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Hirugard - A Busca Pelos Tesouros Sagrados

Página 8 - Cavernas de Argila

Página 8 - Cavernas de Argila

Jan 15, 2024

O trio desceu pela escada de madeira na escuridão por alguns minutos. Era um buraco muito profundo, e estavam os três apreensivos e ansiosos. 

- Será que esse buraco realmente tem fim? - Sentoki murmurou. - Não sei se foi uma boa ideia vir pra cá... 

- Bah, deixa de coisa, a gente tá quase chegando no fundo. - Kurozu já estava ficando irritada com as reclamações do garoto. 

- E como você pode saber, esse lugar é muito escuro. - O garoto resmungou. 

- Ah, você não deve saber, heheheh. - A anã deu uma risadinha. - Anões tem uma ótima visão noturna, porque nós nascemos e nos desenvolvemos nas profundezas das montanhas. 

- Cada dia é uma surpresa nova. - Sentoki falou. 
 
- Chegamos. - Kurozu disse, após pisar em solo novamente. 

Todos finalmente desceram, Ashi conseguiu acender uma tocha que encontrou no chão e então todos puderam enxergar melhor. Estavam em algum tipo de salão pequeno e vazio, que seguia por um único corredor. 

- Que lugar mais estranho... - Ashi falou, finalmente. - Parece algum tipo de caverna antiga. 

- E o que é isso nas paredes? - Sentoki se aproximou e tocou em uma das paredes, e uma gosma grudenta se soltou. - Parece argila, ou lama, credo. 

- Tomem cuidado, esse lugar parece ser todo feito de argila. - Kurozu pegou a tocha da mão da Ashi. - Temos que andar rápido e em silêncio, ou nossa tocha aqui vai acabar derrubando esse lugar na nossa cabeça. 

- Então vamos. E tenham cuidado, pode ter monstros aqui embaixo. - Ashi falou mais baixo. 

O trio seguiu pelo corredor de argila, Kurozu indo na frente seguida por Ashi, e atrás vinha Sentoki. O corredor de argila se seguiu por alguns minutos e deu em uma sala ampla, com um grande buraco no centro, e diversos andares podiam ser vistos lá embaixo. Seguindo pelo corredor em formato de anel do andar onde se encontravam, eles conseguiam ver uma abertura do outro lado. O lugar permanecia em completo silêncio. 

- Bom, só temos duas opções, ou voltar, ou dar a volta nesse buraco e ir mais fundo nesse lugar... - Sentoki estava com medo e nojo, não estava se sentindo bem nesse lugar. 

- Até agora não vimos monstro nenhum, esse lugar é muito suspeito não acham? - A anã abriu um sorriso malicioso. - Se tiverem tesouros aqui embaixo, eu ficaria rica, heheheh. 

- Deixa de brincadeira, temos que tomar cuidado, vamos seguir em frente, porque quero descobrir mais sobre esse lugar. - Ashi estava séria. 

- Eu não tenho um bom pressentimento sobre esse lugar, é só isso. - Sentoki estava muito inseguro. 

- Eu também não, mas esse não é o ponto. - A ninfa fechou a cara. - Desde que você veio pra esse mundo esteve se metendo em brigas e confusão. Pense em quantas coisas estranhas já aconteceram desde que nós nos unimos nessa aventura Sentoki. Orcs com itens mágicos, demônios massacrando uma cidade inteira e usando o poder de uma das relíquias raras que estamos caçando, e agora esse lugar que não existia antes simplesmente brota do chão, um templo subterrâneo secreto, feito de argila molenga. Essas coisas não são normais, algo de muito estranho está acontecendo no mundo, e eu imagino que seja tudo graças a influência do lorde das trevas, precisamos investigar. - Ela parou um pouco pra respirar. - Conhecimento é poder, se entendermos melhor o motivo por trás dessas esquisitices estaremos um passo à frente do inimigo. 

- Você tem razão, na verdade, apesar de estar com medo também estou preocupado com sua situação física, esse lugar pode ser perigoso. - Sentoki falou, cabisbaixo. 

- Não se preocupe, eu tenho vocês dois pra me protegerem, confio em ambos. - A ninfa sorriu. 

- Certo, então chega de papo, vamos lá. - A anã se esticou e estalou os dedos. 

E então os três continuaram a exploração, rodeando pelo salão em direção à abertura do outro lado, ainda não podiam ouvir um único som além dos próprios passos. Quando chegaram ao outro lado, perceberam que a passagem era uma escada de argila, que descia pro nível inferior, e então deram outra olhada no buraco, mas não puderam ver o final dele nem mesmo com a ajuda da tocha. Deram um suspiro, se entreolharam e então desceram. 

. 

Ainda na superfície, no templo em que ficaram pouco tempo, uma figura encapuzada entrou. Tinha uma altura normal pra um humano, e usava um capuz e uma longa túnica que cobria seu corpo completamente. A figura adentrou o templo e deu algumas voltas por ele em silêncio, finalmente parando em frente ao buraco com a escada, em um dos cantos do recinto. 

- Templo bonito, né não? - Uma voz masculina quebrou o silêncio. 

A figura encapuzada se virou rapidamente, erguendo as mãos em posição de ataque, equipada com duas adagas negras, gotas de veneno podiam ser vistas pingando das lâminas. Viu um jovem garoto, usando panos pelo corpo, com uma placa de metal na testa e um pano pendurado nela cobrindo metade de seu rosto, e em cima um cabelo espetado e completamente branco. 

- Quem é você? - A figura encapuzada falou, uma voz feminina e rouca, expressava sua raiva e poder. 

- Me chamo Robert Aesland III, prazer. - O garoto falou enquanto sorria. - E você, como se chama? 

- Não te interessa. - A figura encapuzada respondeu. 

- Bom tudo bem, não faz diferença, eu só te segui até aqui por causa de um palpite meu. - Robert falou com deboche. 

- Como é? Está dizendo que um garoto mimado como você estava me seguindo? - A mulher encapuzada estava irritada. - Eu sou a maior caçadora da região, ninguém conseguiria me seguir sem que eu percebesse. 

- Você é muito burra. Ainda não percebeu quem eu sou? Não seja tão idiota quanto seu “irmão” foi. - O garoto continuava sorrindo. 

- Irmão? - A mulher ficou confusa. - Quem é você? 

- Vim de outro mundo, do mesmo lugar onde o garoto que você está seguindo veio. Estava procurando por ele, mas tive uma ideia mais divertida quando vi você. - O rosto do garoto se distorcia num sorriso macabro. - Quero fazer uma aliança com você, o que me diz de ser minha guarda-costas? 

- Como é? - A mulher sentiu um medo sobrenatural olhando pro garoto. - Tch, moleque arrogante, e se eu não aceitar essa aliança? - Ela deu um sorriso irônico, tentando disfarçar o medo.

- Faço com você o que fiz com seu “irmão”. - Ele continuou sorrindo. 

- Heh, se você enfrentou seu perseguidor, então deve saber da natureza dele, não é? - Ela parecia mais confiante. 

- Sim, todos vocês são demônios. Acertei? - Robert falou em tom sério. 

- Se sabe disso, então vou te dizer algo, independente do que tenha feito a ele, demônios não podem morrer de verdade, se destruir nosso corpo a nossa alma retorna pro Oeste Negro, e lá nossos corpos físicos são refeitos. É só questão de tempo pra ele retornar, e você não vai estar preparado. - Ela ganhou sua confiança de volta, e sorria novamente. 

- Eu sei disso. Por isso hihih... - Ele começou a rir. - Por isso eu devorei a alma dele hihihahahahaha! - Ele começou gargalhar alto. 

- Como é? - Ela começou a sentir um medo irracional, não parava de tremer diante da presença daquele garoto. Sua gargalhada lhe machucava a alma e os ouvidos. Não era possível, não podia ser real, um humano não podia ter feito algo desse nível. Mas seus instintos de sobrevivência falaram mais alto, naquele momento ela se sentiu presa numa gaiola com seu predador natural enquanto ouvia aquela risada demoníaca. “Verdade ou mentira, ele é poderoso e muito malicioso, se eu negar ele vai me matar, não posso acreditar que isso seja possível, mas posso sentir nos meus ossos”, ela pensou. - Me chamo Goetia... Eu aceito ser sua companheira. - Ela disse, e então abaixou o capuz, revelando ter o rosto de uma elfa, com orelhas longas, rosto redondo, olhos negros e longos cabelos desbotados de cor, completamente brancos. 

- Muito prazer, Goetia, imagino que esse não seja seu verdadeiro nome, mas não importa agora. Vamos entrar no templo de Phobos, nossa primeira missão vai ser pegar o tesouro que foi escondido aqui embaixo, e nossos queridos amigos já abriram caminho pra nós. - O garoto parou de rir, estava um pouco mais sério, mas ainda lançava um olhar maldoso pra mulher. 

- Certo... - Goetia falou, ainda temerosa. - Posso perguntar algo, senhor Robert? 

- Fique à vontade. 

- Qual é o seu tesouro? - Ela não conseguia tirar os olhos do garoto, temendo algum ataque traiçoeiro. 

- Esse aqui. - Ele colocou uma mão dentro da roupa e puxou uma adaga, extremamente bonita e simples, com uma lâmina branca. - Reconhece? 

- É o "dente de Fenrir” ... - Ela fechou os olhos e respirou fundo. - Agora entendo. Mas pra alguém como você dominar os poderes dessa relíquia tão rapidamente... 

- Eu e a "relíquia" trabalhamos pelo mesmo objetivo. Agora vamos descer logo pela escada, quero observar nosso amigo em ação, e quero saber mais informações de você no caminho, heheheh. - Ele sorria. 

- Certo... - Goetia ainda se sentia insegura perto dele, porém seguiu em direção ao buraco e começou a descer a escada. 

- Não tente nenhuma gracinha, você é minha companheira de viagem e guarda-costas agora, mas se tentar algo contra mim virará minha presa. - Ele a seguiu em direção ao buraco e ainda pode ver o semblante de medo no rosto élfico da garota antes que ela desaparecesse na escuridão. Era o tipo de efeito que Robert adorava gerar nas pessoas, ele sentia o mais puro êxtase em seu coração. Ele começou a descer as escadas em seguida, e então também desapareceu completamente no escuro. 

. 

Ashi estava correndo pelo corredor em formato de anel, e atrás dela vinham Kurozu e Sentoki. O trio já havia descido cinco andares e agora corriam pra descer os restantes, e atrás deles centenas de monstros de lama surgiam, das paredes, teto e chão, atacando-os. Sentoki usava sua lâmina curvada pra fatiar os “homens de argila” desmembrando seus braços com cortes rápidos, a consistência do corpo deles era mole e maleável, mas nada durável. Os monstros continuavam brotando atrás deles, não importava quantos eram derrotados, mas o grupo conseguiu se manter ileso graças aos ataques rápidos do garoto. 

- Vamos logo! Aperta o passo Korazon! - O garoto gritava enquanto fatiava os monstros que avançavam aos montes em sua direção. Ele já podia sentir seu braço pesando de cansaço, não conseguiria aguentar aquele ritmo por muito mais tempo. 

- Anões não são tão rápidos, eu já falei! - A anã fazia um esforço extra, mas não conseguia alcançar a ninfa. 

Sentoki e Kurozu estavam ficando pra trás. O garoto percebeu que Ashi já tinha alcançado o outro lado do anel e esperava os dois, então ele deu um último golpe nos monstros, agarrou a anã nos braços e partiu em alta velocidade correndo. 

- Não solte essa tocha de jeito nenhum! - Sentoki falou pra anã. 

- Certo... - Kurozu ficou sem jeito de ser carregada. 

Todos chegaram na entrada pro próximo andar e desceram rapidamente, conseguiram ganhar distância o suficiente dos homens de argila pra conseguirem respirar. Ao chegar no andar inferior continuaram correndo, porém, os monstros começaram a pular do andar superior pro corredor-anel onde estavam. Os monstros saltaram entre os três, separando o trio, com Ashi na frente, Kurozu no meio e Sentoki atrás. 

- Que droga. - Sentoki se estressou, já estava exausto de ter enfrentado tantos monstros. - Acertem os braços, sem os braços eles ficam inúteis! - Ele gritou, já preparando outro golpe no monstro à sua frente. 

- Encurralada... - Kurozu falou. - Perfeito! - Ela sacou sua arma, e segurando a tocha em uma mão e o machado na outra começou a girar. - Tornado mortal da anã enfurecida! - Enquanto a lâmina cortava, o fogo amolecia e derretia os monstros de argila. 

- É isso! - Percebendo a eficácia do fogo contra os monstros, Ashi bateu as mãos e começou a conjurar uma magia que conhecia. - Palmas incandescentes! - Ao terminar a conjuração, suas mãos ganharam um leve brilho amarelo e vermelho, e então ela mudou sua postura de luta, curvando as pernas e esticando os braços. E então ela começou a atacar com as mãos abertas, cada toque fazia a área acertada dos monstros ferver instantaneamente e então o corpo derretia em seguida. 

Mais monstros começaram a descer de andar e então o trio acabou ficando encurralado. Sentoki já estava exausto, e Kurozu estava começando a demonstrar sinais de cansaço. 

- Não aguento mais pessoal, meus braços não param de tremer! - Sentoki já estava a beira de cair desmaiado. 

- Eu também, não tenho tanta energia assim. - A anã resmungou. 

- Não se preocupem pessoal. - Ashi falou, se aproximando dos dois. - Sigam em frente, eu cuido do combate agora. - E então saltou pro final da fila, atrás do Sentoki. 

- Magia? Não exagere, você ainda não se recuperou completamente. - O garoto estava preocupado. 

- Não se preocupe, apenas siga em frente. Você ainda tem muito que aprender sobre magia. - Ela entrou na postura de combate novamente e continuou atacando os monstros que vinham com suas mãos abertas. 

O garoto e a anã seguiram pelo caminho que Ashi deixou livre de monstros, e agora fedendo a queimado, sem dificuldades. Eles alcançaram a próxima descida e esperaram pela amiga. 

- Pode vir Ashi! - Kurozu gritou pra ninfa. 

- Desçam! Eu tenho um plano, confiem em mim! - Ashi continuava atacando os monstros de argila enquanto falava. 

Os dois se entreolharam, indecisos. Não queriam abandonar a ninfa. 

- Tem certeza de que não precisa de ajuda? - Sentoki falou 

- Vão logo droga! - A ninfa berrou. 

E então a dupla desceu pela escadaria, e seguiram pelo andar inferior, graças a Ashi não tiveram que enfrentar nenhum monstro. Porém, ainda podiam ouvir o som dos golpes dela no andar superior. A preocupação devorara a mente deles, mas continuaram em frente o mais rápido que podiam.
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O trio se aventura numa caverna feita de... argila? Que mistérios um lugar desses pode esconder ? E quem são os perseguidores misteriosos que estão no rastro dos nossos protagonistas?

#isekai #Fantasy #Action #PTBr #adventure #battle

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