Laços criados ao acaso
-parte 1-
DIEGO
“ MEU DEUS, UM LOBO GIGANTE! E é aqui que me despeço da minha vida”
— “Não arrumo trabalho em nenhum lugar, mas que caramba, não deveria ser tão difícil assim!” — reclamo, enquanto ando sem rumo pela cidade de Alagoinhas.
Quando percebo meu entorno, me deparo com uma floresta, ou como os cientistas falam Mata Atlântica, as árvores grandes e com folhagem densa, enchiam o lugar. Era bem bonito, me senti melhor instantaneamente, observei com atenção, o local. Fui vagando, até achar um tronco cortado, e me sento nele.
Fiquei pensando em tudo, no dinheiro que estava curto, nos lugares onde entreguei meu currículo, será que não era bom? Será que deveria tentar outros tipos de emprego? Não sei, mas só tenho uma certeza, era que queria poder ficar nessa cidade, não quero voltar para aquele lugar, nem a pau. Enquanto estava perdido nos meus pensamento, olhando em volta, avisto uma pessoa, elu era grande, bem grande mesmo, então fiquei observando, até que aconteceu uma coisa bem estranha, pra caramba. Elu começou a se contorcer, como se estive se transformando em algo, e sim, elu estava mudando, ficou maior, pelos começaram a crescer.
Nem quero ver o resto! Me levantei rápido , e fiz o certo, corri pra caramba, minha vida dependia disso.
Chegando ao começo da floresta, será que o despistei? Viro meu pescoço pra trás, e me sinto aliviado, não tinha nada, caramba, to vivo, ai que felicidade. Não olho mas pra floresta, só sigo correndo, torcendo pra aquela coisa tenha, sei lá, achado outre desavisade por ai.
NO OUTRO DIA
DIEGO
“Caramba, mais que diacho, fui me envolver”
Acordo cansado, dormi quase nada, não parava de pensar naquele cara. Elu é um tipo de lobisomem, alguma coisa assim?
Me preparo para o dia, pego os currículos e minha bolsa, e quando vou indo para a porta, escuto uma batida nela, fico aflito, não conheço ninguém dessa cidade, quem seria?
Vou para a pequena sala que tem a porta da casa, e a abro. O que vejo, me pega de surpresa, me deixa atônito.
Era elu, parado na minha frente, com um sorriso convidativo, e então fala:
— “Ah oii….” — elu faz uma careta — “Bem como começo.”
— “Você é a pessoa que vi na floresta!” — digo, morrendo de medo.

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