Sentou de frente para o mar, sentindo a brisa começar a lhe incomodar mais do que acalmar.
Não podia culpar nada e ninguém. Não podia culpar o ar pelo seu estado. O mar era tão amplo, incrível, dizer que era culpa alheia por suas pequenas sensações que causavam grandes sentimentos, era distorcer a realidade.
Não seria justo.
Nada parecia justo.
Até que viu seus olhos.
O dia tomou um novo rumo, soube que tudo a partir daquele momento seria melhor. Podia ter caído, se erguido e então tropeçado em seus próprios pés ao decorrer do dia, mas sabia que nada daquilo mais importava.
Aquele dia era perfeito, finalmente.
Seu amor estava ali, finalmente.
Um dia para marcarem em seu álbum, uma lembrança do que aquele momento maravilhoso foi. O que era. E tentou pensar no presente com total foco, pois se perdesse a linha de pensamento por um segundo, iria perder aquele momento.
Toda aquela maravilha iria desaparecer. Não queria aquilo.
Queria que tudo fosse perfeito. Por isso viu o dia ser longo, mas tão rápido. Apenas para lhe contrariar, parecia.
Fez questão de absorver tudo, seu sorriso, seu toque, sua voz, seu olhar, sua presença por um inteiro.
Seu amor.
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