O homem de terno interveio, apresentando-nos. "Este é John," ele disse, indicando o homem atrás de mim. Lentamente, virei-me para encará-lo. John era um homem sério, com roupas militares que pareciam ter visto muitas batalhas. Seu cabelo curto e castanho estava cortado em estilo militar, e um dos seus olhos estava coberto por um curativo, sugerindo que ele tinha visão prejudicada.
"John vai levá-la até o seu quarto para que possa descansar esta noite," anunciou o homem de terno, sua voz soando autoritária e final. Era como se não houvesse espaço para questionamentos ou objeções.
Minha mente estava uma inundando de pensamentos. '’POR QUE CARALHOS EU TENHO QUE FICAR AQUI A NOITE TODA!!! ME FALA QUANDO VAI APARECER AS CÂMERAS DA PEGADINHA!’' Eu queria gritar, xingar, mas as palavras morriam na minha garganta.
Antes que eu pudesse expressar minha indignação, o homem de terno se despediu e começou a sair, levando consigo todos os outros, exceto John e eu. Eu fiquei parada ali, sentindo-me como se estivesse presa em algum tipo de tortura ditatorial com um militar fascista
Com um aceno discreto da cabeça, John indicou que eu o seguisse. Enquanto nos movemos pelo corredor sombrio, a luz fraca das poucas lâmpadas criava padrões irregulares nas paredes de concreto cru. Cada passo ecoava, preenchendo o silêncio opressivo que pairava sobre nós.
O ambiente parecia um labirinto de sombras, com portas fechadas alinhadas em ambos os lados do corredor. Eu me sentia como se estivesse sendo arrastada para o desconhecido, meu coração batendo forte no peito enquanto eu lutava para manter a compostura.
John caminhava à frente, sua figura imponente se destacava na escuridão. Ele olhava por cima do ombro de vez em quando, garantindo que eu o seguisse. Enquanto isso, eu o observava atentamente, analisando cada aspecto dele.
Ele era alto e musculoso, cada passo seu era firme e determinado. A ideia de sair correndo passou pela minha mente, mas quando desviei o olhar para suas panturrilhas gigantes e olhei para baixo e percebi meus próprios pés. Um deles estava vestido com uma pantufa de coelho felpuda, enquanto o outro permanecia descalço. uma linha de pensamento irrompeu em minha mente: "Nem fodendo vou conseguir correr mais do que ele"
Minha mente divagou por um momento, mas logo meu olhar foi atraído de volta para John. E meus olhos percorreram seu corpo até a cintura, onde notei uma arma presa em seu coldre. Uma outra linha de pensamento surgiu em minha mente: "Não que ele precisasse correr muito".
Enquanto eu observava John com discrição, percebi que ele olhou por cima do ombro, como se sentisse minha atenção sobre ele. Seus olhos se encontraram com os meus por um breve momento, e senti um arrepio percorrer minha espinha.
Antes que eu pudesse desviar o olhar, John parou e virou-se para mim, seus olhos sérios sondando os meus. "Algum problema, Violet?" sua voz era grave e intensa.
Engoli em seco, surpreendida pelo confronto direto. "Ah, não, nada, eu só..." minhas palavras vacilaram enquanto eu tentava encontrar uma desculpa plausível.
Mas antes que eu pudesse continuar, John ergueu uma sobrancelha, como se soubesse que havia mais a ser dito. Encarei-o por um momento, me sentindo acuada sob seu olhar penetrante.
Finalmente, reuni coragem suficiente para responder. "Eu só estava observando... seu... equipamento," gaguejei, apontando vagamente para o coldre em sua cintura. "É... impressionante."
John pareceu considerar minhas palavras por um momento antes de acenar com a cabeça, parecendo satisfeito com minha resposta. "Apenas garantindo nossa segurança," ele murmurou, antes de voltar a liderar o caminho pelo corredor sombrio.
Enquanto retomamos nossa caminhada, meus pensamentos giravam em torno da estranha situação em que me encontrava. "Que merda de segurança é essa?" Pensei, frustrada. "Por que diabos fala de segurança carregando uma arma por um lugar que parece mais um cativeiro do que qualquer outra coisa, onde não tem nenhuma alma viva por perto?"
Passaram-se alguns segundos enquanto eu ponderava sobre a ausência total de presença humana ou qualquer tipo de barulho. Era como se estivéssemos em um mundo à parte, isolados do resto da humanidade.
De repente, um barulho estrondoso ecoou pelo corredor vazio, interrompendo o silêncio sepulcral. Senti meu coração pular dentro do peito até a boca enquanto dei um pequeno pulo de susto, soltando involuntariamente um grito agudo pelo medo. O som reverberou pelas paredes, enchendo o ar com uma tensão palpável.
"AAAAAAAAAAAAAAH!"
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