No dia seguinte, Nemecko, Haskel e Lina acordaram e foram comer algo. Sentados à mesa, conversaram bastante até que surge um assunto na mesa:
— Lina, o que você sabe sobre Temerius? — perguntou Haskel.
— Bem, ele infelizmente é meu tio, não gosto de falar sobre isso... — Lina disse com os olhos encharcados de lágrimas. — ... eu era muito feliz com ele, tínhamos uma relação muito boa de sobrinha e tio. Até que aconteceu o estopim da história dele, lembro de um dia eu estar brincando com ele e um senhor chegou em casa querendo conversar com ele, como eu era pequena, não me importei. Eles foram até o quarto do meu tio e conversara, não consegui entender o que estavam conversando, mas umas duas horas depois, eu ouvi um grito do meu tio, a porta do quarto abriu e Temerius estava enforcando o senhor até a morte, depois ele virou para mim com os olhos brancos e mãos laranja e com certeza com muita maldade, eu corri e me escondi numa cadeira da sala da casa dele. Meu tio gritou coisas como: “EU SEMPRE QUIS ME REVELAR” “É TÃO BOM SER QUEM REALMENTE SOMOS”. Fiquei muito assustada até que vi uma cena que lembro até hoje, meu tio segurou minha tia pelo pescoço, fez fogo na mão e queimou a cara dela, até matá-la. Ele começou a vir atrás de mim, mas eu corri e com sorte consegui fugir. Tenho um ódio mortal por aquele merda que fingiu gostar de mim.
— Desculpe tocar nesse assunto. — lamentou Haskel.
— Depois disso, Temerius conseguiu manipular a cabeça de quase toda a elite de Arkieh e conseguiu se tornar rei. Levando Arkieh para o mundo das trevas. — complementou Nemecko.
— Vamos acabar com esse desgraçado. — disse Lina num tom de vingança.
— Iremos. — Haskel e Nemecko afirmam ao mesmo tempo.
Os três amigos ficaram lá conversando por bastante tempo, mas decidiram descontrair um pouco e ir até a taverna Carniceiros, uma das tavernas mais famosas de Breslávia.
Chegando lá, estava extremamente animado, tinha um show de um bardo muito talentoso, ele recitava uma balada muito boa:
“Eles partiram, eles partiram
Para uma aventura
Eles mataram, eles mataram
Aquela horrível medusa
Vamos saudar com alegria
O grupo que saiu daquela fria...”
Nemecko, Haskel e Lina pediram canecos de chope e se divertiram a noite toda.
Quando o bardo terminou a apresentação, juntou seus pertences e sentou-se à mesa dos três.
— Olá. — disse o bardo.
— Oi. — disse Lina, claramente um pouco alterado por causa do álcool.
— Conhecem Temerius? — perguntou o bardo.
— O QUE VOCÊ QUER COM A GENTE? — Lina gritou enquanto empunhava uma rapieira que sempre carregava consigo.
— Calma moça, vamos conversar calmamente, meus interesses são a favor de vocês.
— Qual seu nome?
— Me chamo Ganan, sou bardo com grandes habilidades com armas à distância.
Ao ouvir o nome, Lina logo se lembrou de quem é e se sentou com vontade de ter uma conversa saudável com o bardo.
— Quero me juntar a vocês. — afirmou o bardo.
— Por quê? — perguntou Lina.
— Também quero me vingar daquele cara, sou confiável, não decepciono.
— Ele é mesmo, conheço esse cara. — afirmou Lina.
— Amanhã a gente conversa. — disse Ganan levantando-se e indo embora.
Os três amigos ficaram em dúvida, mas foram para casa dormir para ter a conversa no dia seguinte.
Lina dormiu primeiro, e os outros dois aventureiros ficaram sentados conversando na sala da casa.
— Eu acho que estou apaixonado, não sei o que faço. — disse Haskel.
— Ela realmente é bonita, você consegue, eu confio. — disse Nemecko.
— Ai ai, vou dormir, boa noite, até amanhã.
— Boa noite, Haskel. Até.
Cada um foi para o seu quarto e todos dormiram ansiosos para ter a conversa com Ganan, ainda nem tinham visto o rosto dele, mas sabiam que ele tem um grande potencial para o grupo.
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