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Chemtrails: Quark Children

Dissociação

Dissociação

Mar 23, 2023

Caleb ofegava, suando frio, mesmo apenas assistindo, acompanhava o grupo de uma distância considerável, e em suas mãos, ele também tinha uma arma, a qual sentia pesar mais do que o próprio rapaz. Seus olhos tentavam dar foco apenas aos Prateados e a criatura.

Empunhava um revólver consideravelmente antigo, mas em excelente estado de conservação, sequer havendo marcas de pólvora ou atrito em seu mecanismo, completamente descarregado, por mais firme que ele segurasse, ainda estava tremendo.

Levava um punhado de cartuchos vivos na esquerda, e os remexia entre os dedos para resfriar o palmo que suava.

O vento morno agitava seu manto, e frente ao abdômen, trazia consigo uma mochila, com poucos suprimentos de pronto socorro. Descansar o pulso armado sobre um dos bolsos lhe trouxe certa calma.

 

Mas seus sensos retornaram, quando uma flecha passou chiando perto de seu ouvido, e indo direto até a criatura, atravessando um de seus cinco braços e meio, sem ter muita reação da figura.

 

A flecha, obviamente tendo o ponto de origem no arco de Lídia, a qual estava no topo de um dos morros que cercavam o assentamento.

No instante seguinte, Aranji surgia ao seu lado, com a espingarda pronta em mãos, e Lídia, sem sequer olhar, ordenou:

— Dispare apenas quando eu permitir.

— Que foi? Não confia na minha confiança?

A menor respondeu, conforme se deitava no topo do morro, movendo algumas pedras que encontrava por perto para criar um pequeno suporte, no qual apoiou o rifle.

— Confio, mas estou com um pressentimento.

— . . . Tá bom, então. — Aranji engoliu seco.

Lídia desce ao longo do morro, contornando por dentre as casas até chegar ao Stray, puxando e soltando uma flecha, a qual atravessa o centro de massa da criatura.

O bicho não parece se incomodar muito com o ataque, ainda priorizando o Prateado do revólver.

 

O Stray balançava uma barra de ferro com suas muitas mãos, na tentativa de esmagar um Prateado que segurava uma arma de fogo.

Em sua perseguição, também era rapidamente seguido, por dois outros prateados, um dos quais tinha um piquete, o qual usou para perfurar as costas da criatura, e logo se afastar, já esperando o pior.

— AA-aaa-AH!!!

O Stray se vira, trazendo a placa com um só braço, em um corte com rapidez de fazer chiar, o qual nada acer- PRÃNH!

Seu ataque era interrompido ao atingir um dos pilares da torre, do qual estava próximo, embora resistente o suficiente para aparar o ataque, fora tremendamente distorcido pela força da criatura.

O braço do Stray arde com as vibrações, liberando uma fuligem cinzenta. Ambos os rostos acordados tencionam.

Não perdendo o momento, erguia a barra de ferro que tinha, e segurando com todas as mãos que podia, a descia com todo seu ímpeto!

PHM!

O solo despedaçava com o impacto, mas ainda, nada mais acertou.

Um dos prateados toma a oportunidade, e aproveitando o embalo, corria até o Stray, pisando sobre o pilar da placa para trazer uma lâmina até um dos rostos da criatura.

Conseguia realizar um corte na região do ombro, saltando por cima da entidade e pousando ao lado do Prateado do revólver.

— Essa coisa parece bem interessada em você, Ossada, já são conhecidos?

— Vá se lascar, Lenor.

 

 

 

Uma parede de chamas desliza ao longo do gramado, esbarrando no desfigurado, e o atordoando.

Lídia e o Stray olharam a onde o fogo surgiu, encontrando a imagem de Caju, balançando as mãos para dissipar a fumaça.

— O que está fazendo?! — Gritou a caçadora.

— Preciso me livrar dessas chamas pra pegar o resto! — Caju explicou, convenientemente.

— Tente não colocar fogo em mais coisas, então!

— GRO-VRAAH — O Stray complementou.

Cambaleando, a criatura arrasta sua placa para informar Caju manualmente sobre a presença de quebra-molas na região, levando o poste para partir a vermelha ao meio por sua lateral.

Caju teve tempo de sobra para pôr os braços no meio do trajeto do ataque e o interromper, porém seu peso não era equivalente à sua resistência, e ela é arremessada pelo impacto, ricocheteando pelo terreno do assentamento.

— Caju! — Berrou a caçadora.

Zarpou ao longo do morro, disparando uma seta de seu arco direto em uma das orelhas do Stray.

Chamas de uma das casas eram puxadas como cortinas, todas convergindo ao corpo de Caju, que estava se levantando, haviam rachaduras brilhantes na parte atingida de seus braços.

Aproveitando o momentum de sua corrida, Lídia saltava, e batendo com o próprio arco, atravessava a flecha anterior para a outra orelha.

Tal criatura mal se importou com a brutalidade desnecessária da caçadora, apenas alcançando uma de suas várias mãos até a faixa que a garota tinha na cintura, a capturou, e a jogou a alturas mais que suficientes para a encerrar quando mordesse a terra.

 

Em meio a queda, Lídia sentiu seu último grito entalar na garganta, e seus olhos chamados por um clarão alaranjado.

Da figura de Caju, vindo justo a apanhá-la, suspirou o entalo em alívio, não por estar sendo salva.

— Te peguei! — Exclamou a vermelhinha.

No impulso que saltou até a caçadora, o impacto restante jogou as duas até o teto de uma das casas, se soltando uma da outra para deslizarem ao longo do telhado, retornado a terra firme com meros raspões nas pernas.

— Sempre quis fazer isso! — Comentou Lídia.

 

O Stray observa o movimento das duas, enquanto retira de si, a flecha presenteada por Lídia, a partindo no meio. Apenas pra receber em seu lugar, um pedaço de chumbo, disparado pelo prateado do revólver.

Imediatamente olhou para o Prateado em questão, o encontrando logo embaixo da torre metálica.

Lenor já engatilhava o próximo cartucho no tambor, tentando firmar a mira na testa da criatura que se aproximava como um trem a vapor, arrastando a placa consigo, seguido pelas duas meninas.

Em vez de seu ataque amplo, a figura desfigurada segura o poste com ambas as mãos, estocando em direção ao Prateado.

A placa trava em pleno ar, junto do Stray, e ambos caem, esparramados logo embaixo da torre metálica.

Lenor firmava o dedo no gatilho, porém travou ao revelar de Caju, a segurar um dos tornozelos da criatura, e abaixou a arma.

— Heheh! Te pe-

Caju é novamente repulsada a longe por um chute da entidade, que rapidamente se levanta.

Mas antes que pudesse continuar sua execução do prateado, Lídia o fisga pelo pescoço com seu arco, o sufocando.

— WRA-A-RGH!

Em desespero, o Stray balança seu bastão, tentando alcançar a arqueira sem atacar a si no processo, batendo contra a base da torre, amassando a estrutura com toda a naturalidade que uma placa de lombada faria.

— Vamos, vamos criatura! Faz a coisa! — Teimou a caçadora.

Desistindo do autocuidado, a entidade investe o próprio corpo contra um dos pilares.

— Isso!

Soltando a figura, Lídia salta de suas costas pra se jogar na grama, caindo como um tapete a estender.

 

O Stray acerta a fundação em cheio, sacudindo toda a estrutura, alguns parafusos estourando de imediato ao se movimentarem de maneira tão brusca depois de tanto tempo parados, levando ao afrouxar de uma das barras de metal, soltando a ficar pendurada por apenas um parafuso a restar, logo acima da entidade.

— Aran! — Berrou Lídia.

A luneta de Aranji direciona para a garota, a vendo apontar para a torre, e seguindo o trajeto de seu indicador, encontrou na estrutura metálica, a barra de ferro, balançando, prestes a se soltar. E focando na única pendência que restava, seu dedo firmou no gatilho.

Bang!

O parafuso arrebentava, e a peça despenca, sua ponta mirando o solo, para encontrar no meio do trajeto, o corpo do Stray.

 

O alfinetando ao chão, paralisou-o pelo intenso choque.

 

 

Seu corpo formigava em faíscas incolores, e varas luminosas que pareciam tentar fugir de suas entranhas cristalinas.

 

 

 

Seus braços afastavam, com falhas variando em seu relevo, como se estivesse prestes a desmoronar.

 

 

 

 

O estrondo do disparo ecoava ao longo do vale.

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Emile Baudran

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Em um mundo tomado por múltiplos apocalipses simultâneos. Lídia, uma arqueira sobrevivente acidentalmente revive Caju, uma divindade esquecida, tendo agora de guiá-la a seu propósito enquanto navega o fim dos tempos.

Escrito e Ilustrado por: Emile "Ridochi" Baudran
Gênero: Fantasia Científica
Período de Publicação: 22 de Março de 2023 — presente
Episódios: 90 (estimativa)
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