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Devolva-me!

Capítulo 4 - Realidade fria

Capítulo 4 - Realidade fria

Jun 17, 2025




Me devolva!

  

Realidade fria

Quanto mais o tempo passava, mais a ideia de se vingar se tornava mais idiota. Uma semana havia se passado e agora com a cabeça mais fria e um estomago vazio, a proposta de um emprego, mesmo que sendo ilegal, já não parecia uma má ideia.

Não era como se Sachiko não houvesse tentado arrumar empregos normais, a ultima coisa que ela queria era fazer algo que a levasse de volta a cadeia... Ela havia tentado de tudo, mas após seus futuros chefes saberem que ela era uma ex-presidiária, ninguém lhe dava oportunidade.

Enquanto caminhava com tontura pelas ruas, pegando restos de comida do lixo aqui e ali ela não deixou de pensar que sua vida ruim havia sido inconstante até agora, mas ela nunca havia chegado tão baixo.

-Não acredito que vou fazer isso... - Ela resmungou enquanto se dirigia ao distrito vermelho, um local conhecido por ser um antro de prostituição e pilantras. Enquanto caminhava sua presença não passou despercebida, alguns a encaravam feio, outros a chamavam para entrar em seus estabelecimentos por um preço amigável, mas Sachiko apenas os ignorava, pois tinha apenas um objetivo em mente.

 O local indicado pelo cartão de visitas era a porta dos fundos de um clube hostess, onde ela viu um homem grandalhão plantado na porta, provavelmente fazendo a segurança do local.

Ela passou a mão nos cabelos negros desarrumados para tentar se fazer um pouco mais apresentável e pigarreou, chamando a atenção do grandalhão de óculos escuros.

- O que?!- O homem respondeu agressivamente com sua voz grossa. – Algum problema?!-

Sachiko procurou em seus bolsos e tirou dali o cartão de visitas, agora um pouco amassado e mostrou para o homem. – Eu gostaria de falar com Sakaguchi san. Ela esta ai?- O gigante mal encarado olhou para ela e depois para o cartão de visitas, estudando-os por alguns instantes.

-Hm. Um minuto. - O homem disse desconfiado enquanto sacou do seu bolso um telefone, enquanto isso Sachiko olhou para os lados enquanto o homem falava baixo.

-Espere aqui. - O homem desligou e disse, desligando o telefone e voltando a sua posição original, parecendo uma gárgula protegendo o seu posto.

-Certo... Obrigada. - Ela disse educadamente enquanto pensava. “Tomara que ai dentro eles não vendam meus órgãos. Pelo menos não sem o meu consentimento...”

O tempo passou e passou, uma? Duas horas? Ela não sabia mais... Enquanto isso homem não moveu um músculo ou disse uma palavra, a ex-presidiária já estava se perguntando se alguém realmente a atenderia ou se aquilo era alguma espécie de pegadinha quando finalmente, o homem atendeu novamente o celular.

-Entre. –

Ele disse, abrindo rapidamente a porta e Sachiko entrou, se sentindo cansada ela se deparou com vários outros seguranças parrudos dentro do ambiente escuro com varias portas e câmeras de segurança.  Um dos homens foi à sua direção. –Ei mocinha, venha comigo, eu vou te acompanhar até a sala. – O homem alto de dentes amarelos foi andando. A mulher apenas o seguiu em silencio. – Hm... Você não fala muito não é? Não sei se lembra de mim, mas eu me lembro de você. Fui eu que torci seu braço para traz naquele dia. Heheh!- Ele disse orgulhoso.

Sachiko respirou fundo para controlar a sua raiva.

-É... Meu braço ainda lembra bem disso. - Ela respondeu com raiva. Seu braço ainda estava dolorido desde aquele dia. O homem riu e em seguida subiu uma longa escada em caracol.

Chegando lá em cima eles pararam na frente de uma enorme porta roxa com detalhes de madeira onde mais quatro homens parrudos faziam a segurança.

-Chegamos!- Ele disse, parecendo animado. -Boa sorte, mocinha! É só bater e entrar. - O homem disse.

-Certo. - Ela suspirou, e foi em direção a porta.

“... E lá vamos nós!”

Sachiko bateu na porta e esperou por uma resposta. Após um barulho de clique a porta automática se abriu sozinha, deixando o ar gelado de ar condicionado escapar por ela.

-Entre. – Uma voz feminina disse.

A sala enorme cheirava a perfume e a cigarro, mas era arrumada com sofisticação, apesar de não entender muito sobre o assunto, dava-se para deduzir que quase tudo ali era bem caro. Diante dela um rosto conhecido a observava por detrás de uma mesa de madeira, era exatamente quem ela imaginava.

-Ooh... Então você veio? O que a fez mudar de ideia?-

-A fome. - Sachiko respondeu na lata. Naomi começou a rir.

-Entendo... Sabe, eu gosto do seu jeito direto. - Naomi continuou enquanto pegava casualmente uma garrafa de seu melhor Moet ET chandon em sua cabine.

-Me perdoe pela espera, sou uma mulher bastante ocupada. Imagino que tenha vindo aqui com uma resposta positiva para minha proposta, hm?-

-Sim... Acho que não tem problema trabalhar como sua segurança. – Ela disse envergonhada, engolindo seu orgulho. Naomi sorriu com animação, dessa vez parecendo ser uma expressão um pouco mais genuína.

-Perfeito! – Ela abriu o vinho para comemorar. – Bem, a partir de agora se dirija a mim por Sakaguchi San, eu exijo respeito e boa educação então cuidado com seu jeito de falar comigo daqui por diante. -

-... Sim senhora.

 A mulher mais velha pegou uma taca de vidro e a encheu, tomando seu tempo para tomar um gole.

- Melhor assim. Ao sair daqui você vai passar a morar em uma casa junto com as outras enquanto recebera um treinamento para afiar suas habilidades. Receberá comida alguma educação e roupas. Quando estiver pronta irá para meu mais novo empreendimento-

-Sim senhora. –

-... Os primeiros meses você ira trabalhar de graça para compensar a divida com suas despesas. Alguma pergunta?-

-A- Acho que não. - Sachiko respondeu, sua cabeça estava cheia de perguntas, mas resolveu não falar nada, pois provavelmente era melhor não fazer muitas perguntas nesse ramo. -

-Ótimo! –Naomi respondeu. - Agora me faça um favor, sim? Tome um banho. Suas roupas estão imundas. -

Sachiko então olhou para o chão se sentindo desconcertada, ela havia dado um jeito no cabelo, mas havia esquecido que estava com as mesmas roupas desde que havia levado aquela surra.

-Sim! M-Me desculpe por isso. – Sachiko então olhou em direção a porta. -

-Não se preocupe querida. - A mulher, mas velha respondeu sorrindo. - Tem um banheiro, logo ali com uma muda de roupa. Pode ir. -

-Er... Eu prefiro tomar um banho quando chegar ao alojamento. -Sachiko disse inocentemente, Naomi então estreitou seus olhos e franziu a sobrancelha. – Acho que não fui clara o suficiente... Isso foi uma ordem. Eu não disse que você estava dispensada disse?- Ela disse em um tom de voz sério.

-C-Certo... Desculpe por isso. -

Sachiko então se apressou em direção ao banheiro. Lá podia sentir que a outra mulher a observava a distancia enquanto se despia, envergonhada ela fez o possível para ser rápida e ignorar a sensação desagradável de estar tendo seu corpo nu observado.

Porque ela estava tomando banho na sala da sua chefa era uma pergunta que não queria calar... No entanto ela esqueceu tudo na hora que sentiu as primeiras gotas de água quente escorrerem pelo seu corpo, relaxando-a.

Há quanto tempo ela havia sentido o que era um chuveiro de água quente? Ela nem se lembrava de o que era esse conforto, no entanto ela não poderia demorar o quanto queria, afinal não estava em sua casa. Sachiko saiu do chuveiro e secou o seu corpo com uma toalha branca.

-Você emagreceu um pouco desde a ultima vez que nos vimos, mas continua em forma, hm?- Naomi disse escorada na porta do banheiro, surpreendendo-a.

-Nenhuma tatuagem de gangue rival, ótimo. - Ela continuou enquanto entrava no banheiro. – Sabe Murakami san... Eu acho que você poderia me ser útil de várias maneiras... - Naomi disse com um sorriso brincalhão nos lábios enquanto Sachiko instintivamente se cobriu com a toalha.

-Calma. Eu não vou fazer nada que você não queira. - A mulher sorriu. – A menos que... Você deseje diminuir a sua divida mais rápido?-

A ex-presidiária ficou imóvel, não esperando esse tipo de proposta vindo de outra mulher, mas agora tudo fazia mais sentido. Ela nunca havia cogitado a ideia de dormir com uma mulher até então, mas no fundo ela não se importava muito. Principalmente se isso lhe trouxesse alguma vantagem.

-Hm... Bem, já que estou no inferno melhor abraçar o diabo. – Sachiko disse ficando um pouco vermelha.

-Bom saber. - Naomi disse, colocando sua mão gentilmente sob o pescoço da mulher mais jovem.

 

 

Eri_ka_8
Eri

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#Mature #mystery #Action #lgbtq

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