Dia 16 de fevereiro de 1992, domingo, 03:00 da manhã
Querido diário, eu sonhei com alguém assassinando meus pais. Essa pessoa era veloz e não teve nenhuma dificuldade para executar essa ação.
Agora
Marlene acorda tarde esse dia, e então vai falar sobre o que sonhou, e então lê o que anotou de madrugada e toma um susto com o que vê, ela não se lembra de ter escrito isso, e era a sua própria letra, não havia como não ter sido ela.
Ela vai até sua mãe e mostra isso e fala o que aconteceu, e sua mãe responde calmamente — Talvez você seja sonâmbula — e Marlene fica em dúvida e se questionando sobre não lembrar desse sonho.
Então ela concorda com essa idéia e vai fazer as coisas do dia a dia, enquanto seus pais vão ao mercado. Então ela sai na rua e vê uma cobra saindo do mato, e a cobra se sente ameaçada e arma um bote.
Marlene recua e diz — Calma, amiga cobrinha, eu sou sua amiga — a cobra então abaixa e vai até seu braço e se enrola nele e Marlene fica feliz com isso, pois ela sempre foi uma boa amiga dos animais, segundo ela.
Ela faz a cobra sair de seu braço e continua vagando pela rua, até que ela se depara com um homem ameaçando uma moça, então ele diz baixo para Marlene — Olá, criança. Se você não fizer nada, ninguém morre aqui, se você gritar, me revelar ou algo do tipo, ninguém sai vivo.
Marlene fica perplexa diante tal situação, mas o homem dispara na mulher e ela desaba na sua frente enquanto o homem foge.
Marlene encara a mulher enquanto ela parte, sentindo-se culpada, ela deseja que o homem volte para enfrentá-lo, e então ele surge da esquina, andando lentamente com seus olhos virados.
Ele então fica parado de frente para ela, e ela dá um soco em sua barriga que aparentemente não fez muita coisa, e então ela se agacha com as mãos na cabeça e começa a desejar do fundo de sua alma que ele morra.
Enquanto ela desejava isso, ela ia sentindo dores por todo corpo e cansaço extremo, enquanto ela escutava um barulho de carne sendo mexida e apertada vindo da cabeça dele, e então ele desaba.
Marlene corre para casa, se limpa e queima as roupas ensanguentadas e então aguarda seus pais enquanto se sente culpada por não conseguir fazer nada pela moça.
Um senhor aparece na sua porta, chamando por sua mãe e Marlene vai lá, com um olhar vazio que não conseguia esconder.
O senhor fica assustado e preocupado, mas ele então pergunta — Onde está sua mãe? — o silêncio se mantém e ela pergunta — O que você quer?
Ele então a responde — Eu havia visto algo estranho, você estava perto, na verdade dentro daquela cena de crime onde muito provavelmente você foi a vítima. Você está bem?
Ela entra em pânico, e então se abaixa e começa a pensar várias e várias vezes a mesma coisa "Você não viu nada, sai daqui! Você não viu nada! Sai daqui! Sai daqui agora! Sai, sai sai!"
Ela começa a chorar e assim que ele pensa em ir até sua direção para ajudá-la, ele trava e sai de sua casa, então ele parte de lá e ela se levanta assustada com o seu dia.
Diário de Marlene
Dia 16 de fevereiro de 1992, domingo, 19:39 da tarde
Querido diário, hoje o dia foi tão
Agora
Marlene desmaia de exaustão e dorme até o dia seguinte, com uma febre alta de 60° ela sobreviver seria um milagre.
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