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Misfits: Spells of the Underground (PT-BR)

Episódio 14

Episódio 14

Sep 12, 2024

Enquanto caminhávamos pelos corredores em direção à saída, o peso da missão começava a se fazer sentir no grupo. As brincadeiras e risadas que ecoavam no laboratório agora eram substituídas por um silêncio cauteloso. Cada passo parecia ressoar mais alto do que o normal, e, embora a tensão estivesse presente, havia uma certa determinação em todos nós.

Eu continuava segurando a pistola que Jade havia me entregado, sentindo um leve desconforto. A arma parecia muito pesada para o meu gosto, e eu não podia deixar de pensar em como poderia atrapalhar em vez de ajudar. Meus dedos ainda estavam trêmulos ao redor do gatilho, e, por mais que tentasse parecer calma, meu corpo denunciava o nervosismo.

Maya, que andava ao meu lado, notou meu desconforto. Ela sorriu de forma brincalhona, tentando quebrar o gelo. "Sabe, Violet, se você precisar de dicas sobre como parecer mais badass segurando isso aí, é só me chamar. Eu posso te ensinar a fazer uma pose dramática enquanto atira."

"Pose dramática?" Jade se intrometeu, com uma sobrancelha levantada e um sorriso no rosto. "Maya, o máximo de pose que você faz é desajeitar a mira enquanto fala demais."

Maya colocou a mão no peito, fingindo estar ofendida. "Ei, ser dramática faz parte do charme! E, além disso, quem disse que eu preciso de mira perfeita quando posso ser a distração mais incrível de todos os tempos?"
. "Eu acho que prefiro evitar chamar atenção por enquanto," respondi, tentando sorrir

Jade deu um pequeno sorriso de compreensão, mas seus olhos eram de alguém que já tinha visto esse tipo de insegurança antes. "Todos nós começamos assim, Violet. E honestamente, eu confio mais na sua inteligência do que na sua habilidade com uma arma. Se algo der errado, tenho certeza que você encontrará um jeito de sair dessa."

Enquanto Jade falava, senti um olhar sobre mim. Levantei os olhos e vi Phoenix me observando de perto, seu rosto inexpressivo, mas seus olhos focados em mim de uma maneira que me deixou desconfortável. Era como se ele estivesse me analisando, medindo se eu era capaz de enfrentar o que estava por vir.

Instintivamente, desviei o olhar, mexendo a pistola nas mãos de maneira nervosa, tentando ignorar a sensação de ser julgada. Mas parecia impossível. E agora eu tinha que lidar com o fato de que Phoenix, esse merdinha raivoso, estava prestando atenção.

Maya, percebendo a situação, soltou uma risada suave. "Relaxa, Violet," ela disse, jogando o braço sobre meus ombros de maneira amigável. "O Phoenix pode ser o cachorrinho leal do Bryan, mas ele não morde."




A piada fez com que a tensão diminuísse por um instante, e até Jade deu uma risada. Phoenix, no entanto, apenas revirou os olhos e continuou caminhando, o que fez Maya dar uma piscadela para mim, como se dissesse: "Viu? Nada com o que se preocupar."

O ambiente pesado deixava todos em silêncio, exceto pelas pequenas conversas ocasionais para aliviar a tensão.
"Então, Lena," Maya começou, tentando trazer um pouco de leveza. "Alguma dica de combate para alguém que prefere resolver as coisas com palavras ao invés de socos?" Ela sorriu, mas seu tom mostrava que a tentativa era sincera.

Lena, que normalmente era reservada, lançou um olhar para Maya e respondeu com um sorriso leve. "A melhor dica? Não subestime o poder de correr para longe. Às vezes, é a única coisa que faz sentido."

Maya riu, sacudindo a cabeça. "Correr é a minha especialidade. Mas, sinceramente, não acho que vai ajudar muito nessa missão."

O corredor à frente começava a mudar de atmosfera, ficando mais sombrio e frio. As luzes estavam mais espaçadas, deixando trechos de sombra entre elas. Mais adiante, uma porta de aço maciça se destacava, coberta por barras de metal, com frestas que deixavam apenas pequenos vislumbres do que havia dentro. O interior era um buraco escuro, e, de repente, algo começou a se mover lá dentro.

Uma silhueta borrada surgiu, mal visível pela escuridão, exceto pelos olhos — dois pontos vermelhos que brilhavam suavemente, olhando diretamente para nós.A voz amigável, mas cheia de malícia, ecoou da cela enquanto passávamos. "Ah, que prazer imenso vê-los passando por aqui novamente. Sempre tão ocupados, sempre com tanta pressa. Espero que estejam se cuidando bem."

Houve uma pausa antes que a figura continuasse, e os olhos vermelhos brilhando na escuridão focaram diretamente em Lena, que agora parecia ainda mais tensa, mal disfarçando o terror. "Lena, querida, por que não passa mais vezes para me visitar? Eu realmente sinto falta das nossas conversas... e dos nossos joguinhos. Quem sabe da próxima vez possamos brincar um pouco mais?"

A risada suave que veio a seguir foi o suficiente para fazer o coração de todos acelerar,
O tom caloroso e gentil da voz contrastava com a atmosfera sinistra que ela trazia. Imediatamente, o grupo ficou tenso. Lena, que sempre parecia tão firme, congelou no lugar. Seus olhos se arregalaram, e sua mão voou instintivamente para o pescoço, tocando uma cicatriz que eu não tinha notado antes. Seu rosto mostrava terror puro, como se aquele ser na escuridão tivesse algum tipo de controle sobre ela.



Eu olhei para Maya, que estava sempre rindo e brincando, mas agora parecia mortalmente séria. Sua expressão endureceu, e ela não disse nada por um momento. Quando finalmente falei, minha voz saiu baixa e hesitante.
"Maya… quem é essa pessoa?"

Maya respirou fundo. "Ela," Maya respondeu, sua voz sem um pingo de humor, "é o cachorro que morde."
O silêncio que se seguiu foi sufocante, e até o som de nossos passos pareceu desaparecer por um momento. Todos sabiam o que aquilo significava.

O grupo permaneceu em silêncio após o comentário de Maya, com todos compreendendo o peso das palavras, mas ninguém ousando prolongar a conversa. Os olhos vermelhos da criatura ainda os observavam da escuridão, e, por mais que houvesse uma estranha familiaridade na voz que ecoava da cela, ninguém estava disposto a arriscar qualquer interação.

Lena continuava a tocar a cicatriz em seu pescoço, os dedos pressionando de maneira quase automática, como se estivesse tentando acalmar o pânico crescente dentro dela. Eu quis perguntar, tentar entender o que estava acontecendo, mas algo no ar me segurou. Era como se mexer naquele silêncio fosse trazer consequências maiores do que qualquer palavra poderia consertar.

Então, sem dizer mais nada, seguimos adiante.

O corredor parecia cada vez mais longo, com as luzes fracas e o clima denso. A presença daquela figura atrás das barras parecia ainda nos seguir, mesmo quando já havíamos nos distanciado. Ninguém olhou para trás.
Aos poucos, o cenário começou a mudar. O frio metálico do interior do prédio foi dando lugar a um sutil calor, e uma luz alaranjada começou a iluminar o caminho à nossa frente. Estávamos nos aproximando da saída. Quando finalmente alcançamos a grande porta de metal, ela se abriu com um rangido, revelando o final de tarde do lado de fora.

O céu estava pintado em tons de laranja e púrpura, com o sol se pondo atrás dos arranha-céus, projetando sombras longas e profundas pela cidade. A brisa suave da noite começava a esfriar o ar, mas havia algo reconfortante em finalmente estar do lado de fora daquele lugar.

Do lado de fora, alguns carros já nos aguardavam. Veículos escuros, discretos, com janelas escuras, prontos para nos levar ao nosso destino. O ronco baixo dos motores no ar trouxe um lembrete de que a missão estava prestes a começar de verdade.


Maya soltou um suspiro longo, finalmente quebrando o silêncio pesado que carregávamos desde o corredor. "Então, quem vai de carona comigo?" Ela sorriu, tentando aliviar a tensão que ainda pairava. "Prometo não beber nada antes de dirigir."

Phoenix, já perto de um dos carros, deu uma olhada rápida para ela, mas preferiu não comentar. Ao invés disso, ele entrou no veículo mais à frente, assumindo a postura de sempre: focado e preparado.

Lena, ainda quieta e retraída, fez o possível para esconder sua inquietação, movendo-se lentamente até um dos carros, claramente tentando se recompor.

Me aproximei de Maya, ainda segurando a arma com o desconforto que não havia me abandonado desde o laboratório. "Eu vou com você," murmurei, tentando soar confiante, embora minha mente ainda estivesse presa no que havíamos acabado de presenciar.

"Boa escolha," Maya respondeu com um sorriso encorajador, batendo de leve no meu ombro antes de abrir a porta do carro. "Vamos lá. Esse pôr do sol não vai durar para sempre."

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