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Toxicidade

3.0 - Um mar de pragas.

3.0 - Um mar de pragas.

Dec 03, 2022

This content is intended for mature audiences for the following reasons.

  • •  Blood/Gore
  • •  Mental Health Topics
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O bunker móvel improvisado em um tanque de guerra parou próximo a colina, Lis foi a primeira a sair da escotilha, utilizando um aparato semelhante a um celular flip, com uma antena pontiaguda, no display aparece alguns caracteres ilegíveis junto a um número que ia de 0 a 100.


  • Parece que esta região o nível de toxicidade é baixíssimo, vocês poderão sair sem precisar usar macacão de proteção, mas ainda precisa usar máscara de gás.


  • E por que deveríamos sair? - Perguntou Roger.


  • Talvez respirar ar puro?


  • Que ar puro? A gente tem que usar ainda máscara de gás.


  • Se você quiser ficar dentro do tanque tudo bem, eu vou esticar as pernas.

  • Eu também! - Disse Soraya.


  • Foi mal galera, mas não tenho fôlego nem para subir as escadas da escotilha. - argumentou Nicholas.


Roger venceu a preguiça, e subiu logo em seguida, a paisagem que ele presenciou era estonteante, nem parecia que aquele mundo estava mergulhado em um caos total. Montanhas na cor vermelho sangue cobriam até o horizonte, uma camada densa de uma névoa esverdeada pairava na região, alguns esporos de escombros de cidade enfeitando o terreno baldio daquele lugar.


  • Onde estamos? 


  • Próximo ao bunker A-14, mas isso não importa, vamos procurar… - Lis desceu o barranco até um plano mais firme.


  • Procurar o que?


Ela se virou para Roger, com um olhar inexpressivo ( mesmo utilizando máscara de gás).


  • Comida.


Roger acelerou o passo para poder alcançá-lo, Soraya pediu para seguir junto com a Lara no lado oeste.


  • Só não vá tão longe!


  • Não se preocupe. - Soraya apontou para a pulseira no braço direito. - É só rastrear a gente.


Essa afirmação trouxe um vislumbre do passado de dois dias atrás, quando Lis ameaçou Roger na sala de manutenção do bunker, onde ele foi condicionado a utilizar uma pulseira elétrica.


  • Com isso você será vigiado a cada passo, não tente nenhuma gracinha, esta pulseira é capaz de ler seu nível de estresse e nos avisar se você tiver algum movimento suspeito, pense como um detector de mentiras portátil.


  • Seja como for, só peço que não deixe claro que vocês estão nos tratando como uma ameaça para Nicholas e Soraya, Eles são crianças.


  • Não se preocupe com isso!


  • O que podemos fazer para ganharmos sua confiança?


  • Só não tentar apunhalar nas nossas costas!


Lis seguiu o pedido de Roger sem pestanejar, o que trazia um alívio.


  • Escuta, Lis, você disse que estávamos atrás de comida? Você tem certeza que é seguro consumir algo que pegamos em um lugar exposto com toxicidade.


  • Graças ao doutor Geto, ele criou uma máquina capaz de remover os compostos tóxicos dos alimentos, é capaz até de recuperar alimento mofado e estragado.


  • Isso realmente é incrível!


  • Não é!? Com isso poderemos voltar a reconstruir a sociedade do zero,como eu sempre digo, se você pode se alimentar como gente normal, não faz sentido você ser um canibal!


  • Parece que você tem problemas com canibalismo.


  • Isso porque se o caso de seguir esses instintos primitivos, você estaria se intoxicando da mesma forma, a diferença é que você se rebaixou a animais não pensantes para tal.


  • Por um acaso você teve problemas com esse grupo que você afirmou, o tal de chacais?


Lis parou de caminhar, encarou Roger brevemente, e voltou ao seu caminho.


  • Isso não importa.- Alguns cogumelos brotando na lataria de um carro chamou a atenção dos dois Dependendo da coloração daqueles cogumelos, eles podem ser comestíveis.


  • Se saiu daquele carro, não sei se é uma boa consumi-los.


  • Tem razão, vamos para o próximo local.


Soraya e Lara percorreram a cidade fantasma entre os carros, Lara não parava de falar entusiasmada.


  • Isso tudo que você falou é incrível, mas você acha que o Nicholas vai se salvar?


  • O doutor Geto é muito bom, ele vai dar um jeito, pode ter certeza disso.


  • Você disse também que o bunker que vocês estão tem em torno de 14 quilômetros, impressionante, eu não me lembro de ter visto algo parecido.


  • Isso porque o doutor expandiu o bunker para os túneis de metrô, foi um trabalho de engenharia monumental, praticamente a nossa equipe moveu terras para alcançar o nível que chegou, mas prefiro que vocês vejam pessoalmente para poder acreditar!

  • Se tiver um quarto à prova de som, eu vou querer ficar com ele, não suporto o Roger escutando as músicas bregas dele em repetição eterna.


Lara riu, mas seu riso foi interrompido por um escapamento do carro tombando logo atrás delas, as duas se viraram vagarosamente até serem surpreendidas por um cachorro com focinho todo deformado e um dos olhos quase saltando para fora.


  • Ai, que fofinho, é um filhote de cachorro! - Disse Soraya indo em direção a ele.


  • Essa coisa era para ser um cachorro?


  • A gente pode ficar com ele- Soraya pegou o cachorro no colo.


  • Porque você está pedindo permissão a mim? Larga essa coisa, deve estar cheio de doenças!!!


Lis se assustou ao ver uma carcaça de animal morto pendurada em um carro capotado, o sangue ainda escorria no focinho, narinas e olhos, com ossos e intestino expostos.


  • Isso não é bom!


  • Como assim?


  • Veja, isso é marcação de dentes protuberantes, como se tivesse atacado por muitos roedores.


  • Ratos? E por que seria assustador?


  • Porque eles têm senso de coletividade, atacando em bando e esquartejando todos que veem pela frente, é melhor pegar as duas e voltarmos ao bunker o quanto antes.

Não demorou muito para que Lara e Soraya alcançasse os dois


  • Olha o que achei Roger- Soraya mostrou o cachorro deformado, que não parava de babar.


  • Jogue essa coisa fora! 


  • Não, é só um filhote, ele não vai sobreviver se ficar sozinho.


  • Só se for filhote do capeta! Não podemos ter um pet, muito menos um que veio nos confins do inferno.


  • Credo Roger, é só um cachorro, pare de ser tão insensível!


Uma explosão chamou a atenção dos quatro, de repente, uma ninhada de ratos brotaram do meio fio, carros e afins, vindo em uma velocidade assustadora.


  • Corre! - Gritou Lis, e todos atenderam o chamado.


Correndo entre os carros, e desviando de ratos suicidas que pulavam na direção dos pescoços e nucas, eles subiram um dos carros tombados e atravessaram por cima de um camburão de caminhão virado em direção ao morro onde o bunker estava estacionado, quando eles finalmente podiam vê-lo, foi logo cercado pelos ratos para todos os lados.


  • Como a gente vai prosseguir!! - Gritou Lara.


  • Acalme-se seboso! - Suplicou Soraya, o filhote de cachorro se debatia no colo dela.


  • Dá pra acalmar essa coisa! Ou apenas jogue ele para esses ratos se concentrarem nele enquanto fugimos.


  • Eu não posso fazer algo tão desumano.


O focinho do filhote de cachorro partiu em quatro, um conjunto de presas retráteis e tentáculos saíram da cabeça da criatura que se debatia em frenesi e esquartejavam os ratos em um movimento acelerado,Soraya segurava o filho para longe do rosto dela com medo que aquelas presas a atingisse, Lara, Roger e Lis encaravam a situação com olhares estupefatos, um novo caminho era aberto a eles, com ratos mortos para todos os lados, Soraya entendeu o recado e continuou caminhando enquanto o filhote endiabrado fazia seu papel de proteger o grupo.


Assim que finalmente chegaram no bunker, completamente ofegantes, Soraya ainda segurava o filhote que se acalmou e caiu no sono, Nicholas apareceu para recebê-los.


  • Nossa, porque esse cara? Até parece que vocês viram um fantasma lá fora.

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hsoareslimacosta
narrador no tapas

Creator

Ultimamente não tenho pique para nada

preciso de férias urgente!!!!

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