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Misfits: Spells of the Underground (PT-BR)

Episódio 12

Episódio 12

Aug 30, 2024

Depois de alguns minutos, Jade parou em frente a uma porta de metal desgastada. Ela se virou para mim, seu rosto parcialmente iluminado pela luz piscante. "O laboratório de Tom fica logo atrás desta porta," disse, apontando para a maçaneta. "Ele pode ser um pouco… peculiar, mas é brilhante no que faz."

Eu assenti, afastando a lembrança do estranho sorriso de Bryan. Jade girou a maçaneta e empurrou a porta, revelando um espaço pequeno e abarrotado de equipamentos, cabos espalhados e monitores piscando com informações complexas, que eu rapidamente identifiquei como leituras de dados e algoritmos avançados.
Tom estava dentro, completamente absorvido no que fazia, os olhos arregalados fixos na tela. Ele nem notou nossa entrada até Jade limpar a garganta, chamando sua atenção.

Tom se sobressaltou, como se fosse puxado de volta à realidade. "Ah, vocês chegaram," disse, ajustando os óculos enquanto tentava se recompor. "Estou quase terminando aqui. Só preciso de mais alguns minutos."

Enquanto ele falava, aproveitei para observar melhor o laboratório. As telas mostravam gráficos, códigos e uma série de dados que pareciam estar sendo extraídos em tempo real. Notei algumas armas espalhadas pelas mesas, todas com designs incomuns, provavelmente protótipos.

 Uma em particular chamou minha atenção: parecia um rifle, mas sua estrutura era assimétrica, com cilindros giratórios emitindo um leve zumbido. Outra arma parecia mais uma lança, mas ao invés de uma lâmina, tinha uma ponta metálica que pulsava com uma energia azulada.

Mas o que mais me impressionou foi a armadura dourada no canto da sala. Mesmo inacabada, ela exalava poder e tecnologia de ponta. O design era intricado, com detalhes esculpidos com precisão, e os compartimentos abertos mostravam circuitos expostos, indicando que ainda faltavam algumas peças. Ela parecia algo tirado direto de um campo de batalha futurista, como uma peça fundamental para a guerra.

Me aproximei de uma bancada cheia de dispositivos curiosos. Várias esferas brilhantes estavam dispostas, cada uma emitindo um brilho suave. A curiosidade me venceu e, antes que eu pudesse pensar duas vezes, estendi a mão para uma das esferas. Era uma peça sofisticada, com filamentos internos que pulsavam levemente.

"Não mexa em nada!" Tom exclamou, quase instintivamente. Mas já era tarde. Minha mão esbarrou na esfera, que rolou para fora da bandeja. Ela caiu no chão, quebrando-se e liberando uma série de raios e faíscas que dispararam por todo o laboratório.

Reagi instintivamente, tentando calcular a trajetória das faíscas enquanto elas corriam pela bancada, derrubando mais alguns dos equipamentos de Tom. Uma pequena caixa metálica caiu e começou a emitir um som agudo, claramente um sinal de alerta. "Merda!" Tom gritou, correndo para conter o caos. Ele rapidamente pegou a caixa e a jogou em um compartimento que se fechou hermeticamente, abafando o som.

"Desculpa, eu não queria…" comecei a dizer, mas Tom já estava ocupado desligando as telas que piscavam descontroladamente devido ao curto-circuito causado pelos raios.

"Eu disse para não mexer em nada!" Tom repetiu, seu tom mais de frustração do que raiva. Ele suspirou, exasperado. "Essas esferas são extremamente instáveis. Por favor, só… fique longe das minhas coisas por um tempo, ok?"

Senti uma onda de culpa misturada com fascinação pelo que tinha presenciado. A tecnologia ali era impressionante, mesmo para alguém que entendia bem do assunto. Era claro que Tom trabalhava em um nível de complexidade que poucos poderiam compreender.

Jade, percebendo a tensão no ar, decidiu intervir com humor. "Bem," disse, com um tom leve, "acho que a Violet acabou de descobrir o botão de autodestruição do laboratório do Tom. Quem diria que precisaríamos nos preocupar com ela detonando tudo antes da missão?"

Tom soltou um grunhido enquanto ainda tentava estabilizar os sistemas. "Muito engraçado, Jade. Da próxima vez, vou colar uma etiqueta grande e vermelha que diga ‘Não toque’, só para garantir."

Jade riu e lançou um olhar divertido para mim. "Relaxa, Violet, todos nós já causamos algum desastre aqui pelo menos uma vez. É praticamente uma tradição."

Me senti um pouco mais relaxada depois disso.

Quando Tom finalmente conseguiu desligar as últimas telas piscantes e se virou para nós, ele lançou um olhar rápido para a bancada onde eu estava antes.

"Essas esferas… são unidades de armazenamento de energia, certo?" perguntei, tentando me redimir e mostrar que eu realmente entendia do que estava falando. "Pelo brilho e a intensidade dos filamentos, imagino que você esteja utilizando uma combinação de nanocélulas e alguma forma de gerador de campo magnético para estabilizar a energia. Isso permitiria que elas armazenassem uma quantidade absurda de energia em um espaço pequeno."

Tom, que inicialmente parecia frustrado, agora estava visivelmente surpreso. Ele piscou, processando o que eu havia dito, antes de dar um passo à frente, interessado. "Você entende de nanocélulas?" perguntou, sua voz carregada de curiosidade.

"Um pouco," respondi, mais confiante agora. "Trabalhei em alguns projetos menores envolvendo nanocélulas de energia na Biotech, mas nada tão avançado quanto o que você está fazendo aqui. A ideia de usar um gerador de campo magnético é brilhante, evita a dissipação de energia enquanto maximiza a capacidade de armazenamento."
Tom cruzou os braços, visivelmente impressionado. "É um projeto experimental. A estabilidade ainda é um problema, como você pode ter visto…" Ele apontou para os detritos espalhados. "Mas a teoria é sólida. Estou tentando encontrar o equilíbrio perfeito entre capacidade e controle. É complicado, porque o campo magnético precisa ser extremamente preciso."

Pensei por um momento, avaliando a situação. "Você considerou usar um sistema de autoajuste dinâmico para o campo magnético?" perguntei, pensando em voz alta. "Se você acoplar sensores de fluxo de energia ao sistema, poderia ajustar o campo em tempo real, de acordo com as flutuações de energia. Isso ajudaria a evitar sobrecargas e poderia aumentar a estabilidade."

Tom arregalou os olhos, claramente impressionado. "Isso… faz muito sentido," admitiu, seu tom cheio de admiração. "Nunca pensei em usar um sistema de autoajuste para algo tão pequeno, mas pode funcionar. A questão é que… eu teria que recalibrar todo o sistema, e isso levaria tempo."

"Talvez, mas seria uma solução mais estável a longo prazo," argumentei. "Além disso, você poderia integrar isso à interface do traje que está construindo." Olhei para a armadura dourada no canto do laboratório. "Imagine ter uma armadura com um sistema de gerenciamento de energia totalmente autossustentável. O soldado poderia ter acesso a energia ilimitada em campo, sem se preocupar com sobrecargas."

Tom olhou para a armadura e depois de volta para mim, claramente considerando a ideia. "Isso… poderia revolucionar o que estamos fazendo aqui," disse ele, mais para si mesmo do que para nós. "A ideia de integrar um sistema de autoajuste dinâmico… é ambiciosa, mas viável."

"É claro que você teria que fazer muitos testes e ajustes," acrescentei. "Mas, no final, você teria um sistema que não só é estável, mas que pode se adaptar a diferentes condições de batalha em tempo real."

Tom assentiu, o entusiasmo crescendo em seus olhos. "Acho que você acabou de me dar o próximo grande desafio. E, se der certo, isso pode ser exatamente o que precisamos para finalizar o projeto da armadura."

"Que tipo de energia você está armazenando nessas esferas?" perguntei, genuinamente curiosa. "Porque, dependendo da fonte, o campo magnético precisaria ser ajustado para lidar com as flutuações específicas."

Tom hesitou por um momento, como se estivesse ponderando o quanto deveria revelar. "Estou usando uma forma de energia derivada de cristais modificados," ele disse finalmente. "É uma tecnologia que desenvolvemos internamente, e é extremamente poderosa, mas também instável. O projeto é pessoal, algo que estou desenvolvendo junto com o Bryan."

"Então, é algo realmente avançado," observei, sentindo uma nova onda de respeito por Tom. "Energia cristalina é algo que poucas pessoas conseguem manipular com segurança. Não é à toa que você está tendo problemas com a estabilidade. Mas, se conseguir estabilizar isso, pode ser revolucionário."

Tom assentiu, um brilho determinado em seus olhos. "Exatamente. É por isso que estamos dedicando tanto tempo e recursos a isso. Bryan acredita que essa tecnologia pode mudar o jogo, não só para nós, mas para tudo o que estamos tentando alcançar."

"Eu consigo entender o porquê," respondi. "Se vocês conseguirem estabilizar essa energia, as possibilidades são quase infinitas. Eu fico impressionada com o que você já conseguiu fazer até agora."

Tom sorriu, claramente apreciando o reconhecimento. "Bem, ainda há muito trabalho a ser feito. Mas com algumas das suas sugestões, acho que podemos chegar lá mais rápido. Quem sabe você possa dar uma olhada mais de perto nos nossos sistemas mais tarde?"

"Com certeza," respondi, satisfeita por ter contribuído. "Adoraria ver mais do que estão fazendo."
Jade, que estava acompanhando a conversa com um sorriso, não pôde deixar de brincar. "Tom, cuidado para não deixar a Violet te ofuscar com esse papo técnico. Vai parecer que ela está aqui para te substituir como consultora oficial de tecnologia!"

Enquanto Jade continuava com suas piadas, a porta do laboratório se abriu com um estrondo e Maya entrou de forma triunfal. Ela estava com sua máscara de metal e capuz, sua presença marcante como sempre.

"Eu ouvi uma conversa de nerds e pensei que tinha perdido algo importante," Maya declarou, com um tom desafiador. Ela desceu a máscara de metal para o queixo, revelando seus olhos cegos, que pareciam brilhar com uma intensidade própria. "Mas parece que só estão dando uma decorada no ambiente."

Tom, ainda tentando recuperar o controle da situação, franziu a testa. "Se você está aqui para fazer piadas, pode ser que seja o momento certo. Violet acabou de transformar minha bancada em um campo de batalha."

Maya deu uma risada, olhando para os pedaços de equipamentos espalhados, ignorando completamente a fala do Tom. "Pelo menos vocês estão se divertindo. Tentem passar 10 minutos com o Phoenix”

Maya entrou no laboratório com um sorriso travesso e começou a imitar o Phoenix, usando um tom rígido e sério: “Você não pode simplesmente ignorar os procedimentos, Maya! Cada pequeno erro pode comprometer toda a operação, Maya. Temos protocolos para seguir, e sua atitude precisa ser mais profissional, Maya! Você não pode beber uma garrafa de whisky antes de ser a motorista de fuga, Maya”

Ela fez uma pausa, percebendo que todos ao redor estavam em silêncio, assistindo à sua performance com um olhar entre a diversão e a curiosidade. Maya olhou para a expressão séria de Tom e o sorriso contido de Jade, antes de deixar um sorriso brincalhão escapar de seus lábios.

Maya continuou a imitar Phoenix, sua voz cheia de um tom dramático e forçado. "Eu sou o Phoenix, todo certinho e perfeito, só eu sei como fazer as coisas do jeito certo!" Ela balançou a cabeça e fez uma expressão exagerada de pretensão, acompanhada por um sorriso largo.

Ela deu uma risada leve e olhou para os outros, ainda se divertindo com a cena que havia criado. "Não, é assim, gente! É mais ou menos como ele fala, mas com um pouco mais de… “eu sou o único que entende a complexidade das coisas” e algo tipo “é só uma tarefa simples!"

O riso dela foi diminuindo gradualmente até que ela parou de repente, seu sorriso desaparecendo e seu olhar se tornando sério. “Mas, falando sério… Ele está atrás de mim, não está?”

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