A Pré-história
Felizmente para os historiadores e arqueólogos, os Phantons sempre tiveram o costume de documentar de maneira organizada e segura sua história desde antes da fundação de sua primeira cidade-estado, Necrópolis. Graças a isso, é tido como fato que as primeiras sociedades desta raça viviam separadas, espalhadas pelo Continente Preto, cada uma sendo governada por um “Shogun”, o guerreiro mais habilidoso daquele povoado. Este período chamado de Xogunato, durou por várias décadas, marcadas por conflitos entre os Shoguns, até que Shotoku Taishi, filho de um Shogun, após ver seu pai ser morto em uma batalha, iniciou uma campanha para unir os povos em uma só bandeira. Sua campanha demorou anos, e seu sucesso foi por parte graças a sua noiva, Katsumoto Yami, uma guerreira nata e primeira a aprender como controlar suas emoções ao realizar magias. Desde aquela época os Phantons já tinham conhecimento sobre magia e até mesmo sabiam realizar as mais simples, mas por causa do elemento Negro ser fortemente ligado às emoções de seu usuário, eles recorriam às magias apenas quando não havia outra opção, por temerem as consequências resultantes da perda do controle próprio. Yami havia desenvolvido uma técnica para controlar suas emoções mesmo no calor de uma batalha, permitindo realizar magias frequentemente, e como esta raça não regenera ferimentos mágicos, isso lhe deu uma enorme vantagem, além de também terminar as batalhas rapidamente, já que graças a regeneração quase instantânea, um único confronto entre 2 batalhões Phantons poderia durar muito, mas muito tempo mesmo. Esta técnica foi sendo aperfeiçoada até se tornar a atual Controle Emocional, utilizada por todos da Grande Raça Sombria desde sua infância.
Quando Taishi e Yami finalmente uniram todos os povos e unificaram sua raça sob a bandeira Phanton, eles moveram todos para a região hoje chamada de Pantano Kurai, na parte central do Continente Preto, e fundaram a primeira grande cidade da raça, Nara, porém um assassino mandado pelo último Shogun que se opôs a Taishi, conseguiu matar o matar. Yami capturou e tirou as informações da mente do assassino, e agora mais poderosa do que nunca, já que não havia mais nada que poderia afetar suas emoções, ela sozinha foi até o último Shogun e o matou, assim encerrando a era do Xogunato, e iniciando o regime de imperatriz.
Muito tempo depois, por não haver grandes conflitos e serem uma raça não afetada por morte natural, a população Phanton cresceu rapidamente, chegando ao ponto que Nara ficou superpopulada, e os recursos naturais da região já não supriam mais suas necessidades, então Yami começou a explorar o continente atrás de um novo lar onde seu povo poderia prosperar, e encontrou uma região com boas terras para serem trabalhadas e fauna fácil de ser domada. Após completar a construção de uma nova e maior capital, a Imperatriz transferiu seu povo para a nova cidade de Kyoto, ainda mantendo um povoado em Nara servindo como um posto avançado.
Com o Império tão fortalecido internamente, Katsumoto começou a expandir seu território, prevendo que futuramente sua população iria crescer ainda mais, e foi então que ocorreu o primeiro encontro com a raça dos Onis, que na época eram criaturas semi-inteligentes, mas poderosas o suficiente para lutar de igual contra os soldados Phanton. Após o primeiro contato, os onis começaram a invadir o território de Kyoto, iniciando uma guerra entre as raças, cujas primeiras vitórias foram todas a favor do Império de Yami, porém quanto mais batalhas foram travadas, mas poderosos e inteligentes os Onis se tornavam, e a Imperatriz percebeu que se também não evoluísse, iria perder tudo. Ela começou a capturar e estudar seus inimigos de maneira bem minuciosa, e aprendeu que os mais inteligentes tinham a habilidade de reanimar e controlar os mortos, por isso seus números nunca paravam de crescer. Como a energia das magias realizadas pelos Onis era a mesma que a dos Phantons, Yami acreditou que também seria possível para ela e seus magos aprenderem tais magias, então foram escritas as primeiras magias de necromancia.
Com este novo poder, Katsumoto virou a guerra a seu favor até finalmente espantar os Onis de suas terras, vendo o grande potencial destas novas magias, ela se dedicou às desenvolver ainda mais, e durante este processo ela descobriu uma região vizinha repleta de corpos de diversas criaturas selvagens. Ao estudar o local, aprendeu que aquelas criaturas, quando ainda vivas, migravam até aquela região para morrerem lá, além disso a terra ficou saturada de energia que foi absorvida dos corpos ao longo das eras, e para finalizar, acessar o local era extremamente difícil, com apenas um ponto de entrada relativamente fácil. Sem dúvida alguma, aquela era a localização perfeita para a raça Phanton, então mais uma vez Yami ergueu uma nova cidade e transferiu a maior parte da população para esta que se tornou a cidade-estado definitiva da Grande Raça Sombria, Necrópolis.
A Origem da Cultura
Desde a era do Xogunato, os Phantons eram educados a obedecerem seu líder sem questionar, e que aquele líder estava naquela posição por ser o mais sábio e forte. Esta ideia se mantém até os dias de hoje, sendo fortalecida ainda mais após as várias demonstrações de poder por parte de Yami e sua linhagem real. Após a união dos povos, ela introduziu o conceito de nação à educação Phanton, criando a famosa característica da cultura Phanton do trabalho em prol do todo, onde cada cidadão deve dar seu máximo para fazer o império crescer, ela pregava fortemente a ideia de que o que beneficia a raça, também beneficia cada pessoa. A disciplina quase inabalável que se vê na raça atualmente também é fruto dos ensinamentos da primeira Imperatriz, que dizia ser a única maneira de realizar magias de forma segura. A técnica do Controle Emocional criada por ela é completamente baseada em alcançar um estado em que a mente controla o corpo, e o espírito controla a mente, algo possível de ser alcançado apenas através de um treinamento rígido, e sem ter uma disciplina forte, não se pode dominar esta técnica. Um Phanton sem controle de suas emoções é considerado um perigo para a sociedade, e para o bem maior deve ser afastado dela, para evitar isso, passou a se ensinar o Controle Emocional desde a infância, consequentemente as novas gerações foram aplicando essa disciplina em tudo, chegando no ponto em que é hoje.
Outro traço marcante da cultura desta raça, que é mal visto pelas outras, é o “seppuku”, ato em que um Phanton comete suicídio para morrer de forma honrosa após falhar em alguma tarefa de grave importância. Os Shoguns tinham o costume de executar os servos que falhavam em obedecer, iniciando a concepção de ter a morte como punição. Posteriormente, com a introdução da cultura de que cada um deve ser importante para a sociedade, o Phanton que falhava em servir um propósito era visto como uma peça quebrada que deveria ser descartada para evitar danificar o todo, e não há sentimento pior para alguém desta raça do que viver com a vergonha de ser um empecilho para o império, de ter manchado o nome de seus antepassados que trabalharam tanto para levar a sociedade até o ponto atual. Com o tempo, principalmente durante o desenvolvimento militar da raça, os próprios guerreiros que falhavam em sua missão se viam como essa peça, e a única maneira de reparar o dano que havia causado era se retirar da sociedade. Para o fazer de forma honrosa, foi criado o ritual do seppuku, que poderia ser feito apenas com a permissão da Imperatriz, ou rei/rainha dependendo da época, que por sua vez poderia negar este ato como *a* maior forma de punição, mas isso ocorre apenas em casos de ações que geram consequências muito graves para o império/reino.
Cada líder fez suas próprias alterações nos costumes da cultura Phanton, mas nada muito grande, mantendo assim as tradições deste povo praticamente as mesmas desde sua pré-história até os dias de hoje.
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