The Rejected Family
Capítulo 13
Rejeite a lógica
"Muro, o que você está fazendo?"
À medida que One questiona as ações do seu irmão, as duas mulheres começam um confronto mortal.
Se pendurando no teto da caverna, Kuna desafia Phoena, '"você é gente grande, meu chefe vai adorar saber que eu dei cabo de sua existência."
"Aquele mau perdedor? Sua equipe é composta de idiotas."
"Você está com a língua bem afiada hoje, esquentadinha."
Kuna se prepara para uma investida, esticando o seu corpo como um estilingue.
"Credo! Que esquisita!" Toki desvia o olhar.
Com a potência de um disparo, a mulher elástica lança-se contra a sua oponente, que desvia do ataque com um sutil movimento para o lado. Após a aterrissagem no chão, a atacante se reposiciona, dando continuidade ao combate.
Kuna estica a sua perna direita, utilizando-a como um chicote, varrendo tudo em sua frente, de maneira horizontal.
Em resposta, Phoena salta e evita o golpe. Como uma fênix no ar, ela prepara um contra-ataque com suas pernas, revestindo ambas com chamas vermelhas.
"Onda de calor."
Um acerto definitivo. A perna direita de Kuna é esmagada por todo o peso do corpo de sua adversária, tendo a sua movimentação restringida. O chão estremece.
"Argh!!!"
One comenta com sua irmã, "sua companhia é bem peculiar, Toki."
"Essa daí é encrenca! Precisamos sair daqui, Muro!"
Muro continua observando os inimigos, esperando ansiosamente por uma oportunidade.
"Ainda mais forte do que o esperado. Andou treinando desde a última provação?" Kuna questiona a mulher em chamas.
"Minha função não é responder perguntas. Eu devo te eliminar."
Phoena prepara um ataque, com ambos os seus braços apontados para o peito de sua oponente. Seus membros são envolvidos por fogo, que se intensifica a cada segundo.
"Caramba, você também é bem determinada… parece que eu tive azar," Kuna aceita o destino.
One se assusta, "ei, ei. Ela vai—"
As chamas de Phoena formam uma corrente de fogo, cobrindo completamente o corpo da vítima. A mulher elástica não consegue se mover, o resultado é inevitável.
"Vórtex da Fênix!"
O olhar de todos ali presentes é tomado pelo choque de realidade. A silhueta de Kuna desaparece em meio à combustão.
One tapa os olhos de Toki, impedindo que ela acompanhe a tragédia.
Quando o fogo cessa, o combate se encerra. Phoena é a única de pé no local do confronto, com seus pés imersos em cinzas, que uma vez formaram uma poderosa competidora.
Kuna, rejeição da rigidez: morta
"Impossível…" a ficha de One demora para cair.
O garoto olha para a mulher em chamas, paralisado em sua presença. Ela se vira para o grupo de Muro, que agora possui toda a sua atenção.
O rapaz mais velho dá simples instruções para os seus pequenos irmãos, "corram."
A escuridão.
Os olhos de um homem se abrem lentamente, acordando de um sono profundo. Calos está sendo levado para as áreas menos iluminadas da caverna. Em um lugar onde praticamente nenhum som é ouvido, um pequeno número de pedras luminosas é responsável por manter o local minimamente visível.
Dinda carrega o pai de Muro em suas costas, enquanto puxa um outro corpo com as suas mãos: Dende é arrastado pelo chão. Ambos estavam inconscientes, despertando progressivamente.
"Onde…?"
O pequeno corpo de Calos faz com que seu peso consiga ser suportado, sem problemas. Ao abrir os seus olhos, Dende enxerga a amiga, compreendendo melhor a situação.
"Dinda…"
"Finalmente você acordou. Vamos, você já pode andar sozinho."
A mulher larga o corpo do seu companheiro, derrubando-o no chão.
"Ai! Que ótimo jeito de acordar, já está me dando ordens?"
"Pare de reclamar. Eu carreguei vocês dois sozinha. Você deveria estar de joelhos, me agradecendo."
"Eu nem sei quem esse cara é," Dende se refere à Calos.
"Ah, ele é da equipe daquele garoto escandaloso. Pareciam estar dispostos a nos ajudar."
"Não deveríamos estar formando outra aliança, ainda mais uma informal. Não aprendeu nada com a última?"
"É apenas uma escolha sensata. Precisamos de alguém forte. Podemos tirar proveito da gentileza deles."
"Você vai se arrepender, Dinda."
"Nesse caso, tudo o que precisa fazer é estar pronto para matá-lo quando necessário."
Calos ganha ciência da situação, acordando de uma vez. Ele olha ao redor, reconhecendo o rosto de Dende. Enquanto é carregado pela mulher, sua situação lhe chama a atenção.
"Isso é um sequestro?"
"Ah, ele acordou," Dende informa.
"Estamos na provação?"
Dinda responde, "sim, bem no início dela."
"E por que eu estou com dois estranhos?"
"Não diga isso. Nós já até comemos juntos."
Calos se solta do corpo da mulher, pulando para longe.
Ele ameaça a dupla, "eu planejo vencer a provação. Se forem ficar no meu caminho, por favor sejam diretos."
"Ei, ei, não é nada disso. Vai com calma, ok? Eu só juntei as primeiras pessoas conhecidas que eu encontrei. Eu não sou capaz de dormir, então tive um breve tempo sozinha aqui na caverna."
"Sua rejeição…"
"Sim, eu rejeito o sono. Lembra disso, certo? Eu não estou mentindo. Apenas tirei vantagem da minha habilidade e juntei vocês dois."
O som das palavras de Dinda são abafadas pelos ouvidos de Calos, que ignora cada informação emitida da boca da mulher. Convencido, o pequeno homem rouba a cena, gritando as suas opiniões, que pareciam ser mais relevantes do que as de todos ali presentes.
"Basta, não precisa tentar me convencer! Meu filho simpatizou com vocês, mas não entendam isso errado! Eu não estou te ajudando! São vocês que estão sendo usados! Quando encontrarmos a minha família, eu vou cuidar de vocês dois!"
Enquanto são diretamente atingidos pelas inúmeras colocações do pai de Muro, os dois companheiros seguem ignorando todo ruído causado pelo sujeito exibido.
"Ei, Dinda. Parece que ganhamos na loteria. Você escolheu o mais cara de pau daquela equipe."
"Credo. Você é bocudo, hein, baixinho?"
"Ah, então vamos falar de tamanho? Que fique claro: na minha família tem gente muito maior do que vocês. E querem saber de outra coisa? Eu sou mais forte que todos eles!"
O trio se aproxima de uma elevação no terreno da caverna, como um grande degrau que incrementa a altura do restante do caminho. Dende e Dinda cooperam para superar o obstáculo, sendo obrigados a escutar os desaforos de Calos durante as suas ações.
"Aqui, Dinda. Se apoie em mim."
Dinda sobe pelo corpo do amigo, utilizando-o como um degrau para alcançar a elevação. Chegando em seu objetivo, ela estende a mão para o seu companheiro.
Calos continua resmungando, "talvez tenham sido mimados demais pelo meu moleque. Eu vou colocar vocês no seu devido lugar!"
"Aqui, sua vez," Dinda oferece ajuda para Calos, uma vez que Dende já se encontra ao seu lado.
Um desafio impossível. O pequeno homem salta repetidas vezes, tentando alcançar o braço da mulher, que se estica o máximo que pode. A elevação parece inalcançável.
"Até que você é fofo, nanico. Quer que eu desça para te ajudar?" A mulher ri das novas circunstâncias.
"Qual é o motivo dessa elevação? O arquiteto dessa caverna está me sacaneando!?!?"
Dende questiona a sua amiga mais uma vez, "realmente precisamos dele com a gente?"
"Dende…"
"Certo, certo. Eu vou ajudá-lo."
Calos se mantêm pulando incessantemente, almejando o terreno elevado.
"O organizador da provação! Não, deve ser culpa daquele desenvolvedor! Eu vou acabar com os dois, só para garantir!!" O homem enfurecido dá seguimento ao seu escândalo.
De repente, os olhos da dupla enxergam algo surpreendente. Uma enorme sombra cobre os seus rostos.
"Dinda, o que…?"
Em uma reação inesperada, as pernas de Calos crescem exponencialmente, assumindo a altura de um gigante.
O novo comprimento do homem é tão imenso que a parte superior do seu corpo — que permanece inalterada — é pressionada contra o teto da caverna. O local não possui mais espaço o suficiente para aquela nova forma de vida.
Dende e Dinda ficam boquiabertos. Uma calmaria repentina, a fúria do pai de Muro é interrompida após ele perceber a sua nova situação.
"Ah, foi mal," ele se desculpa.
A partir de um impacto avassalador, o solo estremece. A destruição conduz uma batalha em outra zona da caverna.
O combate entre Saul e Pac tem início. Honda se regenera lentamente, enquanto observa o seu marido.
Uma luta à curta distância, os dois competidores se mantêm frente a frente. O contato corpo a corpo faz com que cada soco abale as estruturas do local.
A mulher não tem sequer coragem para se mover, perplexa diante do confronto, eles estão lutando há menos de um minuto… mas eu não me surpreenderia caso esse lugar desmoronasse agora.
Mesmo depois de dezenas de golpes, nenhum dos dois combatentes parecem ter sofrido danos. Na ausência de resultados, Saul prepara um ataque para perfurar as resistências do adversário.
De joelhos flexionados, o giro do seu quadril potencializa a força de um soco pesado na direção de Pac.
Uma resposta espelhada, o inimigo revida com a mesma intenção. Os golpes colidem. O impacto causa um tremor ainda maior, fazendo com que Honda se segure no chão, assustada. O teto parece ameaçar cair a qualquer momento.
"Ainda está vivo? Que surpresa," Pac enaltece o adversário.
"Socos fracos como esse não farão efeito. Mais forte!"
Com o rasgar de suas roupas, — que foram reduzidas pela metade — os músculos de Saul crescem, ultrapassando ainda mais os seus limites, que já haviam sido superados.
Pac se impressiona, "uau, quem diria…"
Um soco quase instantâneo, o sujeito é repentinamente atingido, em uma velocidade inesperada. A nova força dos músculos de Saul aumenta a sua velocidade, resultando novamente no estremecer do solo cavernoso.
"Urgh!!"
Estalactites caem do teto, o desmoronamento se torna uma possibilidade real.
Pac compra a briga, "heh, isso sequer é possível? Vamos ver até onde consegue chegar."
Honda reflete, ansiosa, isso não parece bom. Esses dois idiotas estão prontos para destruir este lugar!
Saul avança novamente. Seu adversário reage, uma pose completamente defensiva.
Instantâneo.
Um gancho de direita perfura o bloqueio, com a velocidade de uma flecha que busca pela face do inimigo. Uma investida dá sequência ao ataque, dezenas de socos em cadeia acertam precisamente o alvo. Pac não consegue mais acompanhar o ritmo da luta. Com o impacto de um canhão, buracos são formados na parede atrás do corpo atingido. A estrutura é abalada por incontáveis rachaduras.
Honda não acredita na sua visão, por que? Por que mesmo com o lugar estando prestes a desabar… ele continua sem receber nenhum dano?
A parede está repleta de rombos, enquanto o corpo alvejado permanece intacto.
"Eu não consigo mais te acompanhar. O que você se tornou? Seu corpo parece se fortalecer toda vez que começa a fraquejar," Pac questiona o seu oponente.
Ofegante e imerso no cansaço, o tio de Muro responde, "você não é simplesmente indestrutível. É como se toda vez que estivesse chegando perto de feri-lo, seu corpo ficasse ainda mais resistente."
Um fica mais forte sempre que sua força não parece o suficiente. O outro fica cada vez mais duro sempre que parece frágil. Que tipo de combate é esse…? A mulher compreende o seu medo genuíno.
Pac sorri, apontando para Honda.
"Como você acha que isso vai terminar? Mesmo que se recuse a morrer, será considerada derrotada caso fique imóvel embaixo dos escombros da caverna."
"Não escute ele. Estamos na vantagem," ela tenta manter o estado mental do seu marido, fugindo de seu pavor.
"Estão confiantes assim por causa do tamanho da sua equipe? Nesse caso, tudo o que precisamos fazer é derrotar vários de vocês de uma vez só."
Em meio à conversa, um homem permanece em silêncio absoluto. Nenhuma palavra parece chegar aos seus ouvidos, que apenas escutam a movimentação de seu adversário.
O inimigo provoca Saul, "ei, tá me ouvindo, grandão? Seu esforço não faz sentido!"
"Quando aquele idiota entra em uma luta, não importa o que você faça. Ele não vai parar. Não é só por diversão. Seu cérebro simplesmente limita todos os seus pensamentos."
Os braços de Saul crescem mais uma vez, enquanto sua mente apenas repete uma única informação, ainda não causei nenhum dano… mais!!!
Comments (0)
See all