Shin estava em seu apartamento quando finalmente resolveu parar de ignorar Lúcifer.

_ Me explica de novo por que está me seguindo? _  Shin não é capaz de dizer como, contudo ninguém fora ele parece realmente sentir a presença estranha de Lúcifer, parecia um fantasma em toda a cena que por mais tentativas Shin faça para despistar ou se esconder dele, todas são inúteis, Lúcifer logo em seguida aparece do seu lado lhe assombrando.

_ Lembrá- la na sua mente limitada e oca o nosso acordo onde apaixonadamente lhe beijei e você se derreteu em meus braços fortes, pedindo para te resgatar da morte certa...

_ Vá direto ao ponto Romeu do submundo. _ A versão que Shin lembra é bem diferente dessa.

_ O seu pedido me obriga a ficar aqui por tempo indeterminado, ou seja, estamos presos um ao outro. Isso é, até meu pessoal conseguir quebrar o contrato com isso em mente estarei do seu lado vinte e quatro horas por dia, principalmente pois preciso de você para sobreviver.

_ Como assim precisa de mim!? Se você não for algum tipo de efeito alucinógeno que colocaram em mim e realmente for Lúcifer você é crescidinho o suficiente pra se virar sozinho.

_ Humano idiota! Sou um ser poderoso, com poderes que vão além de sua medíocre imaginação, no entanto quando sou invocado e preso por contrato preciso do contratante para me alimentar e continuar com o vínculo forte se não o contrato se rompe e ninguém nunca soube o que acontece quando se rompe um contrato. _ Diz Lúcifer chegando perto de Shin e o encarando nos olhos, uma clara tentativa de intimidação, se afastou após passar seu dedo sobre o lábios de Shin vendo fagulhas de medo se formar no fundo dos olhos dele. Com seu sorriso malicioso de vitória saiu  em direção da sala, deitando no sofá e ligando a televisão.

_ Legal, que tipo de ração se dá para um demônio? Espera só as pessoas saberem que não tenho um cachorro de estimação, mas o próprio satanás. _ Falou Shin tentando não demonstrar o breve momento de fraqueza, indo para sua cozinha que ficava ao extremo oposto de onde Lúcifer está, em sua cabeça uma fagulha de esperança se junta ao pânico de tudo ser real, ele só consegue raciocinar em preparar um copo de água para ver se esse pesadelo acabe.

_ Hehe... Humano bobinho, quem disse que como comida humana normal? _ Lúcifer apareceu subtamente o abraçou por trás e apertou contra seu corpo fazendo o mesmo cuspir e engasgando com a água. _ Demônios precisam se alimentar de energia e a maior fonte dela é a sexual... _ Lúcifer deu um leve sopro na orelha de Shin que o fez tremer todo com um arrepio, Shin não conseguiu vê- lo chegar, não havia maneira dele ter chegado sorrateiramente para lhe assustar de onde ele estava.

_ Então vai passar fome, porque tenho regras! Sem sexo com criaturas fantásticas e onde habitam...

Shin saiu dos braços de Lúcifer indo para o outro lado do apartamento, mas foi seguido, sendo surpreendido pelas sorrateiras mãos dele tocando seu corpo, um toque diferente que fazia a sua pele formigar, era como se tocasse todos os lugares mais eróticos de Shin, lugares que nem ele conhecia.

_ Não é como se você tivesse escolha, nossa ligação é como um casamento, você pode tentar negar meu toque, mas apenas estará adiando o inevitável... _ Lúcifer sabia como fazer Shin perder cada um dos movimentos com apenas alguns toques que o deixavam exalando desejo e luxúria.

_ Que tipo de palhaçada está fazendo? Me sinto estranho… Meu corpo…

_ Quando tenho fome seu corpo sempre irá se preparar para me alimentar, pense nele como meu carregador de agora em diante. _ Lúcifer por uma última vez o surpreende agarrando com muito mais força, sussurrando bem no pé do ouvido, Shin estremeceu, sentiu suas pernas querendo falhar.

_ Isso é estranho, sinto alguma coisa dentro de mim... É um vazio, pedindo por você, não quero… mas não consigo controlar… _ Em sua nuca o demônio passa seus lábios entre beijos e mordidas, fazendo o caminho com delicadeza e de forma cuidadosa, Lúcifer trás o rosto de Shin para ele e o beija, um sorriso malicioso aparece em seus lábios.

Shin esta assustado com ele mesmo, nunca havia sentido aquilo antes, seu corpo arde em chamas, gritando para ser tocado por Lúcifer, mesmo que não quisesse, não consegue resistir, os beijos e as carícias em seu corpo o deixa cada vez mais excitado, ele pode sentir que algo havia se molhado dentro dele, Lúcifer por outro lado se deleita, adorando toda aquela luxúria, a melhor que ele já havia provado, tanto desejo, o faz querer cada vez mais. Ver as reações com cada toque, brincando com cada ponto erógeno de Shin, seus peitos até começaram a ficar vermelhos por conta disso, os gemidos demonstravam a sensibilidade e prazer sentidos.

Indo devagar para se deleitar com a visão de Shin implorando, o demônio lhe coloca frente a frente, prende seu corpo entre a parede e ele, sua forma ligeiramente maior sobrepunha o corpo de Shin que parecia tão pequeno em comparação, as forças de Shin desistiram de lutar contra Lúcifer, suas pernas cederam e o fez escorregar lentamente até o chão usando a parede como forma de apoio, no chão da cozinha eles se deleitavam entre beijos e carícias. Respiração pesada e inconstante ecoava no ambiente, Lúcifer se desfez de suas roupas às fazendo simplesmente desaparecer no ar, mas as de Shin fez questão de tirar cada peça de forma lenta enquanto toca cada centímetro do corpo dele, quase como um artista esculpindo cada detalhe de sua maior obra prima.

Como um bom demonio, Lucifer desfruta ver o olhar de súplica ao preparar a sua entrada em Shin com os dedos, explorando o seu interior como se procura de algo delicado e precioso, que por sua vez se contorcia pedindo por mais, as costas de Lúcifer se encontravam arranhadas igual ao pescoço de Shin, ambos intensos em seu frenesi.

O membro de Lúcifer é algo que Shin nunca acreditou que iria ver, seu formato parecia até desenhado de tão lindo, era possível sentir sua boca salivar ao contemplar algo que parecia ter saído de uma pintura, contudo foi quando finalmente estava dentro que Shin, começou a se tremer, ele conseguia sentir cada centímetro se movendo dentro de si, ele agradecia estar deitado de costas para o chão e se apoiando minimamente no pescoço de Lúcifer, pois não sentia suas pernas, era como se tivesse perdido o sinal de rede dos seus membros inferiores e só conseguisse sentir o vazio em seu âmago sendo preenchido, cada célula de seu corpo grita em um frenético êxtase, as estocadas de Lúcifer fazem com que perdesse aos poucos sua consciência e se rende- se ao prazer lascivo. Lúcifer de forma voraz devora toda a luxúria que Shin exala, já não havia fome, todavia sua gula lhe obrigava a não deixar uma gota daquela deliciosa refeição ser desperdiçada, o suor de Shin e o líquido fruto de seus orgasmos fazia que seus corpos deslizar um no outro sem nem uma resistência, em um magnetismo surreal, parecia que seus corpos se encaixam em qualquer posição que tentassem.

Lúcifer sente algo dentro de si chegando, não poderia ser fome, pois já se encontrava satisfeito a muito tempo, também é uma sensação diferente que ele não sabia explicar em palavras, apenas sentir como se fosse algo prestes a sair e explodir, por alguma razão ele não queria acabar com aquela sensação indescritível de prazer, seu corpo subiu um arrepio por sua espinha, toda sua estrutura estremeceu, um grito gutural feito para dentro saiu como um gemido, Shin conseguiu sentir os últimos espasmos violentos antes de seu interior queimar, seu ventre se encontrava quente, aos poucos essa sensação saciava o desejo dando espaço para a volta de sua consciência, era como uma necessidade, que foi bem atendida. Assim que Lúcifer gozou fundo em Shin o corpo dele desabou em cansaço, se jogando para o lado, deitado no chão o demônio se encontra confuso com o que acabou de acontecer, nunca tinha sentido essa sensação tão intensa e debilitante, Shin por outro lado tentava ignorar que acabará de se deitar com o rei do inferno e que está completamente empapado de seus próprios fluidos corporais após incontáveis orgasmos, fora a sensação estranha e acalentadora vinda de seu ventre fazendo todo corpo sentir como uma pena, flutuando sendo levado pela leve brisa de verão.