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Hirugard - A Busca Pelos Tesouros Sagrados

Página 5 - Burevault

Página 5 - Burevault

Dec 02, 2023

Pisadas ecoaram na escuridão, uma figura humanoide encapuzada caminhava no escuro da caverna. Seguia por um caminho pedregoso e sempre descendo, um caminho completamente mal iluminado e estreito. Era um lugar onde nenhum humano havia caminhado há muitos anos. Repentinamente a figura misteriosa parou, alguns passos antes de chegar em uma bifurcação do caminho que seguia. 

- Já estão chegando? - Uma voz ecoou, sombria, da escuridão a sua frente. 

- Sim. - A figura encapuzada sussurrou. 

E então seguiu em frente, adentrou em um dos caminhos e aos poucos desapareceu na sombra. Só seus passos podiam ser ouvidos, e então nem mesmo isso. 

Duas grandes estátuas de pedra, em formato de homens parrudos, com grandes machados nas mãos, enfeitavam a entrada pra Burevault. Sentoki e Ashi finalmente chegaram e descansavam um pouco da caminhada antes de entrar na caverna. 

- Caramba são grandes mesmo... - Sentoki admirava as grandes estátuas. - Então esses são os anões? 

- Hm, sim, esses são os construtores dessa cidade, foi o que ouvi dizer. - Ashi estava tranquila. 

- Deve ser um lugar incrível... - Ele estava maravilhado.

- É um lugar simples, eu acho. Mas na verdade estou estranhando a falta de cavaleiros aqui na entrada da cidade. 

- Devem estar despreocupados, de dia os goblins devem ter medo de vir aqui. 

- Seja o que for, é melhor entrarmos logo. 

- Concordo, não podemos perder muito tempo aqui. 

E então ambos foram em direção à entrada da caverna, subindo por degraus de pedra talhada. Ashi ainda sentia que algo não estava certo, mas entraram e seguiram pelo corredor inicial, tinham tochas penduradas nas paredes, iluminando todo o caminho. Continuaram por alguns metros seguindo pelo corredor, em um silêncio surreal. Alcançaram escadas e então Ashi parou subitamente. 

- Sentoki... - Ela sussurrou. - Tem algo errado aqui. 

- Huh? - Ele parou, mas parecia confuso. - Alguma coisa estranha? - Ele começou a falar baixo também. 

- Sim, esse corredor com certeza está mais vazio do que o normal... 

- Acha que é algum tipo de armadilha? - Ele pegou sua lâmina. 

- Não sei ainda... - Ela tentou focar nos sentidos, aguçando a audição. 

- Será que não podemos esperar ou dar a volta? 

- Não, acho melhor não esperarmos, o que quer que seja, talvez fique mais forte de noite. E não tem um lugar mais seguro caso prefira dar a volta, teríamos que voltar muitos quilômetros. Vamos seguir em frente, vamos lutar se for preciso. - Ela estava determinada. - Mas não lute descuidadamente, não temos mais poções milagrosas. 

- Estou preparado pra qualquer coisa, vamos logo. 

E então desceram as escadas de pedra, em silêncio, estavam focando seus sentidos em todos os pontos possíveis, preparados pra uma emboscada de goblins. Chegaram ao fim da escadaria e então seguiram por mais um corredor reto, que virava pra esquerda no final, dando em um grande salão, talhado pelas mãos de grandes artesões da pedra, há muitos anos atrás. E decorando este salão, estavam jogados no chão diversos corpos humanos, partidos, separados, sem vida. Nas paredes, pinturas abstratas, coloridas com sangue, era uma cena horrível. Ambos Sentoki e Ashi se assustaram com aquela visão, mas Ashi conseguiu se recuperar do espanto, mesmo com suor frio escorrendo pelo seu rosto, tentou continuar focada. Começou a falar, tentando despertar Sentoki do seu medo paralisante. 

- Foi algo muito poderoso... - Ela falou, esperando que Sentoki dissesse algo, mas ele se manteve em silêncio, como uma estátua. - Preste atenção, Sentoki, senão você será o próximo! - Ela estava ficando brava. 

- Certo... - Sua voz estava fraca e seu rosto pálido. - Eu escutei. Mas o que poderia ter feito isso, com tantos homens... 

- E são todos cavaleiros. Também não vejo nenhum corpo além dos guerreiros humanos... 

- Você acha que goblins fizeram isso? Ou quem sabe orcs... - Sentoki se questionava. 

- Esses cavaleiros lutam contra goblins e orcs a muito tempo, não acho que tenha sido isso. 

- Vamos em frente então. Não dá pra ficar aqui perdendo tempo. - Sentoki disse, e então começou a andar. 

- Certo, eu sei o caminho... 

Ambos seguiram juntos, e foram até o outro lado do salão, entrando em outro corredor. Continuaram seguindo e o sangue humano continuava pelo caminho, Sentoki teve de se segurar pra não vomitar. Seguiram pelo corredor e chegaram em outro salão, menor. Era um tipo de área de armamentos, balcões com espadas e lanças a amostra atrás deles. Ainda podiam ver alguns corpos no chão. Se aproximaram de alguns barris. 

- Veja se não tem alguma arma pra você aí, Sentoki. - Ashi estava em alerta. 

- Certo, mas duvido que eu consiga usar bem. 

- Então procure armaduras ou qualquer outro tipo de equipamento útil. 

- Por que você não procura também? - Ele disse enquanto abria alguns barris, todos com o interior vazio. 

- Ora eu preciso do corpo leve pra usar meu Hi Ken. - Ela estava se zangando.

- Não consigo achar nada... 

Ouviram um baque, ambos ficaram em alerta, o som vinha de um dos barris mais ao fundo, encostado na parede, e então viram ele se mexer. 

- Abre aí. - Ashi sussurrou. - Eu vou dar um golpe em qualquer coisa que sair daí. - Ela ergueu uma das pernas e estava focada pra usar um golpe especial. 

Sem dizer nada, Sentoki concordou, balançando a cabeça, e começou a caminhar lentamente em direção ao barril balançando. Pegou na tampa com as duas mãos e puxou, e então foi jogado pra trás, quando saiu algo de dentro do barril, saltando como um míssil. 

- Uwah! Que dor nas costas! - Era uma menina de aparência jovem, mais baixa que o normal, de rosto redondo e cabelos enrolados e negros, e uma pele negra reluzente. Usava uma armadura prateada e parecia estar se alongando. 

- Quem é você? - Ashi perguntou, prestes a dar um chute. 

- Huh? Como é? Eu que pergunto, eu fiquei presa nesse barril quando “aquela coisa” começou a atacar todo mundo aqui, quem são vocês? Conseguiram matar “aquilo”? - Ela parecia confusa. 

- Mas hein? - Sentoki falou, ainda no chão. - Nós viemos pra cá porque precisamos atravessar a ponte do rio, e encontramos o lugar assim, devastado. - Ele se levantou do chão e se limpou. 

- Certo... Vou acreditar em vocês, mas só porque elfos não mentem, e nem aqueles que acompanham elfos, foi o que eu ouvi dizer. Me chamo Kurozu Kenbikyo, mas meus amigos me chamam de Korazon. - Ela fez uma saudação se curvando. 



- Huh? Que nome curioso pra uma anã, parece dialeto do Sul. - Ashi questionou, parecia intrigada. 

- Sim, mas é porque nasci no Sul, durante uma viagem que minha família fazia. Mas é muito rude alguém se apresentar e você ficar fazendo perguntas... 

- Me chamo Ashi Totsuzenshi e este é Sentoki Akaihono. Prazer. 

- Espera, você disse que essa coisinha aí é uma anã de verdade? - Sentoki ficou surpreso. 

- Coisinha? - Kurozu franziu a testa enquanto olhava pro garoto. 

- Ele nunca viu um anão antes, por favor ignore. - Ashi falou. - Enfim, voltando pro que interessa, você sabe que coisa que causou todo esse massacre, Kurozu? 

- Não exatamente, parecia uma sombra que ganhou vida e saiu matando todo mundo. Um amigo meu conseguiu me esconder em um barril por causa do meu tamanho, mas acho que ele não teve tanta sorte assim. - Kurozu parecia abatida, seu semblante estava triste. 

- Acompanhe a gente Kurozu, vamos sair desse lugar em segurança. Imagino que saiba se defender, então vamos estar mais seguros todos juntos. - Sentoki falou, determinado. 

- Bom, é melhor nós nos apressarmos e saírmos desse lugar antes que anoiteça. - Ashi estava preocupada. 

- Eu sei me defender. - Disse Kurozu, e então ela pegou um machado de uma mão no chão. - Sou uma grande lutadora com um desses na mão! - Seu ânimo parecia ter retornado. 

E então os três se uniram e continuaram o percurso juntos, seguiram por mais alguns corredores que se aprofundavam mais na caverna. 

- E então, o que você fazia em Burevault, Kurozu? - Sentoki perguntou, sem conseguir conter sua curiosidade. 

- Um amigo meu que conheci há muito tempo me trouxe aqui... Ele queria se unir à guarda da cidade e queria meu apoio. Estávamos passeando pela cidade e vendo alguns vendedores de armas quando começaram os gritos. Tive sorte de sobreviver porque sou pequena... - Sua mente parecia distante. 

- Entendo... - O garoto estava triste pela anã. 

- Não se entristeça pela minha história, garoto. Nós anões temos muito apreço pelo orgulho e honra, meu amigo morreu lutando, teve uma morte decente. Eu vivo, o destino me permitiu viver pra que eu pudesse vingar meu amigo, ainda vou encontrar o monstro que fez isso. - Kurozu estava mais determinada que nunca. 

- Não esperava ter que esbarrar em uma situação tão complicada tão cedo... - Ashi ainda estava preocupada. - Prestem atenção, um erro pode ser fatal. 

- Certo. - Sentoki e Kurozu disseram ao mesmo tempo, estavam alertas. 

Chegaram a um salão menor, parecia vazio. Tomaram cuidado pra prosseguirem em silêncio e atravessaram ele sem problemas. Porém a entrada pro corredor do outro lado estava trancada por um portão. 

- Droga, por que trancaram esse portão velho, logo no último corredor pra sairmos? - Ashi estava estressada. 

- Fomos atacados de noite, como essas partes são vigiadas por dentro eles mantêm os portões fechados. Só abrem de dia. - Kurozu parecia inabalada. 

- Gente, acho que esse é o menor dos nossos problemas... - Sentoki falou, enquanto tremia. 

As duas garotas se viraram, e viram a alguns metros na frente de Sentoki um tipo de monstro bípede, bem alto e com membros finos e longos, tinha um aspecto demoníaco, e olhava para os três. Da sua carcaça emanava uma escuridão, que de certa forma mantinha detalhes maiores da criatura indistinguíveis pra quem olhava, parecia uma sombra viva, com olhos de fogo. 

- Então vocês realmente vieram... Como ela disse... - Uma voz sombria ecoou, como se fosse um sopro de morte. 

- Do que você tá falando? Quem é você? - Sentoki foi o primeiro a falar depois de ver aquela coisa. 

- Heheheh. Não se faça de tolo, herói. Eu sou Umbra. Heheheh. - A criatura soltou um riso maligno. 

- Tch, não ria numa hora como essa, criatura imunda! - Kurozu falou, sua mão apertou com força seu machado, e seu rosto transbordava com o mais puro ódio ao olhar pro monstro de sombras. 

- Eu sei o que vocês vieram buscar aqui. Mas eu já peguei. - A criatura parecia se divertir com o ódio e o medo dos aventureiros. 

- Ei está falando do que? Por acaso é sobre uma das relíquias? - Ashi falou surpresa. 

- Acertou! - O mostro exclamou, alegre. 

- Como é? - Sentoki finalmente entendeu. 

- Como é? - Kurozu estava completamente perdida sem entender nada. 

- Esse monstro está em posse de um artefato mágico muito poderoso. Por isso está tão forte a ponto de conseguir eliminar todos de Burevault, essas relíquias são muito perigosas nas mãos erradas. - Ashi estava sendo engolida por um novo medo. 

- Não matei vocês ainda porque queria ver no rosto de vocês o medo e o pavor primeiro... Heheheh... É muito bom ter tanto poder! - O monstro ergueu um dos braços em direção a eles. - O primeiro que vou matar... Vai ser o herói! - Ele apontou pra Sentoki. 

Num piscar de olhos o monstro desapareceu. Nenhum segundo completo havia passado, graças a relíquia magica o monstro conseguia alcançar velocidades surreais. Mas para eles naquele momento, foi como se ele tivesse desaparecido. Um segundo se passou, instintivamente e sem pensar, Ashi usou sua habilidade de Hi Ken, e deu um chute em direção às costas de Sentoki. Quando se deu por si, estava acertando o golpe no monstro, que estava prestes a perfurar Sentoki por trás com suas garras. E então, ambos Sentoki e o monstro foram lançados pro centro do salão. 

- Que ágil você é. - O monstro se levantou e olhou pra Ashi. - Talvez a única aqui que seja capaz de me entreter por mais de cinco segundos. 

- Argh! O que foi isso? - Sentoki caiu machucado no chão, mas se levantou também. 

- Sentoki, prepare-se... - Ashi parecia focada. 

- Não use magia Ashi, você pode morrer! - Sentoki gritou, desesperado. 

- Acalmem-se os dois. - Kurozu falou. - Esse cara está só dando risada do nosso desespero. - Transbordava de ódio, mas se manteve calma. 

- Cara? Não é assim que se trata uma dama como eu. Heheheh. - O monstro continuava rindo. - Vou mostrar pra vocês qual o nível de diferença entre nós! - O monstro desapareceu outra vez, Ashi e Sentoki ficaram alarmados. 

- Protejam seus pescoços! - Gritou Sentoki colocando uma das mãos na garganta. 

- Tolo. - Ouviram a voz do monstro, e então Sentoki sentiu uma dor lancinante e caiu no chão, gritando de dor. O monstro acertou um chute entre suas pernas. - Se pode falar é porque eu deixei, posso matar vocês em menos de um segundo! - E ao falar isso o monstro desapareceu novamente. 

- Droga, acerte ele na primeira oportunidade Kurozu! - Ashi gritou, e então focou na magia que ia usar, palavra de poder, pensando em ordenar ao monstro que parasse, dando uma brecha para conseguirem atacar. - Pa... - Parou subitamente de falar e caiu no chão. 

O monstro estava atrás da ninfa, ainda rindo, apunhalou ela pelas costas e então lambeu seu sangue das garras. 

- Você é a próxima anã! - O monstro riu e então desapareceu novamente. 

Ashi e Sentoki estavam no chão, gritando de dor. Kurozu se manteve calma apesar da raiva que sentia, não podia alcançar o monstro por ser a mais lenta dos três, mas se pudesse acertá-lo pelo menos uma vez... Ela então fechou os olhos e começou a meditar. 
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Ashi e Sentoki chegam a Burevault, e agora tem que lidar com um novo perigo que surge das sombras.

#adventure #isekai #battle #Fantasy #Action #PTBr

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