“Realmente eu perdi a cabeça” Alan pensou en-quanto destrancava a porta de seu apartamento. Alan e B entraram no apartamento, ele sabia que o que estava fa-zendo era muito arriscado, mas não sentiu perigo vindo do homem, para falar a verdade o professor se sentiu seguro ao estar ao lado dele.
O professor andou em direção ao seu quarto prati-camente correndo, parou diante do guarda-roupa abriu a porta ao lado da parede em busca de toalhas, se agachou pegando na última prateleira, uma toalha azul, e feito o louco da toalha fez uma pequena corrida para chegar à sala.
− Aqui está a toalha, o banheiro é a próxima porta do corredor à esquerda.
− Mas...
− Sem mais só vai tomar um banho e se barbear.
Ao ver que B “o obedeceu” e foi para o banheiro, ele se jogou no sofá fuçando no celular, queria fazer algo útil, mas a verdade é que foi parar no Instagram, assim perdendo uma boa quantia de minutos de vida.
Estava rolando o feed quando o celular começou a tocar, ao ver que se tratava de Jo Ann ele logo atendera.
− Oi.
− O que você aprontou dessa vez Alan? – Jo Ann já solta a bomba não me dando tempo para pensar.
− Não fiz nada não – Alan se amaldiçoa por sua voz ter saído fina.
− Conta outra.
− É sério não fiz nada.
− Mmm sei tá.
− Por que você está duvidando de mim? – Alan pergunta indignado.
− Porque meu querido amigo, eu te conheço e quando você fala pouco é que está aprontando alguma.
− Ahhh! Você me pegou.
− O que foi dessa vez? – Alan se ajeita no sofá.
− Ele tá no banho – Fala com um fio de voz.
− O que? Não ouvi direito.
− Eu disse que o que eu aprontei está no banho – Alan responde entre dentes
− Mas quem é o que você aprontou?
Ao perceber que B já havia saído do banho, ele es-tava com a toalha enrolada em sua cintura exibindo sua barriga trincada, estava escorado no arco da porta Alan se apressou para terminar a ligação.
− Já que a respondi tchau.
E desligou sem dar chance para Jo Ann retrucar.
Alan não conseguia para de olhar para ele, podia se dizer que estava hipnotizado pela beleza do homem, mui-tas dúvidas rondavam sua mente. Como que ele tinha pa-rado na rua? O que um cara com aquele corpo fazia na rua? Com certeza era um rato de academia.
− Você pode me emprestar uma roupa? – Assim que B disse Alan saíra do transe em que se encontrava.
− Que cabeça a minha – Alan diz rindo se levan-tando do sofá, caminhando, como B tinha um porte físico parecido com seu ex decidiu por pegar uma roupa dele que ainda estava lá, pegando assim a primeira roupa que encontrara.
− Obrigado – B diz assim que lhe entregou.
− Pode se trocar aqui – disse mostrando o quarto de hóspedes.
Alan havia se sentado no sofá a pouco tempo, esta-va vendo alguma serie que não se recordava do nome, se prestava atenção era muito, sua mente matutava o que lhe acontecera nos últimos dias.
Havia dado abrigo a um homem que não conhecia, um estranho, ele não devia ter feito tal coisa, contudo algo lhe disse que precisava fazer.
Com toda certeza aquele homem, que agora se en-contrava em seu apartamento, para ser mais específico, em seu sofá, a seu lado. Seus olhos não olhavam mais para a televisão, verdadeiramente havia perdido o interesse na série ou filme que os dois assistiam.
Seus olhos estavam focados em B. no que ele fazia, ele prestava atenção ao que a televisão exibia, estava meio deitado, meio sentado, sua barriga subia e descia ritmada, parecia que dormiria em instantes.
Alan se levanta de repete assustando B. que quase dormia.
— O que foi? — Pergunta assustado.
— Nada, só estou com fome...
— Então vamos comer
— É que...
— Não tem o que comer aqui?
Alan abaixa a cabeça derrotado.
— Peça algo pra comer — B. afirma.
— Vou pedir uma pizza pra gente comer enquanto terminamos de ver a série — Conclui Alan voltando a se animar.
— É um filme.
— Que seja!
Assim eles engataram uma conversa animada sobre o que estavam achando do filme, B. estava amando o fil-me, que se tratava de um clássico dos anos 40, em contra-ponto Alan estava achando chato e entediante, tanto que seus pensamentos estavam mais interessantes que o filme, que descrito nas palavras de B. era revolucionário e a frente de seu tempo.
A fome que Alan sentia podia se dizer que era tre-menda, só havia comido na escola as 09:00 horas, assim que ouvira o interfone tocar voou para atendê-lo, final-mente havia chegado, autorizou o entregador subir.
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