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[NOVEL PTBR] Potentia

Track 12. Boys & Girls

Track 12. Boys & Girls

Jan 10, 2025

A manhã parecia mais longa que o normal para Minami. A oportunidade de respirar um pouco de alívio surgiu durante o intervalo, onde podia se esconder atrás de um murinho, um lugar que quase ninguém ia durante a hora do intervalo.


Mas seu momento reflexivo não duraria muito, pois Yukino, que a procurava por todos os cantos, apareceu silenciosamente por trás da jovem.


— Achei você! Como tá? — Yukino perguntou.


Como se levasse um choque, Minami se assustou e virou a cabeça lentamente em direção a Yukino.


— Tô ótima! — disse com voz trêmula.


— Não tá, não! — Yukino contestou, cortando a mentira de sua colega. 


Aquelas palavras fizeram os olhos de Minami se encherem de lágrimas. Ao mesmo tempo, ela se sentir segurança em se abrir.


— ... Yukino, você que não é muito normal... — Minami soluçava. — ... Se eu te mostrar algo, você não vai se assustar?


— Me chamou de louca? — perguntou, encarando-a com o canto dos olhos.


— Ahhh... errado não tá, né? — devolveu, rindo de um jeito levemente desconfortável.


Ao invés de continuar a conversa, Minami começou a tirar o cachecol. Depois, tirou o casaco e as luvas, revelando sua pele brilhante para Yukino.


— Não conte para ninguém. — pediu Minami, timidamente.


— Por incrível que pareça, eu sei quem pode te ajudar! — afirmou Yukino, sem demonstrar surpresa alguma.


— Sério? Sabia que dava pra te contar. — ela ficou aliviada, e uma ponta de esperança surgiu dentro do coração da jovem.


— Vou chamar a Akiko e a Miyu pra verem isso. — informou, correndo para procurar as duas.


— NÃO, PARA! NÃO É PRA MAIS NINGUÉM DA ESCOLA SABER! — exclamou, assustada.


Yukino continuou a correr para buscar suas amigas, ignorando completamente o pedido desesperado de Minami. Ela rapidamente encontrou as duas no pátio e as levou para averiguar a situação. As duas olharam e rapidamente chegaram a uma conclusão:


— Megumi! Tem que falar com a Megumi! — disseram Akiko e Miyu em uníssono, sem hesitar.


— QUÊ?! MAIS UMA PESSOA VAI TER QUE VER ISSO? — Minami ficou mais nervosa, já começava a se preocupar mais com a situação em que ela se encontrava. A discrição não era mais uma opção.


— É que a Potentia da Luz é diferente das outras. Não entendo como funciona, e ela é a única que causa isso. — Até mesmo Akiko deu uma resposta técnica para a situação.


— Potentia? — perguntou a menina com sua pele iluminada.


— São poderes. — explicou Yukino, rapidamente.


— Me sinto naquelas coisas doidas que você assiste, Yukino. Qual é o nome mesmo? — perguntou Minami.


— Anime. — respondeu com cara de desprezo, incomodada que sua amiga havia chamado o que ela gosta de "doido".


Durante o diálogo, a música do fim do intervalo tocou, e todas precisavam voltar para suas salas. Minami ficou olhando suas roupas empilhadas e começou a ficar preocupada, pois demorava muito para se arrumar novamente, e ela não queria que a vissem brilhando.


— Vai assim mesmo! — sugeriu Yukino.


— Diz que é iluminador. — Miyu deu ideia.


— Ninguém vai acreditar nisso. — Minami explanou.


De volta à sala de aula, Minami sentou-se em seu lugar de costume e ficou em silêncio, na esperança de que ninguém olhasse para ela. Seu colega de turma, que sentava ao lado, a encarou e perguntou:


— Minami, o que deu que cê tá brilhando? — perguntou o colega.


— É iluminador. — explicou.


— Ah, tá! — falou o colega, satisfeito com a resposta.


"Ele acreditou...", pensou a menina iluminada, em choque.



Casa de Sayuri



Sayuri estava em seu ensaio diário, preparando uma nova melodia e a estava compondo no piano. Concentrada, a música fluía com uma incrível leveza, preenchendo o ambiente de maneira harmônica. O cenário parecia o de um ato glorioso e heroico de filme.


— SAYURIIII! — gritou Akiko a plenos pulmões, chegando em casa e interrompendo o ensaio de Sayuri.


"CLANG", soou o piano quando Sayuri perdeu as notas e teve seus sentimentos cortados. Ela respirou fundo, acalmou-se e  virou-se em direção a Akiko, explicando:


— Akiko, não grite enquanto eu estiver tocando, por favor. — pediu ela, um pouco nervosa, mas com delicadeza — Eu estava treinando uma melodia mais difícil…


— Mas Sayuri... — continuou Akiko. — Temos uma emergência!


Akiko mostrou que junto a elas havia uma jovem brilhante, iluminada da cabeça aos pés e que precisava de ajuda. Sayuri viu a cena, ficou boquiaberta e se espantou:


— MEGUMI, CORRE AQUI!


Não era costumeiro escutar Sayuri gritar, ainda mais assustada. Megumi desceu as escadas correndo, para verificar o que havia acontecido. 


A mulher loira e alta chegou na sala e Minami olhou para ela, ficando encantada com sua beleza. A modelo, ao chegar na sala, se deparou com a cena e ficou tranquila, mostrando que aquilo não era estranho para ela.


— Esfregue bem uma mão na outra e depois bata palmas. Isso vai dissipar a energia. — explicou, fazendo os gestos para ela copiar.


O rosto de Minami mostrava sua confusão interna, aquilo era algo muito diferente de tudo o que conhecia. Como não tinha muitas alternativas, preferiu imitar o ato, por mais absurdo que parecesse. Ela esfregou bem suas mãos e bateu palmas. Um leve feixe de luz se espalhou, e ela automaticamente parou de brilhar.


— Quê!? Era só isso? — concluiu Minami, boquiaberta.


— Isso acontece nos estágios iniciais dessa Potentia! Quando desperta, há um acúmulo muito rápido de energia que se concentra na pele, daí precisa dispersar ela. Se quiser, posso te ensinar como usar. — ofereceu Megumi, com um sorriso amistoso.


— É… Talvez seja melhor eu aprender, né!? — respondeu sorrindo de maneira tímida.




Apartamento de Koa e Adonis, 21 de março, meio-dia.



Era um dia preguiçoso e o jovem Adonis havia finalmente acordo. Ele se dirigiu até a cozinha, onde Koa já estava preparando o almoço.


— E aí, Koa! Bom dia. — cumprimentou, bocejando.


— Adonis, já é hora do almoço. Não acha que está se levantando muito tarde? — questionou Koa, incomodado.


— Mas hoje é domingo. É a minha folga. — falou, depois de bocejar mais uma vez.


"Folga?", pensou Koa, parando por um momento


— Mas já pensou no que vai fazer durante a semana? — perguntou Koa, desviando seu olhar para Adonis.


— Amanhã tem prova de matemática, trabalho de física pra entregar e minha sala ficou encarregada de coletar caixas de papelão pra gincana. — o rapaz fez seu check-list e passou para o seu colega de quarto.


Koa, numa demonstração de raiva, fincou a faca na tábua de madeira em que fatiava a carne. Parecia que a resposta do jovem estava bem longe de ser o que ele gostaria de ouvir. Adonis ficou assustado, deu um salto para trás e arregalou os olhos.


— Adonis... a sua missão! Maureen, Itzel, Yesenia, Rosália, todos já viram as garotas, e você nada até agora! — reclamou Koa, com tom de voz firme e sério, não deixando espaço para justificativas.


Adonis uniu as mãos, abaixou a cabeça e respondeu com voz trêmula:


— Eu vou! Eu juro! Não desista de mim!




22 de março, segunda-feira, Colégio



O segundo ano estava em aula de educação física. Neste colégio, as turmas praticavam educação física com meninas e meninos separados. Havia três quadras: do ginásio coberto, a quadra coberta e a quadra descoberta. 


Os esportes mais praticados eram futebol, vôlei, basquete e handebol. Adonis estava jogando o esporte que mais gostava no planeta: o futebol. Algumas meninas de sua turma assistiam ao jogo e não paravam de elogiar o rapaz.


— Ahhh! É lindo, né?


— Que bom viver na mesma época!


— Que bom estar na mesma sala! —, eram algumas das frases que soltavam.


Sendo o atacante, Adonis jogava com a seriedade de um jogador profissional. Sua velocidade era alta, e ele colocava muito esforço no esporte. O esforço fez com que seu corpo e seu rosto ficassem completamente suados, sua pele pingando estava começando a incomodá-lo. 


Para limpar o suor, levantou um pouco a camisa e tirou o excesso da testa. O gesto, que era comum entre os garotos, trouxe uma comoção exagerada entre as meninas..


— AHHHHHHHHHHHHHH! — gritaram em uníssono.


— As meninas são estranhas, mano. — comentavam os outros meninos da turma entre si.


Enquanto isso, Aino arrastava Miyu pela mão até a quadra de esportes quadra de esportes, com pressa.


— Vem, Miyu, vamos aproveitar que fomos liberadas mais cedo. — disse Aino.


— Tá, mas por que estamos indo à quadra?


— Quero ver o Adonis, mas não quero ir sozinha.


— Mas eu não tenho interesse. — reclamou.


— Não faz escândalo. — pediu Aino.


— … — murmurou.


"Não sou obrigada a ficar aqui...", pensou Miyu, que foi dando as costas e indo em direção à sua sala de aula.


Ao se virar, ela estava tão focada em sair dali que não foi capaz de enxergar direito o caminho e acabou esbarrando com a cara no peito de alguém.


— Opa! Foi mal, não te vi! — se desculpou Adonis para Miyu.


A moça de cabelos verdes não teceu comentários, estava surpresa. Já o ruivo a encarou e se abaixou para medir sua altura.


— Meu! Cê é muito baixa! — comentou, impressionado.


— Quê!? — perguntou, demonstrando incômodo.


— Veja pelo lado bom! Cê não bate com a cabeça no teto! — consolou.


— Que sorte, Miyu! — comentou Aino ao fundo.


Miyu ficou ainda mais irritada e emburrada. Adonis, se colocou de pé novamente, não entendendo por que a garota parecia chateada. Sem dizer mais nada, ela se virou e saiu em direção ao pátio. Aino correu atrás dela.


— E aí!? Seu coração parou? — perguntou Aino.


— Sim, de raiva! — respondeu Miyu, ríspida.



23 de março, terça-feira, Colégio



As primeiras aulas já haviam terminado, e a música do recreio ecoava. Na turma do primeiro ano, a última aula havia sido de Biologia, e a professora fez um pedido antes de todos saírem:


— Tá, galera, eu sei que é intervalo. Mas alguém me ajuda a levar os livros para o laboratório? — disse a professora Mira, mostrando a pilha gigantesca de livros que havia levado para a sala.


No entanto, todos saíram correndo para o intervalo, sem se preocupar em ajudar. Apenas Miyu ficou e se ofereceu para ajudar a professora, que agradeceu e entregou alguns livros para ela levar.


O montante de livros era enorme, quase cobrindo o rosto da jovem, que caminhava devagar para não tropeçar. A sala de aula ficava no térreo, enquanto o laboratório estava no segundo andar, e era preciso subir um bom lance de escadas. 


Miyu subiu as escadas cautelosamente e parou diante da porta do laboratório, pensando em como abrir a porta carregando tanto peso. Não demorou muito para que uma mão se estendesse e abrisse a porta para ela.


— Obrigada. — agradeceu.


— Não tá pesado? Passa uns livros pra mim. — Adonis, que havia aberto a porta, ofereceu ajuda.


— Não, pode deixar. — recusou educadamente.


Os dois entraram no laboratório. Miyu colocou os livros sobre uma mesa, enquanto Adonis começou a explorar o local, cumprimentando o esqueleto e observando os potes de experimentos. 


Ela apenas o observava de canto, preocupada. Não demorou muito, ele começou a passar dos limites, mexendo nas substâncias guardadas.


— Bora misturar substâncias. — exclamou, pegando dois líquidos e indo até o balcão.


— EI, NÃO MEXE AÍ! — pediu a jovem, que estava começando a se irritar com o rapaz.


— Olha esse líquido rosa, que legal! — disse Adonis, começando a misturar os líquidos do tubo de ensaio e do erlenmeyer.


— Adonis! Isso é soda cáustica! — alertou, se aproximando, preocupada.


— Olha que massa, ficou rosa! Azul! Verde! Agora ficou amarelo! — comentava Adonis, à medida que a mistura mudava de cor.


As cores chamaram a atenção de Miyu, que começou a prestar atenção, deixando sua preocupação de lado momentaneamente.


— Sabe por que isso acontece? — perguntou Adonis, olhando para ela.


Miyu se sentiu desafiada, mas respondeu prontamente:


— Não é difícil! Na água tinha permanganato de sódio, e a soda cáustica tinha açúcar. Foi essa combinação que resultou nessas cores.


— Isso! Cê é inteligente, curti! — o ruivo ficou impressionado.


A garota não levou o elogio a sério, ignorando o rapaz. Mas não tardou para que ele tivesse outra ideia brilhante.


— Tá, vou levar isso pra casa. — falou Adonis, levantando o recipiente.


— QUÊ? NÃO! DEIXA ESSAS COISAS NO LUGAR! — exigiu Miyu, desesperada.


— EI! EI! EI! — reclamou ele, desviando o recipiente das mãos dela.


— ADONIS, LARGA! — Miyu tentou pegar o recipiente de volta.


No meio da confusão, o erlenmeyer bateu no béquer próximo, e um som fino de vidro ecoou pelo ambiente.


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#josei #potentia #Magicgirl #Power #universe #portugues

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