foi assim, há um tempo, Arkieh travou guerra com o reino Évora, a fim de conquista de território, e pelo fato de Termênia fazer fronteira, nos aliamos à Arkieh, por fim, a guerra não levou a nada, ninguém conquistou território nenhum, mas Temerius, rei de Arkieh, decidiu roubar grande parte das riquezas de Termênia, do nada, ninguém entendeu esse roubo no seu maior aliado durante a guerra, por isso hoje não somos tão rico igual éramos. E foi nessa guerra que perdi meus pais. Guerras nunca terminam bem.
— Mais um motivo para eu odiar aquele merda. — disse Nemecko.
— Concordo, nos vingaremos por diversos motivos desse verme. — concluiu Haskel.
A conversa durou muito tempo ainda, mas por fim, todos foram se deitar. Haskel mal conseguiu dormir, passou a noite pensando na beleza da ladina elfa que vira.
Agora, os três aventureiros se uniram para aventuras, mal sabem do que os esperam pela frente.
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