Assim que Alan chega em casa me deparo com ela vazia, o silêncio ensurdecedor me assusta, B gosta de mú-sica e sempre coloca no último volume possível.
Com medo vai até a cozinha o que acha o faz te-mer, ele sabia que B. tinha ido embora, ele deixou uma carta nomeada para “Alan seu professor”, com as mãos trêmulas ele a abre e começa a lê-la.
“Alan, meu professor favorito...
Escrevo para você porque nessa manhã me lembrei de tudo, hoje sei quem sou!
E com essa descoberta vieram problemas que não quero te por em perigo, por isso estou saindo daqui, da sua casa, mas em breve vou voltar para que a gente viver juntos.
Você deve estar se perguntando qual meu nome, Benjamin, este é o meu nome. Só te peço uma coisa, que me espere. Junto a está carta estou deixando duas passagens para uma praia paradisíaca no Brasil para que você e a Jo Ann curtam as suas férias enquanto resolvo meus proble-mas. Sei que ficará triste por não ter te contado pessoalmen-te, sei que você ficaria feliz com o que aconteceu comigo.
Eu só tenho que lhe agradecer por ter me apoiado em um dos momentos mais difíceis da minha vida. Outra coisa que percebi durante o curto tempo que passei com vo-cê, é que é maravilhoso estar em sua companhia, tu és uma pessoa maravilhosa, sei que não falo assim, mas Alan meu professor me faz dizer coisas como essa que acabei de dizer. E quanto ao seu ex, prometo que darei um jeito nele. Não se preocupe, não vou mata-lo.
Ass: Benjamin Seu amor!...”
Com as lágrimas a escorrer por sua face ele termina de ler a carta.
“Ele foi embora” Só isso se passava na cabeça de Alan.
Sem pensar direito liga para Jo Ann que por incrível que pareça ainda estava no shopping.
– Oi flor do dia.
– Oi – Alan diz caindo no choro.
– O que esse filho de uma puta fez?
– Ele foi embora
– Mas ele deixou alguma coisa falando que voltaria?
– Ele deixou uma carta e duas passagens para uma praia no Brasil.
– Mas ele disse que voltaria?
– Ele disse que voltaria depois que resolvesse os problemas de sua vida.
– Então ele vai voltar
– E se ele tiver alguém?
– Pare de show. Faça suas malas que vamos viajar.
– Eu não quero ir
– Ah! Você vai nem que seja amarrado.
– Então terá que me amarrar.
– Pare de graça. Estou indo pra aí te ajudar a arrumar uma mala.
– Tem certeza que será uma só?
– Percebo que você não está tão mal assim. Já está até fazendo piadas...
– Não é bem assim – Alan tenta argumentar mas acaba desistindo.
Três horas depois...
Alan está prestes a entrar no avião, seu corpo tre-mia por inteiro. O louco do Benjamin não havia informa-do que o maldito voo para o Brasil seria em um jatinho particular.
“Quando eu encontrar esse filho de uma boa se-nhora vou mata-lo nem que seja de tantos beijos que darei nele.” Esse pensamento causa certo desconforto em Alan por estar acompanhado de Jo Ann.
Vocês devem estar se perguntando “ Mas ela não é sua melhor amiga?” pelo menos era o que eu estaria me perguntando, eu Destino.
Mesmo se tremendo por inteiro Alan entra no avi-ão, o medo o dominava ele tremia tanto que seu queixo não parava um segundo sequer
Jo Ann já preocupada com o amigo chama a aero-moça que os acompanharam na viajem para pedir um calmante para seu amigo.
– Isso tudo é medo de avião?
Alan só balança a cabeça em concordância.
– toma esse remédio vai te ajudar a acalmar.
Logo após tomar o calmante Alan conseguiu rela-xar e dormir toda a viajem.
No Brasil
Assim que Alan sai do aeroporto um calor desco-munal o assola, fazendo-o transpirar mais que o normal, ele odiava transpirar, por isso dera graças a Deus que Bes-teming era fria durante quase todo o ano.
Um vento quente batera em sua face o lembrando que poderia estar em sua cama, debaixo das cobertas com o ar condicionado ligado no mínimo. Se amaldiçoou por ter concordado em vir nessa viajem deplorável. Ele nem gostava de praia.
– Pare de fazer essa cara.
Jo Ann o repreende.
– Que cara? É a única que tenho
– Cara de quem comeu e não gostou
– E você realmente acha que eu gostei de vir pra cá – Alan diz mostrando o lugar com sua mão direita, a outra segurava sua mala – Além de estar um calor de 40 graus. Isso é normal?
– Aqui é sim.
– pois eu vou voltar pra casa agora – Alan começa a se virar para ir embora quando Jo Ann agarra seu bra-ço e diz:
– Você não vai a lugar nenhum e me deixar aqui.
– Eu vou – Alan teima feito criança birrenta.
– Ahh pois agora é que você fica.
– Pois não fico.
– Vai mesmo querer voltar e correr o risco de sabe se lá o que pode acontecer com você.
– Nada vai acontecer comigo.
– Tem certeza?
Alan a olha incrédulo, parecia que sua amiga sabia mais sobre Benjamin do que ele ( que morou com o mesmo por um mês).
– Eu fico – Jo Ann o interrompe comemorando – Com uma condição.
– Qual? A gente sair pra uma balada e ficar bêba-dos e esquecer onde fica o hotel?
– Que você me conte o que você sabe do B. que eu não sei.
Jo Ann engole em seco, sabia que uma hora ou ou-tra Alan perceberia que tinha algo que ela não estava con-tando, e infelizmente, essa hora tinha chegado.
– Eu sei as mesmas coisas que você sabe – Jo se fin-giu de besta o que funcionou por agora, mas se conhecia bem seu amigo ele não desistiria tão fácil.
Assim que entraram no carro que já estava a espe-ra deles os dois palhaços começam a rir. A música que to-cava no rádio do carro era triste e engraçada assim geran-do mais gargalhadas.
– Que merda de música é essa? – Alan perguntou não se aguentando de tanto rir
– Não sei – Jo Ann disse entre risadas.
– Triste e engraçada. Nunca tinha ouvido algo as-sim.
– Muito menos eu.
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