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Heaven In Abyss(pt)

Em que mundo eu vivo? (5)

Em que mundo eu vivo? (5)

Jun 26, 2024



No final do livro, ainda que uma curta passagem, tinha uma menção às estruturas. Como aquela torre negra no horizonte. Minha curiosidade me impediu de fechar o livro, então parei para ler uma última vez.

'As Estruturas Precursoras, espalhadas por Áurea, são verdadeiros enigmas do passado que desafiam aventureiros, exércitos e cientistas com seus mistérios e recompensas. Construídas com uma tecnologia que supera em muito o conhecimento atual da nossa civilização, essas construções abandonadas… Ou habitadas por resquícios de uma outrora pujante civilização do nosso mundo que desapareceu a... Milhões de anos, são famosos não apenas por seus segredos ocultos, mas também por seus guardiões implacáveis e seus enigmas de um futuro que se escondeu no passado. 

 Cada nação que interage com essas criaturas enigmáticas lhes dá um nome diferente: Em Loura, elas são chamadas de Servos do Panteão, devido à fé em Libra que, segundo as lendas e escrituras sagradas, tinha um exército dessas criaturas. Em Híctia, são conhecidos como Os Observadores, figuras que parecem espreitar os invasores, essa nomenclatura está mais associada a um viés científico. Em Florem, os chamam de Sombras de Deuses, devido às suas capacidades físicas e morfológicas. Em Turus, são referidos como Emissários do fim, por sempre estarem próximos a tragédias.

Embora variem em forma e comportamento, todos esses guardiões compartilham uma característica em comum: são feitos de uma substância negra viscosa, que parece pulsar com Mana negativa, uma energia sinistra que é hostil à vida biológica. Eles são indestrutíveis no sentido tradicional — ao serem derrotados, seus corpos se dissolvem em uma poça de matéria negra, que eventualmente se regenera na mesma criatura que tombou.

Explorar essas estruturas é uma tarefa perigosa e mortal, mas a promessa de tesouros fantásticos e tecnologias avançadas continua atraindo aqueles ousados o suficiente para tentar. As estruturas parecem seguir um sistema de teste racional, como se estivessem avaliando a capacidade e a persistência dos intrusos, recompensando-os conforme o nível de dificuldade superado.

Sendo comumente organizadas em 3 tipos de estruturas grandes e centenas de subtipos; Bastiões, Pináculos e Alcáceres são as categorias primárias. 

Bastiões geralmente se assemelham a pirâmides colossais que ficam isoladas em planícies, oceanos, desertos e lagos. Sua função, como nas outras, não é clara para nós, porém, dentro dessas há mais tesouros e Observadores poderosos hostis. Sendo possivelmente fortalezas daquela antiga civilização para guardar suas riquezas e centralizar poderio militar. Marcantemente, eles têm armas, cache de dados para fins militares e gadgets voltados à utilidade militar, como escudos de plasma e explosivos de plasma reutilizáveis. Commodities e materiais extremamente raros, desconhecidos pela nossa ciência até hoje, também podem ser adquiridos.

Pináculos são bem diferentes. Altas torres de vários formatos, serviam como centros de pesquisa e desenvolvimento dessa civilização perdida. Em vez de apenas testes de força bruta, os Pináculos desafiam a inteligência e a percepção, apresentando quebra-cabeças lógicos e armadilhas fatais. As recompensas encontradas ali refletem esse foco científico: tecnologias avançadas voltadas para cura, manipulação de energia, soluções ambientais e até dispositivos que ampliam o entendimento do mundo. Explorá-los oferece conhecimento ancestral.

Alcáceres estão no completo oposto. Se os Bastiões são fortalezas e os Pináculos laboratórios, os Alcáceres são lares subterrâneos. Palácios submersos, vilarejos em florestas e cidades suspensas, são o cotidiano da antiga civilização. Suas recompensas são culturais e pacíficas, oferecendo artefatos que permitem vivenciar o passado, itens que auxiliam o aprendizado e até projeções holográficas de antigos habitantes. Em vez de ameaças, os Alcáceres oferecem um refúgio, sendo perigosos apenas pela monotonia… Mas certos lugares são proibidos pelos Observadores.

As nações procuram assumir frequentemente o controle e lutar por essas ruínas do passado em busca de seus tesouros e, depois de adquirir, ainda precisam gastar esforço para adentrar e passar suas provações. 

No caso, existem os Observadores divididos por nós em 5 categorias de perigo e força: Alfa, Beta, Gama, Delta e Ómega. Sendo α criaturas de pequeno potencial lesivo e geralmente destinadas à manutenção das estruturas, como reparos e limpeza. As β são como pequenos animais de ataque, geralmente letais, mas não são poderosos e possuem centenas de formas diferentes. O tipo γ é geralmente humanoide ou quadrúpedes maiores que lutam como semelhantes aos seres sencientes, lesivos e letais, mas sem poderes sobrenaturais. No tier δ, as criaturas são extremamente perigosas e fortes, sendo assim, são necessários grupos de pessoas preparadas e fortemente equipadas para vencê-las, geralmente, são grandes e monstruosas, mas também em formato humanoide. Neste, ω, raríssimos e temidos, esses seres são ditos possuir uma consciência própria e poderes capazes de tombar exércitos e causar grande destruição.

Apesar dos perigos, muitos continuam tentando, seduzidos pelas lendas e pela promessa de tesouros além da imaginação.'

Repentinamente escutei um estrondo vindo de fora. Mas ignorei.

Enquanto eu folheava as páginas gastas dos livros, imerso em histórias  de Áurea, o tempo escapava como areia entre os dedos. Zênite, um dos sóis sazonais, descia lentamente, tingindo o céu com tons dourados e roxos. Um presságio de que o novo membro da nossa 'família' já deveria ter chegado devido as longas horas que passei aqui lendo livros. Depois que aprendi a ler, sempre levo alguns dos livros daqui para casa...

O silêncio da biblioteca foi abruptamente rompido por um grito.

“Kiel! Será que você pode parar de fazer esse barulho insuportável? Isso é uma biblioteca, não um mercado!” O senhor Nelco, patriarca da vila, balançava a cabeça, sua voz tão enrugada quanto a própria pele, quase como uma esponja velha que resistiu ao tempo. Ele estava no alto, em um ninho de vigas improvisado no teto da biblioteca.

“Qual foi o ruído que eu fiz Velho deprimido? Me poupe de suas reclamações infundadas.” Eu respondi, sem me importar muito, observando o ancião descer com agilidade surpreendente para sua idade. Ele saltava entre as prateleiras.

Ele aterrissou com certa dificuldade na minha frente, ajeitando a longa barba branca e me encarando com os olhos semicerrados. “Tenha mais respeito com os mais velhos, criança tola. Já não basta seu comportamento, e agora esse barulho infernal?"

“Respeito? Os velhos da sua espécie, os Néfos, só sabem reclamar. Nem percebeu que o barulho nem veio daqui, né? Vai me culpar à toa?” Provoquei, esperando extrair mais uma reação. Antes que ele pudesse responder, um estrondo ecoou do lado de fora, seguido por uma onda de faíscas.

Nelco bufou e apontou para a saída com um gesto rude. “Seu pai está lá fora, fazendo das suas, como sempre.”

Aproveitei a deixa para escapar da conversa. Ao sair da biblioteca, a brisa fria das montanhas me envolveu, enquanto o cenário ao meu redor parecia emergir de um quadro antigo. O sol poente tingia o céu com cores vibrantes — laranjas, verdes e azuis. A colossal Torre Negra, sempre imponente, se erguia no horizonte silenciosa, seus picos perfurando o céu. Ao longe, o grande rio serpenteava entre as montanhas, correndo com força e velocidade, refletindo o brilho do entardecer como um espelho líquido.

Aidan, meu 'pai', estava do lado de fora, realizando seus shows de sempre, lançando pedrinhas que estouravam em faíscas no ar em um espetáculo colorido. “Ah, me desculpe... Estava ansioso para vê-la de novo,” disse, acenando para mim e Nelco com um sorriso genuíno.

Fiz um aceno em resposta.

Nelco, que havia me seguido, suspirou ao ver o comportamento juvenil de Aidan. “A juventude... sempre tão impetuosa, buscando emoções a cada esquina. Esquecem que o verdadeiro amor não é um espetáculo, mas uma chama que cresce lenta e silenciosamente com o tempo.”

Eu me sentei ao lado de Aidan, pensando no que Nelco disse, pois, o conceito mais distante para mim não era Philia ou Ágape, mas sim o Eros, o desejo romântico por alguem, isso é inconcebível para mim no momento. “Pelo menos o senhor sabe dizer algo sábio de vez em quando, e não só ser ranzinza,” provoquei, forçando um sorriso.

Nelco, no entanto, não perdeu tempo e replicou: “Frutos desse amor às vezes são estranhos como você. Espero que seu novo irmão ou irmã não seja tão insuportável.”

Aidan franziu o cenho, claramente ofendido, mas antes que pudesse responder, eu o interrompi, mudando o assunto: “Como você conheceu a mamãe, pai?”

A pergunta não era apenas por curiosidade; eu queria entender mais sobre o relacionamento deles. Se havia algo que pudesse explicar a estranheza que sentia dentro de mim.

Nelco, curioso, se acomodou próximo, os olhos cinzentos fixos na Torre Negra ao longe. “Sim, isso seria interessante. Vocês sempre guardam mistérios sobre suas aventuras.”

Aidan suspirou, olhando para a estrutura que dominava o horizonte. “Já faz oito anos que conheci Ari. Ela é um mistério, sempre foi. Mas, apesar disso, eu a amo. Ela nunca me conta sobre seu passado, mas isso não importa para mim.”

Aidan sorriu de forma quase melancólica. “E você, Kiel, é a prova desse amor.”

Senti um aperto no peito. Ele estava sendo sincero, e por mais que eu quisesse sentir o mesmo, algo em mim ainda resistia. Eu queria amar minha família, queria me sentir parte desse laço que eles construíram. Mas minha mente, fragmentada por fantasmas do passado, me impedia.

Aidan se levantou de repente, com uma animação repentina. “Certo, vamos encontrá-la então!” Ele disse, mudando rapidamente de humor.

Enquanto caminhávamos pela trilha sinuosa, o som suave da água corrente se misturava ao farfalhar das folhas ao vento. O ar era fresco, quase cortante, e cada passo ecoava na imensidão do planalto, amplificado pela vastidão que se estendia ao nosso redor. O crepúsculo lançava longas sombras, tingindo a paisagem com tons de laranja e dourado somados ao verde e azul, enquanto o silêncio da montanha envolvia tudo.

A cada passo, a casa e a vila surgiam à vista — uma construção modesta com uma pequena varanda coberta de plantas trepadeiras que se enroscavam pelas vigas.

Ao chegar eu subi os degraus da entrada, sentindo o calor suave da madeira sob meus pés, ainda aquecida pelo sol que se punha no horizonte.

Aidan caminhava logo atrás de mim, seus passos sempre mais leves do que os meus. Sem hesitar, estendi a mão para abrir a porta, impaciente, ansioso pelo que quero ver.

“Kiel, não faça isso!” A voz de Aidan carregava uma súbita urgência, mas já era tarde demais. A porta rangeu ao ser aberta, revelando uma cena que fez Aidan se calar instantaneamente.

No centro do aposento, Ari estava sentada no chão, suas pernas cruzadas em um gesto casual e gracioso. Ela brincava com um bebê que ria e se contorcia de alegria em seus braços. Ao lado, na poltrona desgastada pelo tempo, a anciã Nina observava a cena com um sorriso sereno. Seus olhos, pequenos e acizentados, carregavam o peso de décadas, mas também uma ternura quase maternal ao ver a criança.

 Sua pele, de um tom pálido, lembrava prata. Seus olhos — de um azul  turqueza e etéreo, com sutis fendas nas pupilas que pareciam escapar sua natureza como uma espécie que não parecia aquelas que testemunhei nos livros. Os longos cabelos lavanda, quase brancos, caíam em cascatas suaves sobre seus ombros, emoldurando um rosto de traços delicados. Ela usava roupas simples e modernas — um vestido — que combinava com sua aparência sobrenatural, essas roupas só acentuavam sua graça inata, como se nada pudesse diminuir sua beleza.

Seu sorriso, enquanto brincava com o bebê, era tranquilo, e irradiava afeto. Aquela cena, tão simples e ao mesmo tempo tão profunda, me fez perceber, mais uma vez, o quanto Ari era incompreensível para mim. Ela não era apenas minha 'mãe'; era um enigma, um mistério que eu ainda não havia começado a decifrar, justamente por ser diferente de tudo e todos. Talvez fosse um híbrido? De outro mundo?

Aidan se aproximou de nós em silêncio, seus olhos fixos na visão de Ari com o bebê. Por um momento, tudo parecia perfeito, como se o tempo houvesse parado, criando uma bolha de felicidade pura que pairava acima de qualquer caos ou incerteza. Mesmo com meus próprios tormentos internos, a visão de Ari e do bebê, junto à presença constante de Aidan, me trazia uma paz que eu raramente encontrava.

Ari levantou os olhos, sua voz suave quebrando o silêncio, mas de forma tão delicada que parecia uma extensão natural da atmosfera tranquila.

“É uma menina,” anunciou, com um sorriso que iluminava ainda mais seu rosto.

Aidan sorriu largamente, sua expressão de puro entusiasmo. “Que tal chamarmos ela de Luna?” sugeriu ele, com a mesma animação de uma criança diante de um novo brinquedo.

Ari, ainda com aquele sorriso enigmático, balançou a cabeça levemente. “Não... Luna não parece o nome certo para ela.”

Aidan, sempre otimista, franziu a testa, mas seu tom permaneceu suave. “Mas, Ari, você já escolheu o nome de Kiel. Acho que é justo que agora seja minha vez.”

Ela suspirou, divertindo-se com a persistência dele. “Tudo bem, Aidan. Podemos ouvir algumas opções antes de decidir.” Ela apertou suavemente o bebê contra o peito, enquanto Aidan se ajeitava, claramente ponderando novas alternativas.

Depois de alguns segundos de silêncio, ele sugeriu: “Evelyn. Que tal Evelyn?”

Ari repetiu o nome, testando-o. “Evelyn... E por que esse nome?”

Aidan, um pouco nervoso, mas falando com convicção, respondeu: “Evelyn significa vida e luz em Loura. Quero que nossa filha seja uma fonte de luz em nossas vidas, assim como você e Kiel são para mim. É um nome forte, mas ao mesmo tempo delicado. Acho que combina com ela.”

Ari sorriu, mais uma vez aquele sorriso que parecia iluminar tudo ao redor. “Evelyn... Sim, gosto disso. Acho que combina com ela.” Ela então olhou para mim, chamando-me com os olhos.

“Kiel, venha conhecer sua irmã.”

Eu me aproximei hesitante, observando o pequeno ser nos braços de Ari. Os olhos da criança, dourados como os de Aidan, brilhavam com curiosidade e inocência. Seu rosto exibia uma expressão de pura serenidade. Ela era tão pequena, tão frágil, e ainda assim parecia carregar uma imensidão de potencial dentro de si.

Enquanto me aproximava, Ari estendeu o bebê para que eu pudesse vê-la melhor. “Esta é sua irmã, Kiel. Evelyn agora.”

Eu fiquei ali, parado, absorvendo a cena. Aquela pequena figura diante de mim parecia tão distante e, ao mesmo tempo, tão próxima. Um turbilhão de emoções se agitou dentro de mim — admiração, curiosidade, e uma leve pontada de ansiedade incomum. Eu não sabia como ser um irmão, muito menos o que isso significava de verdade. Mas algo dentro de mim, algo profundo e instintivo, me dizia que eu deveria protegê-la.

Aidan colocou a mão em meu ombro, um gesto firme e reconfortante. “Nós somos uma família, Kiel. Sempre seremos.”



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