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Romeu e Julius - Aventuras em Framon

(PARTE 1) - CORRA!

(PARTE 1) - CORRA!

May 27, 2022

Se Julius pudesse definir aquela noite em uma palavra seria 'humilhante'. Ele foi exposto pela pessoa que mais confiava no mundo, o seu próprio pai. Com sangue nos olhos, Celdo, contava para a família a cena de seu filho e empregado beijando-se no celeiro.

Naquele momento, Celdo, não mensurou suas palavras. Chamou o filho de maricas, frutinhas, depravado e desgraçado. Aquelas palavras feriram Julius com mais força do que tapas e socos. Ele apenas chorava e lamentava a falta de amor do pai.


— Papai. Por favor. — Bartolomeu interveio e pediu para que o pai não fizesse escândalo. — Controle-se. Eu já sabia sobre o envolvimento deles. — contou, deixando a família em choque.

— Como assim?! — perguntou Celdo, segurando Bartolomeu pelo pescoço e o estapeando. — E porque não me contou?

— Não vejo mal. — Bartolomeu soltou e levou mais três tapas do pai, sem fazer qualquer tipo de expressão. — Acho que não tem problema algum, meu pai.

— Quer dizer que vocês se amam? — quis saber Celdo, ficando fora de si.

— Eu amo seu filho. — disse Romeu, tentando apelar para o lado generoso de Celdo. — E não importa o que aconteça sempre vou o amar. Eu aprendi com o senhor que precisamos correr atrás dos nossos sonhos.

— Papai. Existem muitas pessoas do mesmo sexo que casam. Em Costa Estrela...

— Calaaa bocaaa!!! — gritou Celdo, desferindo mais um tapa no rosto de Julius. — Não fale uma besteira dessas.

— Chega. Chega, Celdo. Estamos todos com a cabeça quente. Precisamos refletir.

Nenhuma palavra conseguia penetrar no coração de Celdo. Ele pensava apenas nos comentários que os seus amigos fariam. Principalmente, na opinião do Rei de Framon, Nilo, que poderia exonerá-lo dos cargos reais.

Em um ato de desespero, Julius correu até Romeu e o abraçou. Toda família ficou penalizada, quer dizer, Celdo, praticamente, expulsou Romeu de sua casa e levou Julius para o seu quarto. Bartolomeu pensou em fazer algo, porém, a mãe implorou para que eles resolvessem a situação de outra maneira.

— Que decepção, Julius. — disse Celdo, chorando e pegando a chave do quarto de Julius. — Te criei para ser um homem íntegro.

— Eu sou um homem íntegro, pai. Por que está fazendo isso? — perguntou Julius, de joelhos no chão aos prantos.

— Você é uma vergonha para toda a nossa família. — fechando a porta com violência e a trancando.

O que Celdo não sabia. É que os filhos descobriram várias passagens secretas que interligavam a maioria dos aposentos da mansão. Os irmãos entraram, após terem certeza que o pai não voltaria para falar com Julius.

— Meu irmão. — soltou Catherine, chorando e abraçando Julius.

— Você foi muito bobo. Como pode ser descuidado? Logo aqui em casa. — falou Bartolomeu, pegando no ombro de Julius e beijando sua cabeça.

— Eu amo o Romeu. De verdade. — Julius abriu o coração para os irmãos, os únicos que o apoiaram. — O papai me chamou de aberração, maricas e...

— Não importa o que te digam. — Bartolomeu pegou no queixo do irmão e segurou as lágrimas. — Sempre será um Mazzaro. Sempre terá um espaço nos nossos corações. Sempre será o meu irmãozinho querido. Não importa quantos tapas eu leve. Eu sempre te defenderei.

— Julius. O papai falou tudo no momento de tensão. Amanhã, vocês podem conversar com mais calma. Agora, relaxe. Eu falei com o Romeu e garanti que cuidaria de você. — afirmou Catherine fazendo carinho nos cabelos loiros do irmão caçula.

No dia seguinte, o clima era tenso na casa dos Mazzaro. Celdo não disse uma palavra durante o café da manhã e Lady Malody tentou apaziguar os ânimos falando sobre o baile. Ao ver o desespero da mãe para puxar assuntos aleatórios, Catherine destacou o convite feito pelo Príncipe Mitty, Bartolomeu riu da irmã, e assegurou que ainda não sabia quem levar para a festa. Julius estampava no rosto os tapas dados pelo pai e segurou as lágrimas.

— Malody. — Celdo chamou a atenção da esposa ao levantar. — O Julius está proibido de sair de casa. Sem visitas. Está entendendo. Bartolomeu. Vamos. — saindo, sem se despedir da família.

— Eu faço companhia para você. — garantiu Catherine, apertando a mão de Julius, querendo lhe passar coragem e ânimo.

— Querida, acho uma atitude nobre da sua parte, mas gostaria de fazer com o seu irmão. — pediu Malody, sorrindo, porque sentiu a sinergia entre os irmãos.

— Com licença. Vou para a biblioteca. — disse Catherine deixando a mãe e o irmão, sozinhos

— Mãe. — Julius deixou o seu assento e correu para abraçar, Malody. — Eu sinto muito.

— Meu amor. Tudo bem. Não estou te julgando. Só queria que tivesse sido honesto comigo.

— Estou preocupado com o Romeu.

— Eu conversei com Celdo. Ele vai dar uns dias de folga para o Romeu. Não se preocupe, Julius. O seu pai não fará nada com Romeu. Isso, eu posso lhe garantir.

A conversa entre Julius e Malody foi difícil, porém, necessária. A mãe garantiu que nunca abandonaria o filho, só que regras teriam que ser criadas para o bom convívio familiar. No fundo, Malody entendia a dor do filho ao apaixonar-se por alguém impossível.

Longe dali, nas geladas montanhas de Kinopla, uma pessoa comemora o plano e sem precisar sujar as mãos. Graças a magia das trevas, o feiticeiro Cen, conseguiu invocar um espírito para causar uma confusão na cabeça de Celdo.

— Plano brilhante. Agora é só esperar o dia do baile e darei a minha cartada final. Todos vão saber do que eu sou realmente capaz. — Cen falou para si mesmo, olhando uma imagem de Framon, através de sua bola de cristal.

No mundo dos guerreiros, existe uma palavra importante chamada de honra. Não importa sua origem, seja rico ou pobre, a honra será mais valiosa que tudo. Entre um treinamento e outro, Celdo, chamou Romeu para uma reunião. Apesar de nervoso, o jovem decidiu enfrentar qualquer barreira para ficar ao lado de Julius.

Ao entrar na sala, Romeu agradeceu, pois, em pé, ao lado da janela, estava Bartolomeu, o seu amigo de longa data. Ele sentou de frente para Celdo, que pediu desculpas pela violência da última noite.

— Romeu, há quanto tempo eu conheço você? — perguntou Celdo, sem ter coragem de olhar para o pupilo.

— Desde sempre. O senhor e meu pai lutaram muitas batalhas juntos e...

— E eu prometi ao seu pai que sempre o ajudaria. E trouxe você para ser um dos meus cavalheiros. — Celdo cortou Romeu, que não gostou nada.

— E eu agradeço muito, senhor. Por todas essas oportunidades.

— Então, por essa gratidão, eu lhe peço, fique longe do Julius. Ele ainda é jovem. Precisa aprender mais sobre a vida...

— Não posso lhe prometer isso, senhor. O Julius habita o meu coração e...

— Chega! — Celdo descontrola-se e bate com a mão na mesa. — Você está dispensado dos serviços esses dias. Eu não posso olhar para você. Estou com raiva, nojo. Se não fosse o rei gostar tanto de você, te mandaria de volta para a tua terra...

— O senhor já terminou? — Romeu levantou-se, não querendo ouvir mais nenhum desaforo de seu superior.

Enquanto recolhia seus pertences do Centro de Treinamento, Romeu lembrou de todos os bons momentos que viveu ao lado de Julius. Ele sabia que nenhum obstáculo ficaria entre ele e o seu grande amor.

Perdido em seus devaneios, o guerreiro nem notou a presença de seu melhor amigo no vestiário. Bartolomeu e Romeu foram os bons frutos do Centro de Treinamento. Parceiros em diversas batalhas, tornaram-se queridos pelo Rei Nilo, que não aprovava o comportamento do filho, príncipe Mitty.

— Como o Julius está? — perguntou Romeu, carregando uma caixa de madeira com todos os seus pertences e armas.

— Porque não verifica você mesmo? — Bartolomeu se controla, entretanto, as palavras saem de forma fácil e ele precisa tapar a boca com as mãos.

— Você me ajuda?

— Não sei. Papai ainda está uma fera...

— Bartolomeu. Eu amo o seu irmão, como nunca amei ninguém na vida. Pode ser difícil de ouvir, mas eu sinto algo muito forte por ele. Me ajude. — implorou Romeu, querendo uma oportunidade para abraçar o amado.

— Tá bom. Escuta. Hoje à tarde, mamãe vem ao castelo para ver os preparativos do baile. Vamos aproveitar esse momento. Vou deixar a Catherine de aviso. Deus nos ajude!

Nada melhor do que ter amigos, não é mesmo? As gêmeas, Clarissa e Cássia, ficaram a parte dos problemas de Julius. Elas bolaram vários planos mirabolantes para que o casal pudesse ficar junto. Até cogitaram fingir a morte de Julius.

No chá da tarde, enquanto, provavam alguns chás vindos do Norte de Framon, o grupo idealizava a melhor maneira de um possível encontro entre Romeu e Julius.

— Gente. Não sei o que fazer. Queria gritar...

— Com licença. — Bartolomeu anunciou, entrando no jardim.

— Bartolomeu! — Clarissa e Cássia, levantaram-se e cumprimentaram o jovem.

— Boa tarde, meninas e irmãos. — Bartolomeu desejou, piscando quando olhou para Clarissa. — Julius. Tenho uma surpresa para você.

Para a surpresa de todos, Romeu entrou e, de uma forma natural, Julius correu e o abraçou. As meninas ficam olhando de forma apaixonada para o casal, porém Bartolomeu, praticamente, as puxou do jardim para a sala de estar.

— Eu te amo, Romeu. — Julius declara, antes de beijá-lo.

— Eu também. Tanto que estive pensando. Julius, você aceita fugir comigo para Costa Estrela? Posso conseguir um trabalho lá. Podemos ser felizes. — garantiu Romeu, idealizando um futuro de felicidade para os dois.

— Eu preciso pensar. É uma decisão importante. Por outro lado, seria um sonho realizado viver ao teu lado.

— Não precisamos pensar. Aqui nunca seremos felizes. — Romeu encostou sua testa na de Julius e fala de maneira carinhosa para o amado. — No baile de primavera. Todos estarão no centro de convenções. É o momento ideal para a gente escapar.

— Ok, Romeu. Vamos fugir. Eu aceito...

De repente, Celdo invade o jardim e começa a gritar com os jovens. Temendo um novo escândalo, os irmãos de Julius tentam convencer o pai, mas nada adianta. Ele pegou o filho caçula pelos braços e o levou para outro quarto.

Mas, dessa vez, não foi fácil levar o filho, Julius, protestou e surpreendeu o pai. Por pouco, o jovem não revida um tapa que o pai lhe desfere no rosto.

— Você está de castigo até eu dizer que chega. E se os teus irmãos, tua mãe ou seus amigos tentarem te ajudar. — Celdo faz uma longa pausa, pois, está ofegante. — Eu não respondo por mim.

Com a ajuda de Clarissa e Cássia, Romeu saiu pelo jardim e adentrou a propriedade de sua família. Elas garantem que vão ficar de olho em Julius e pedem para que Romeu tenha paciência.

Mais uma noite tensa na casa dos Mazzaro. Malody ficou decepcionada com os filhos agindo pelas suas costas. Na hora do jantar, ela levou um prato de comida para Julius, que recusou-se a comer.

No outro dia, Romeu foi convocado para ir até o Centro de Treinamento. O tenente da guarda, o informou que havia uma missão que duraria dois anos e, através de um sorteio, ele seria um dos participantes.
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Um amor impossível. Um feiticeiro malvado. Poderes mágicos. Sim, a vida do jovem Julius fica de ponta cabeça quando Cen invade sua cidade. Enquanto luta contra os poderes das trevas, ele vai ter que lidar com os sentimentos que tem pelo melhor amigo, Romeu. Acompanhe essa aventura/romance que escrevi com bastante carinho.
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