Virei a página com calma, afinal, paciência é o que mais tenho.
'Vamos começar por Lauréxia… Nossa casa. Se você não for daqui, não tem problema; nosso objetivo é que você compreenda através de uma linguagem clara e referencial. No Oeste, temos Irlem, uma nação muitas vezes considerada irmã de Híctia, que fica a leste. Isso se deve a uma série de eventos, ao longo dos séculos, que moldaram o continente, colocando Lauréxia no centro do mapa.
Irlem, no norte, é protegida por uma cadeia de montanhas imponentes, que não só formam barreiras naturais como também abrigam cavernas milenares. Já Híctia possui uma geografia mais variada, com planícies férteis no centro, pontilhadas por grandes lagos ideais para a agricultura. Ao oeste, colinas onduladas se elevam lentamente até as montanhas que formam a fronteira com Irlem.'
(Mas chega de tanto conteúdo geográfico! Não quero te entediar, leitor. Se quiser, o mapa completo está disponível no meu perfi, pode ver com os olhos :)
Áurea, um mundo moldado por séculos de desafios e evolução. Finalmente chego ao ponto que mais me interessa: a história pós-cataclisma e a era de inanição tecnológica. Foi nesse período caótico que me vi arremessado novamente para dentro dessa empreitada chamada vida.
'Quanto à configuração atual do mundo, podemos agradecer — ou lamentar — eventos como as Revoluções Ciranas, a Deriva de Harlei, o Renascimento de Gaélia, e as sucessivas guerras de Áurea: a Primeira, Segunda e Terceira. E o evento mais recente, que já perdura por séculos, as Incursões.'
"Em primeiro lugar, é importante falar sobre Cirus, uma nação situada no coração de Gaélia, sendo a segunda mais antiga do continente. Fundada em 1147, durante a Era da Inanição, sua capital, Circler, foi erguida pela raça dos Cinos — avianos humanoides que ousaram atravessar o deserto indomável de Cacharrel. Esse deserto era famoso por suas temperaturas escaldantes, seus artrópodes gigantes como os Kaempferi, e os temíveis vermes gigantes Eunices aphroditois, caçadores que podiam chegar a mais de 30 metros. Além disso, as noites eram congelantes, tempestades de areia e miragens fatais, causadas pelos Pravos, obscureciam a visão, enquanto nuvens tóxicas vagavam pelo ar. Apesar desses obstáculos, os Cinos perseveraram, adentrando o deserto protegido por torres negras dos Precursores, que pareciam resistir ao avanço do tempo.
Foi além do Cânion de Crumunhon, no gigante oásis de Rafo, que os Cinos se estabeleceram e fundaram Circler. Ao longo dos anos, eles expandiram seu domínio e misturaram-se a outras raças à medida que dominavam mais territórios do deserto. Em 1162, foi estabelecida a monarquia da linhagem Kakun, que governou o deserto e unificou as tribos até 1338. Durante esse período, a aceitação de outras raças pelos Cinos, após a Era da Inanição, gerou grande insatisfação, principalmente entre as tribos ocidentais que não aceitavam os Elfins.
Em 1338, essa tensão culminou na Revolução Cirana, uma revolta xenófoba que rapidamente ganhou força entre os avianos. A guerra civil foi marcada por batalhas intensas, com batalhões de magos-soldados enfrentando exércitos rebeldes. A revolta resultou na deposição e execução de Kakokka IV. Kekolen, então com 28 anos, assumiu como ditador supremo, instaurando um regime autocrático. Sua ascensão ao poder foi implacável, marcada pela repressão brutal de opositores e pela centralização total do poder.
Em 1381, Kekolen iniciou uma cruzada para subjugar e escravizar outras nações, buscando tornar-se o ser mais poderoso de Gaélia. Suas campanhas militares foram extensas e brutais, levando à conquista de vastas áreas. Primeiramente, Cirus se expandiu para o norte, onde enfrentou as tribos de U.N.G e Ruzi, que resistiram ferozmente, mas sucumbiram à superioridade mágica e militar de Cirus.
Ao avançar para o oeste, Cirus enfrentou uma resistência ainda mais organizada por parte das nações do sul. As batalhas nesta região foram incrivelmente sangrentas, com ambos os lados empregando armas mágicas e táticas inovadoras. Embora prolongada por décadas, Cirus eventualmente prevaleceu, estabelecendo um controle firme sobre essas terras.
No nordeste, as montanhas de Gaélia e os territórios férteis do leste apresentaram um desafio completamente diferente. As tribos montanhesas, acostumadas ao terreno inóspito, ofereceram uma resistência tenaz. No entanto, a supremacia aérea dos Cinos, com seus ataques coordenados do alto, garantiu a vitória após uma guerra que se arrastou por mais de cinquenta anos.
Cirus se tornou o maior império de Áurea, por um século. Eles exaltam superioridade e nacionalismo em peso. Clamando, atualmente, pelo grande retorno do Kekun, ou deidade enviada como apóstulo do deus deles para construir um império, um planeta unificado.
Porém, em 1822, as nações escravizadas de Gaélia, exaustas sob o domínio opressor de Cirus, uniram forças para pôr fim ao seu reinado. Com a ajuda de Domim e Turus, nações fortemente xenófilas, começou o Renascimento de Gaélia. Usando táticas de guerrilha e ataques coordenados, as forças de Domim atacaram a partir do norte, enquanto Turus pressionava pelo oeste. Simultaneamente, facções dissidentes em Cirus fomentaram revoltas internas e sabotagens, enfraquecendo ainda mais o regime.
'Após cem anos de sangrentas invasões e libertações de províncias pelo continente, com o apoio fervoroso dos países de Lauréxia (mesmo que Irlem e Híctia ainda fossem nações fragmentadas), a grande luta pela liberdade começou. A invasão de Cirus se iniciou com o desembarque ousado em Forolu e Florence, atualmente conhecida como Florem. As forças aliadas, unidas por um objetivo comum, romperam as linhas de defesa de Cirus com uma força avassaladora, avançando como uma tempestade sobre os territórios ocupados.
A Batalha do Estreito foi o ponto decisivo. Cirus, que antes parecia invencível, viu seu exército cercado e esmagado de forma brutal. Suas forças foram aniquiladas, levando à expulsão completa de Cirus para o deserto inóspito de Cacharrel. A vitória não apenas marcou o fim do domínio tirânico de Cirus, mas também lançou as sementes das nações que moldariam o futuro de Gaélia: Ruzi, Florem, Loura, U.N.L.G e muitas outras nasceram das cinzas dessa vitória.
Com o tempo, o outrora poderoso império de Cirus começou a murchar. A antiga glória foi devorada pela fome do tempo, e em 2042, durante a Primeira Guerra de Áurea, Cirus, então uma sombra do que havia sido, se viu à margem do grande conflito. Enquanto Florem e as nações do sul se engajavam em batalhas violentas, o reino cirano lidava com suas próprias crises internas, tecnologicamente ultrapassado e economicamente empobrecido.
Quando a Segunda Guerra de Áurea eclodiu em 2070, conhecida como a Guerra da Reconquista, Cirus, ainda cambaleando de seu declínio, viu uma chance de recuperar parte de seu poder perdido. Entretanto, essa era uma era de gigantes, e Cirus, agora insignificante diante das nações emergentes e tecnologicamente avançadas, tropeçou em sua própria ambição. As tentativas de reocupar territórios antigos foram recebidas com força implacável. As batalhas eram ferozes, com o fogo dos armamentos modernos e blindados ecoando como trovões nos campos de batalha. Mesmo assim, Cirus foi empurrada de volta para sua agonia no deserto.
Por séculos, Gaélia viveu apenas pequenos conflitos. Até que, em 2771, uma catástrofe natural abriu uma fissura sísmica que partiu um pedaço de Lauréxia à deriva, desencadeando um novo ciclo de destruição. Em 2945, a Terceira Grande Guerra – a Guerra dos Sóis – explodiu quando Florem reivindicou a ilha que flutuava à deriva. Desta vez, Cirus, agora faminta por qualquer vestígio de relevância, ousou se envolver. Mas as consequências foram catastróficas.
Cercada por forças de Florem e Loura, Cirus, em um ato de desespero absoluto, quebrou um dos maiores tabus da civilização. Eles usaram uma ogiva nuclear. O impacto foi devastador. O horizonte brilhou em chamas enquanto o mundo mergulhava no caos. A guerra atômica que se seguiu quase varreu as raças de Gaélia da existência, reduzindo vastas regiões a ruínas fumegantes. As cidades, as florestas, e os campos viraram cinzas em um piscar de olhos, e a radiação espalhou-se como um veneno invisível, sufocando a vida por décadas.
Mas em 2950, algo inexplicável aconteceu. As antigas torres e estruturas dos Precursores, que durante séculos permaneceram silenciosas e misteriosas, agiram de forma incompreensível. Como se obedecessem a uma vontade superior, elas reduziram a radiação e, em apenas 70 anos, restauraram o ambiente devastado. O inverno nuclear terminou tão rápido quanto começou, mesmo que o segundo periodo de inanição tenha causado danos agonizantes como fome em massa novamente. As estruturas, trazendo alívio e renovando a esperança transformaram o mundo. Esse milagre inexplicável salvou o mundo da extinção e devolveu à humanidade e outras raças uma chance de sobreviver.
Porém, o preço que Cirus pagou foi alto. O império, que uma vez se estendia sobre vastas terras, desmoronou sob o peso de sua própria decadência. Fragmentado em facções com ideologias conflitantes, Cirus mergulhou em uma espiral de caos e guerra civil. Sem um governo central forte, com a infraestrutura dizimada e a moral destroçada, o que restava da nação se perdeu em disputas internas, tornando-se uma terra devastada, onde o eco de sua antiga glória se misturava ao som da destruição.
E assim, o que um dia foi uma das potências mais temidas e reverenciadas de Gaélia, tornou-se uma sombra esquecida, condenada a lutar entre ruínas e memórias do passado. (Bla, bla, bla de 30 páginas explicando cada evento de forma mais detalhada na perspectiva de Cirus)'.
Após a queda de Cirus, Loura emergiu não apenas como uma nação libertada, mas como uma potência que herdou o espírito de resistência e disciplina. Governada por um sistema parlamentarista hereditário, as elites que controlavam o poder estavam determinadas a evitar que o caos voltasse a consumir seu território. Loura se ergueu em um cenário onde a ordem era a pedra angular de sua sociedade, com uma arquitetura austera que reflete a severidade e a durabilidade de suas instituições.
No início, a nação se dedicou à reconstrução, transformando os campos de batalha em terras produtivas e seus exércitos em guardiões da paz. Sua ênfase na educação e tecnologia tornou-a líder em avanços científicos e militares. No entanto, durante a Guerra dos Sóis, Loura enfrentou seu maior desafio: uma guerra nuclear que quase levou Gaélia à extinção. Cercada por inimigos e isolada politicamente, Loura resistiu, mas não sem cicatrizes profundas. Quando as torres precursoras restauraram o ambiente, os Louranos acreditaram firmemente que essas estruturas eram, na verdade, símbolos de um julgamento divino, reafirmando a fé da nação em sua missão de liderança continental.
Florem é a alma vibrante de Gaélia, conhecida por sua rica cultura e pela coesão harmoniosa entre diversas raças. A nação se orgulha de sua diversidade e se vê como um símbolo de inclusão e progresso. Na época da Primeira Guerra de Áurea, Florem liderou os esforços para unificar as nações do sul contra as ameaças externas, cimentando seu papel como defensor de Gaélia.
Quando a Guerra dos Sóis estourou, Florem foi forçada a lutar em várias frentes. A ilha de Harlei se tornou o foco da disputa, e a traição de Cirus que se juntou a Híctia — que atacou Florem pelas costas — criou um caos indescritível. No entanto, foi Florem que suportou o peso da guerra nuclear, com várias de suas cidades sendo dizimadas. O impacto da ogiva nuclear lançada por Cirus marcou profundamente a cultura do país, transformando suas belas cidades e praças em ruínas irradiadas. Durante o inverno nuclear, Florem também testemunhou um fenômeno incomum: as estruturas precursoras próximas das antigas cidades começaram a brilhar com luzes etéreas, como se estivessem protegendo o que restava.
Isso gerou uma nova corrente filosófica em Florem, que via essas estruturas como artefatos divinos, e, após o evento, elas se tornaram locais sagrados de peregrinação. Alguns teóricos florianos até acreditam que as torres precursoras contêm uma energia antiga que pode moldar o destino do planeta.
Híctia sempre foi uma nação impulsionada pelo mar e pelo comércio, suas cidades são um testemunho de sua grandiosa história naval. Durante os séculos que se seguiram à sua formação, Híctia se consolidou como uma potência em Lauréxia, usando sua frota poderosa para controlar rotas comerciais e expandir sua influência.
No entanto, as guerras em Áurea colocaram Híctia em uma posição delicada. A Segunda Guerra de Áurea viu Híctia tentando uma expansão ambiciosa, mas foi frustrada pela resistência feroz de Loura e Florem. A Guerra dos Sóis, entretanto, foi um golpe ainda mais devastador, com Híctia se enredando em uma série de conflitos territoriais que culminaram em destruição nuclear. Embora Híctia não tenha sido o alvo direto da bomba, a proximidade de suas fronteiras com as áreas devastadas trouxe morte e sofrimento à sua população.
Nos anos que se seguiram, Híctia se dedicou à inovação tecnológica, especialmente na automação e inteligência artificial, o que lhe permitiu se reerguer rapidamente após o desastre. Seu interesse, nosso, pelas estruturas precursoras é particularmente marcante, com estudos conduzidos por engenheiros e cientistas que buscam compreender o propósito dessas construções. As torres, situadas em locais estratégicos, são cercadas por lendas que afirmam que são portais para uma antiga civilização, ou até mesmo para dimensões além da compreensão humana.
As Incursões são um fenômeno inexplicável que tem ocorrido em Gaélia e Lauréxia por séculos, sempre centradas em torno das misteriosas estruturas precursoras. As torres, monólitos e templos espalhados pelos continentes são restos de uma civilização antiga e desconhecida, cujas intenções permanecem envoltas em mistério. Alguns acreditam que essas estruturas foram deixadas por deuses ou entidades extradimensionais, enquanto outros afirmam que elas são máquinas adormecidas, programadas para proteger o mundo de uma catástrofe iminente.'
E quanto as Incursões? Livrooo! Eu quero saber das Estruturas precursoras, não acredito que deixou uma menção honrosa no ultimo capítulo do livro? Revirei a página lendo os símbolos que chamam de 'letras' em máxima empolgação.
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