Enquanto nos organizávamos, o clima tenso ficou ainda mais palpável com a chegada de Phoenix e Lena. O carro parou em frente à Biotech, e Phoenix saiu, sua postura rígida e o olhar afiado confirmando que ele já estava em modo de missão. Lena, ao seu lado, mantinha a expressão séria, o olhar fixo no prédio à frente.
"Então, o que vocês estão fazendo aqui, esperando por um espetáculo?" Phoenix perguntou, direto, como sempre, enquanto cruzava os braços.
Tom soltou um suspiro, cansado, e respondeu com uma
mistura de frustração e incredulidade. "Maya achou que seria uma boa ideia
assumir o volante."
Maya cruzou os braços e lançou um olhar desafiador para Tom. “Ah, lá vem você
com esse papo de dedo duro do caralho!”
"Ah, foi mesmo?" Phoenix levantou uma sobrancelha, sua expressão se tornando ainda mais sombria ao ouvir a resposta de Tom.
"Mas chegamos até aqui, isso é o que importa." Jade interveio, tentando aliviar a tensão, enquanto me passava um boné. "Toma, Violet." ela disse, colocando o boné na minha cabeça com um sorriso de canto.
"A jade está certa" Lena cortou, sua voz mais séria do que o habitual. Ela olhou diretamente para Marcus, depois para Tom. "Precisamos manter o foco. Não podemos nos dar ao luxo de distrações."
Phoenix, ao lado dela, concordou com um gesto firme de cabeça. "Exato. O plano é o seguinte: Maya e eu vamos pela entrada principal, enquanto vocês se dividem e entram pela lateral."
Tom assentiu, reconhecendo que discutir ali não seria sábio. "Certo, mas precisamos ser rápidos. Quanto mais tempo ficarmos aqui fora, maiores as chances de sermos detectados."
"Estamos cientes disso" Lena respondeu, com um olhar preocupado para Phoenix. Ela mantinha o foco absoluto no plano, mas havia algo no jeito que seus olhos se demoravam no horizonte — como se ela estivesse antecipando problemas que talvez não estivessem previstos.
"Entendido" Maya respondeu, fazendo uma careta. "Só não esperem que eu fique parada se as coisas desandarem. Sou boa ao volante, mas sou ainda melhor quando é dar tiro em vagabundo e em dedo duro." ela olhou de canto para o tom.
Phoenix lançou um olhar severo para Maya, enquanto Lena olhava de soslaio, claramente mais preocupada com as consequências de um deslize. "Vamos evitar riscos desnecessários" ela disse, seu tom calmo, mas carregado de seriedade.
Phoenix fez uma última checagem nos equipamentos e nos comunicadores antes de se virar para o grupo. "Sem erros. Siga o plano. Não temos margem para falhas."
Com isso, a tensão voltou a pairar no ar. Lena ajustou seu colete tático, seu olhar rápido e atento, como se estivesse calculando cada detalhe enquanto segurava a sua katana com força. “Vamos, Violet, a gente não pode ficar perdendo tempo.”
Estava claro que Lena estava levando tudo muito a sério, talvez mais do que o normal. Ela não queria que ninguém fosse pego de surpresa, e o peso da responsabilidade parecia deixá-la ainda mais focada. Ela lançou um último olhar para mim, como se quisesse dizer algo, mas apenas apertou os lábios e seguiu em frente.
Com isso, seguimos para nossas posições. O grande edifício da Biotech parecia ainda mais intimidador agora, com suas luzes frias e câmeras discretas vigiando cada movimento. Estávamos prestes a cruzar a linha para algo perigoso.
Com isso, Phoenix continuou: “Lena, Jade e Marcus, comecem pela lateral. Violet, guie o Tom para o servidor. Maya e eu vamos entrar e distrair o núcleo de segurança. Se algo der errado, todos voltem ao ponto de extração. Sem heróis."
“Não esqueça, a extração precisa ser limpa e rápida,” Phoenix alertou. “Se algo der errado, mudamos para o plano B e seguimos direto para o ponto de extração.”
Enquanto eu olhava ao redor, sentindo o peso da tensão no ar, minha curiosidade falou mais alto. "Certo… mas o que exatamente é o plano B?" perguntei, esperando que alguém respondesse de forma clara.
Por um segundo, todos ficaram em silêncio. Lena franziu a testa, mas manteve os olhos fixos no prédio à frente. Phoenix apenas deu de ombros e soltou um suspiro pesado, como se minha pergunta fosse mais um aborrecimento do que uma dúvida genuína.
"Você vai saber se precisar" ele respondeu de forma vaga, o que só aumentou minha apreensão.
Olhei para Maya, esperando que ela quebrasse o gelo com uma de suas piadas, mas para minha surpresa, ela apenas me encarou com uma expressão séria. "Olha, o plano B… é um daqueles que a gente espera nunca precisar usar" disse ela, o tom sombrio, deixando claro que esse era um assunto que ninguém queria aprofundar.
"Certo, mas—" comecei a falar novamente, tentando buscar uma resposta melhor, mas Lena me cortou, sua voz firme e sem paciência.
"Concentre-se no plano A. O resto, a gente resolve se precisar."
Sem uma resposta concreta, apenas assenti lentamente, sentindo o peso daquele silêncio desconfortável ao meu redor.
Enquanto observava senti uma mudança sutil no ar ao redor. O ambiente, já
pesado pela tensão, começou a esquentar ao redor de Phoenix. Era como se o
próprio ar estivesse reagindo à sua presença, carregado de energia e
expectativa, como se estivesse esperando a qualquer momento para explodir.
Nós nos movemos em silêncio, cada passo ecoando na calçada em direção à lateral
do prédio da Biotech. As luzes frias do edifício refletiam nossos rostos,
acentuando a determinação em nossos olhares.
Lena liderava, seu foco inabalável. Eu, Violet, me posicionava logo atrás dela, seguida por Tom e Jade, enquanto Marcus fechava a marcha. O plano de Phoenix e Maya ainda ressoava em minha mente — eles se distrairiam com a segurança, enquanto nós avançávamos pela lateral, buscando um ponto de entrada.
“Lena” eu sussurrei, tentando manter a voz baixa. “Qual é a nossa melhor opção de entrada aqui?”
Ela hesitou um momento, seus olhos avaliando o terreno. “Se conseguirmos chegar até a porta de serviços, podemos ter uma chance de entrar sem sermos vistos. Mas precisaremos ser rápidos.”
Lena liderou o caminho, avançando cautelosamente até encontrarmos a saída de serviço: uma porta de aço gigante, imponente e claramente reforçada. O painel de senha na parede ao lado piscava em um tom vermelho, indicando que o acesso estava restrito.
"Ótimo" murmurei, observando a cena. “E agora? Não vamos conseguir abrir essa porta sem a senha.”
Tom franziu a testa, avaliando a situação. “Olhem para aqueles carros estacionados. Se conseguirmos distrair os guardas, talvez possamos invadir a área e descobrir a senha.”
“Ou podemos tentar pegar um dos guardas de surpresa e fazer com que ele nos deixe entrar” Jade sugeriu, sua voz carregada de expectativa.
“Fica difícil com a quantidade de seguranças que estão rondando” Marcus comentou, gesticulando para os homens armados que faziam a ronda. Eles pareciam bem treinados, e a última coisa que queríamos era um confronto aberto.
Enquanto discutíamos, o som de passos se aproximava, e a tensão aumentava. Eu me espremi contra a parede, com o coração acelerado. "Precisamos decidir rápido" eu disse, sentindo a pressão do tempo correndo contra nós.
Lena olhou para o painel de senha e então para os guardas. “Se eu pudesse me conectar ao sistema de segurança e desligar os alarmes...”
“Isso pode chamar ainda mais atenção” Tom interrompeu, seus olhos focados no grupo de guardas. “Precisamos ser discretos.”
Foi quando, de repente, um estrondo ensurdecedor cortou o ar. Uma explosão distante reverberou pelo prédio, fazendo o chão tremer sob nossos pés. O som ecoou pelas paredes, e um pânico imediato tomou conta do ambiente.
Comments (0)
See all