Sua pele era tão macia de encontro a sua mão, ele queria poder observá-la para sempre, reagindo com suaves arrepios toda vez que ele tocava seu pescoço. Com um dedo ele traçou o contorno de sua orelha, e se aproximou mais. Não evitou a vontade de correr os dedos por entre os fios lisos e vermelhos dela, acariciando seu coro cabeludo, observando seus olhos escurecendo, sua respiração mais pesada. Com as mãos firmes no braço de Zack, ela se sentiu o ar pulsar, como se algo ali estivesse lhe coagindo, implorando por eles juntos. Ela sabia onde estava, o que fora fazer ali, mas perdeu a consciência daqueles últimos segundos, do que estava acontecendo e como chegou até aquele certo momento.
A mão de Zack continuava presa em seus cabelos, firmeza em seus dedos. Ele esqueceu como qualquer outra sensação era, pois estar tão colado ou corpo quente da outra, era tão irreal para ele, parecia que um sonho estava rondando sua mente naquele instante.
-Zack. –Laís suspirou seu nome, quase engasgada.
Ela falara por um impulso, como se seu subconsciente, antes imerso nas sensações de segundos antes, agora explorasse a superfície, tentando escapar do que queria correr. O garoto olhou os olhos dela de perto, se sentindo tão imenso, pesado, como se todo aquele corpo não fosse dele. Ele estava sem fôlego, não era normal, ele pensou que estivesse ficando doente finalmente. Ele surgiu com uma respiração de clareza, mas pareceu que tudo voltou a se nublar e estava indo, uma vez mais.
Seus lábios se encontraram, estavam frios, mas o ar quente das respirações os rondou, como se extraindo toda a pressão interna de seus corpos. Suas mãos continuaram no local, mas se firmaram ainda mais, aos segundos que os olhos se derretem com a ação. Sim, era a sensação mais prazerosa para ambos, e ao se separarem do simples selar, se uniram mais uma vez, com um pouco mais de avidez. Mais próximos, mais daquela sensação sendo transmitida, mais do calor, mais da tontura que fazia o âmago de ambos se contorcerem de forma deliciosa.
Quando Laís puxou de leve os lábios de Zack ele respirou soprou a respiração presa, se sentindo na necessidade de mais. A levou por um instinto, queria puxá-la, e movendo seus dedos agora dormentes, e sentir seu corpo quente e macio por cima das roupas. O encontro dos corpos era de deixá-lo tonto, parecia que encontrava uma nova ardência, algo que nunca experimentou, mas que parecia ser necessário. Queriam saber como conseguir mais daquilo, o porquê de ao sentir os lábios se aproximaram, se agraciarem, se repuxam e mordiscarem, seria tão bom.
Ele sentiu eletricidade e calor lhe sufocando quando ela sentou em seu colo, seu corpo tão macio lhe deixou fraco e desejoso. Não evitou gemer, ou até apertá-la mais de encontro a si quando sentiu o quadril dela se movimentar e então sua calça subiu um pouco com o movimento alheio, contra a parte mais quente dela. Ela gemeu em sua boca e ele a mordeu, quase choramingando por sentir ela se dar prazer de forma tão obscena. A sensação no estômago de Zack se dissipou de forma abrupta enquanto ele acordava, era como se tivesse engolido açúcar puro e então o gosto passasse em um piscar de olhos, deixando só uma lembrança.
O garoto olhou fixamente para o colchão que estava abaixo de si, sua mão segurando o lençol estampado, seu corpo pressionado contra o travesseiro e a colcha. Seu corpo estava mais do que excitado e ele praguejou soltando-se devagar dos lençóis e se virando, rígido como se tivesse medo de quebrar algo. Respirou fundo, desejando de forma clara poder voltar para o sonho, voltar para as sensações, os toques, já que o desejo ainda lhe rondava. E pensando assim, se deixou levar, os olhos fechando, a mão correndo rápido para o peito até o pescoço e o cabelo, ele puxou tentando lembrar da sensação de Laís fazendo isso, a em seus sonhos, pelo menos. Hum, tão bom.
Quando sua mão alcançou sua cueca, suspirou profundamente, deixando os pensamentos voarem. Seus dedos foram suaves, quase como se brincando, extraindo a onda de desejo de forma lenta, assim como no sonho. A pressão o fez resmungar, e com um pouco de impaciência se jogou de encontro ao colchão, gemeu de forma engasgada, sentindo como agora a pressão era forte, era deliciosa, era quente, e o fazia continuar e continuar e continuar até não sentir mais nada do que prazer.

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