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Romeu e Julius - Aventuras em Framon

(PARTE 2) - OH, MEU DEUS

(PARTE 2) - OH, MEU DEUS

May 23, 2022

O talismã brilhou mais forte e Romeu não conseguiu esconder a felicidade. Infelizmente, o grito de desespero de algumas pessoas machucadas pela pedra fazem os pombinhos voltarem à realidade.

Outra pedra surpreende os convidados que, felizmente, conseguem encontrar abrigo e não são atingidos. Todos ficam boquiabertos quando um monstro feito de areia invade o salão. A primeira vítima é Clarissa, a jovem não tem chance de correr. A criatura segura a jovem pela cintura com facilidade.

— Nãããooooo!!! Socorro!!! — gritou Clarissa em desespero, tentando escapar das mãos do monstrengo.

— Clarissa. Essa não. — Julius levantou do chão e correu na direção da amiga.

De um momento para o outro, o baile virou um verdadeiro caos. Pessoas machucadas no chão, outras gritando por causa do monstro. Julius pegou a espada de um dos soldados abatidos pela criatura e tentou livrar a amiga. A cada golpe, o monstro ficava ferido, entretanto, conseguia regenerar sua pele feita de areia.

— Primeiro um esqueleto e agora uma montanha de areia? Isso tá ficando ridículo. Ei, príncipe. — Bartolomeu soltou pegando no ombro de Mitty.

— O quê? O que eu faço? — questionou o príncipe com uma voz fina.

— Leve essas moças daqui. E, por favor, cuide da minha irmã. — pegando no ombro de Catherine.

— Claro. — segurando a espada com suas mãos trêmulas e chamando a atenção das garotas. — Moças por esse lado.

As espadas não fizeram efeito no monstro de Cen. Os guardas tentavam desesperadamente conter a criatura, mas não conseguiam. A cada golpe, o monstro ficava mais forte e feroz. Clarissa estava, praticamente, submersa dentro do monstro.

Em um golpe rápido, Julius pegou um balde de gelo e jogou no rosto da criatura, que parou por alguns momentos. O filho de Melody pulou em cima da mesa e segurou nas mãos da amiga.

— Julius!!! — gritou Clarissa aos prantos.

— Você tá quase saindo! — avisou Julius que puxou Clarissa com toda força e os dois caíram no chão.

— Vá para um lugar seguro. — pediu Romeu se aproximando de Clarissa e Julius.

— Vá, Clarissa. — disse Julius se levantando e ajudando a amiga. — Busque abrigo.

— Estou falando dos dois.

— Eu vou ajudar. — Julius disse em um tom de revolta. — Não adianta vocês me expulsarem. Eu vou ficar aqui e... — levando um tapa do monstro que grita possesso por ter sido atingido. — Eu vou ficar só um pouco. — balbucia Julius, antes de desmaiar.

— Julius!! — Romeu ficou desesperado ao ver o seu melhor amigo caído no chão. — Clarissa, corra.

— Cadê meu irmão? — perguntou Bartolomeu para Romeu, atacando o monstro com a espada.

— Romeu: - Temos algo mais importante para cuidar agora. — segurando a espada com força e olhando para a criatura de areia.

Visando a segurança do todo poderoso de Framon, Celdo, rapidamente montou um esquema com os soldados. Eles levaram o Rei Nilo para um lugar seguro. Ninguém conseguia acreditar na destruição que o monstro de Cen causou no castelo real.

Através de uma bola de cristal, o feiticeiro se divertia e ria com o desespero da população de Framon. Ele queria sua vingança, nem que isso custasse a vida de pessoas inocentes. Os olhos vermelhos de Cen acompanhavam com prazer a situação e sua alma vibrava a cada soldado exterminado.

Os homens da guerra sempre aprendem na prática seus aprendizados mais significativos. Nada estava ferindo o monstro de areia. Celdo não conseguia pensar em uma alternativa plausível até que Catherine apareceu e tentou alertá-lo.

— Fogo! — gritou Catherine segurando os ombros do pai.

— Minha filha.

— Papai trouxe algumas pessoas para o castelo. Elas estavam tão assustadas e...

— Como assim, Catherine? — perguntou o Rei Nilo, cortando a fala de Mitty e andando em direção a Catherine.

— A criatura é feita de areia, certo? — questionou Catherine nervosa e preocupada. — A areia quando chega a um grande grau alto de temperatura acaba transformando-se em vidro. E o vidro pode ser quebrado.

— Você é sensacional. — beijando a testa da filha e correndo para a área dos arqueiros de Framon.

— Muito bem pensado. — destacou Mitty pegando no ombro de Catherine e sorrindo.

Com a dica de Catherine, Celdo ordenou aos arqueiros que usassem flechas com fogo para enfrentar a criatura. Um a um, os arqueiros foram acendendo o chumaço de algodão amarrados nas pontas das flechas e prepararam para o ataque.

Em uma guerra, a concentração é primordial, apesar de toda gritaria e confusão. Celdo observava a movimentação do monstro de areia e aproveitou uma distração do mesmo para atacar.

Finalmente, o ataque foi iniciado. Para a surpresa de todos, os lugares que as flechas incendiárias atingiam eram transformadas em vidro e caindo no chão.

O ataque foi iniciado, algumas partes do monstro foram se transformando em vidro e caindo no chão. A ideia de Catherine funcionou e aos poucos o monstro foi sendo derrotado. Romeu aproveitou a distração para acudir Julius que continuava deitado no chão.

— Julius. — ficando ajoelhado no chão e segurando a cabeça de Julius.

— O que eu perdi? — perguntou o filho caçula de Malody, confuso e ofegante.

— Não muito.— respondeu Romeu, ajudando o amigo a ficar em pé. — Você está bem. Fiquei muito preocupado e...

— Sobre aquele talismã. É verdade?

— Sim. Ele brilhou. Você viu.

O que se faz quando dois corações apaixonados batem juntos? Um sentimento avassalador tomou conta de Romeu e Julius. Um beijo naquele momento foi inevitável e necessário para eles.

Um beijo sincero. Um beijo duradouro. Um beijo de amor verdadeiro. Como nada na vida é eterno, o fogo da paixão foi atrapalhado quando uma espada caiu no chão e o som ecoou na sala vazia.

— Oh, Meu Deus! — soltou Bartolomeu pegando a espada caída no chão, enquanto Romeu e Julius se afastam em desespero. — Va... va... vamos, Julius. — Bartolomeu cerrou os punhos para evitar não matar os dois.

O mundo de Julius parou. Ele seguiu o irmão e não conseguia achar palavras. Do lado de fora, os cavaleiros reais celebravam a vitória contra o monstro de areia. Já na cabeça de Julius, um turbilhão de emoções se misturavam. Qual seria a atitude de Bartolomeu?

Para Cen, apenas uma terrível dor de cabeça, após ter mais uma criatura dizimada. A frustração foi tanta que uma forte tempestade caiu nas montanhas de Kinopla, lar do terrível feiticeiro.

— Maldição. Meu plano precisa dar certo. Vou sequestrar o Rei e forçar aquele principezinho a me passar o reino. Não vai ser tão difícil. Vou atacar no baile. Todos estarão lá. E eles vão ter uma bela surpresa! — gritou o feiticeiro jogando alguns ingredientes no chão.

Como disse anteriormente, as palavras sumiram do vocabulário de Julius. Na carruagem, ele evitava olhar para o irmão mais velho. Por outro lado, Bartolomeu, fazia de tudo para encontrar algo que justificasse o beijo entre Romeu e Julius.

— Chegamos. Vocês não vão sair? — perguntou Catherine já do lado de fora da carruagem, olhando de forma estranha para os irmãos.

— Boa noite. — soltou Bartolomeu saindo de forma apressada da carruagem e entrando em casa.

— Espera. — pediu Julius correndo atrás do irmão e segurando em seu braço.

— Não encosta em mim! — gritou Bartolomeu, puxando o braço de forma agressiva e assustando Julius.

— Bartolomeu...

— Venha. — segurando o braço de Julius com violência e levando para o seu quarto. — Me fala que palhaçada era aquela?

— Eu...

— Fale, irmão! Você é maricas? — questionou Bartolomeu andando de um lado para o outro. — Julius, o papai vai matar vocês. — Bartolomeu parou e começou a chorar.

— Então, me ajude. Fique ao meu lado. Eu não sei sobre os meus sentimentos, mas existe algo entre nós, irmão.

— Isso é loucura, irmão. Eu não quero te perder.

— Bartolomeu, por favor, fique ao meu lado. Estou assustado. — pediu Julius abraçando o irmão.

— Só peça para o Bartolomeu não ficar perto de mim. Não sei do que sou capaz de fazer. — abraçando Julius e chorando.

A semana passou sem qualquer ataque de Cen. Os guardas reais vasculharam várias áreas do reino, mas nada encontraram. Nesse meio tempo, o feiticeiro maligno continuava reunindo poder para colocar mais um plano em ação.

A quietude de Framon podia significar muitas coisas como, por exemplo, uma criança travessa aprontando algo, uma mãe descansando após um exaustivo dia de trabalho ou um Rei bem intencionado pensando na melhor maneira de derrotar um feiticeiro maligno.

Mas, no celeiro da família Mazzaro, apenas um barulho reinava, o beijo de um casal apaixonado. Romeu era ótimo em beijar, bem, pelo menos, Julius não reclamou. Eles aproveitaram uma viagem de Bartolomeu para namorar.

— Estou assustado. — soltou Julius entre os beijos.

— Se for preciso fugir daqui. Eu quero viver esse amor... quero... quero você. — garantiu Romeu, passando uma confiança fora do comum e fazendo Julius ficar mais tranquilo.

— E as nossas famílias?

— Bem, o reino de Costa Estrela permite que casais do mesmo sexo casem. Eles têm uma mentalidade diferente.

— Porém, o lugar é pobre, com violência e guerras. — disse Julius, achando desculpas para não embarcar na ideia de Romeu.

— Nada é perfeito. A gente foi atacado por um esqueleto e um monstro de areia. Quase a mesma coisa. — justificou Romeu.

— Descobriram quem mandou esses monstros? — Julius quis saber tirando um capim preso no cabelo de Romeu.

— Um feiticeiro chamado Cen. A equipe do castelo está empenhada em encontrá-lo. — explicou Romeu, tocando o rosto de Julius com ternura e sorrindo.

— Você vai para o baile da primavera?

— Acho que não.

— Vamos. Por favor. Quero dançar com você. — Julius acabou fazendo Romeu rir com o pedido inusitado.

— Eu até queria, mas seremos mortos.

— Verdade.

A amizade de Julius com as gêmeas Clarissa e Cássia aconteceu de forma natural. Seus pais sempre estudaram juntos, então, nada mais normal que eles se tornassem grandes amigos. Eles compartilhavam até mesmo os segredos mais profundos uns com os outros.

Porém, nada preparou as gêmeas para o que estava por vir. O universo parou quando Julius Mazzaro contou sobre o seu relacionamento secreto com Romeu Bellini. As reações, também, foram distintas, a Clarissa levantou e bateu palmas freneticamente. Já Cássia ficou boquiaberta, só que deu todo o apoio para o amigo.

— Bem que estranhava essa aproximação de vocês. — disse Clarissa, abraçando o amigo e desejando sorte no relacionamento.

— Eu fico muito feliz. Vocês são demais, eu estava ficando sufocado já. O Bartolomeu descobriu, mas não reagiu muito bem. Estamos um pouco distantes. Muito obrigado mesmo. — revelou Julius chorando emocionado.

— Ah, pare, por favor. Somos suas amigas. Fique tranquilo. — acrescentou Cássia pegando na mão de Julius e a beijando.

— Mas, eu aviso. Tenha cuidado. Você sabe o que as pessoas erradas podem fazer com essa informação. — advertiu Clarissa preocupada com a reputação do amigo.


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Um amor impossível. Um feiticeiro malvado. Poderes mágicos. Sim, a vida do jovem Julius fica de ponta cabeça quando Cen invade sua cidade. Enquanto luta contra os poderes das trevas, ele vai ter que lidar com os sentimentos que tem pelo melhor amigo, Romeu. Acompanhe essa aventura/romance que escrevi com bastante carinho.
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