Hinori se revirava em seu sofá, profundamente preocupado. O porquê? O arco do mal entendido poderia acontecer, ou até mesmo algo pior devido ao trabalho em grupo de artesanato para apresentar na segunda-feira.
“Que merda.. no anime original, Yuki e Ayasa ficaram em grupos separados de fato, porém Yuki fez grupo com uns caras aleatórios e Ayasa fez com uma garota e Kizuna porque ela ficou sobrando.. porém pelo fato de eu ter virado amigo de Yuki, ele decidiu fazer grupo comigo! Como resultado, Kizuna também se juntou!”
E nesse momento, tanto Kizuna quanto Yuki estavam à caminho da casa de Hinori. Onde iriam usar a tarde do domingo para planejar o trabalho. Ou seja, muito tempo de interação entre Yuki e Kizuna em um local fechado, a receita para o desastre!
“No anime, o episódio 4 é super tranquilo, com o arco do mal entendido ainda rolando, e ele mal foca nesse trabalho em grupo.. na verdade, o anime oculta o domingo e corta direto para segunda feira.. o que significa que essa situação é..”
Um termo oculto.
“Estou pisando em um terreno desconhecido. As duas constantes Yuki e Ayasa, estão geograficamente distantes no momento, uma situação gerada pelas minhas interferências.”
Hinori se acalma, respira fundo e verbaliza seu raciocínio.
Hinori: — Se eu revelei esse termo oculto, também posso sumir com ele, assim como na mudança de grau de um polinômio. Tudo que eu preciso é achar o valor correto da constante, aquele que faça dar zero e oblitere o termo por inteiro!
A campainha tocou, eles chegaram. Hinori corre para atender, para sua surpresa, quando ele abre a porta, vê Kizuna, que foi a primeira a chegar. Estava usando uma roupa casual, um suéter azul e uma calça preta.
Kizuna: — oi Hinori, Yuki já chegou?
A garota perguntou enquanto entrava após Hinori abrir a porta completamente.
Hinori: — ainda não, por enquanto bora começar a fazer a nossa parte. Aí quando o Yuki chegar, ele só faz a parte dele, aí depois vamos poder meter o pé pra casa.
“Sim, quanto menos durar essa situação, menos riscos teremos. Ainda não sei o valor da constante que faz esse momento acabar. Talvez seja a velocidade com que fazemos o trabalho, ou o número de interações que Kizuna tenha com Yuki..”
Quando Hinori volta para realidade, vê Kizuna o olhando diretamente nos olhos, em silêncio. Ao ser pega, ela diz algo em um tom calmo, dando um pequeno sorriso.
Kizuna: — você fez de novo, não é?
Hinori: — o que?
Kizuna: — Sua mente estava em outro lugar, não é? Seus olhos ficam diferentes quando faz isso..
Hinori: — …
“Erro de sintaxe.”
Hinori se vira e anda na direção da sala de estar.
Hinori: — Vamos começar esse trabalho logo.
Kizuna o segue, eles começam a trabalhar, cada um fazendo sua parte.
※ ※ ※ ※ ※ ※ ※ ※
Hinori: — Hum, o Yuki tá perto de chegar. Vou esperar ele na porta.
Hinori diz enquanto tem um celular na mão, Kizuna o questiona em um tom um pouco interessado demais.
Kizuna: — Você tem o número do Yuki?
Hinori: — Sim, por que eu não teria?
Kizuna: — Nada não..
Ela disse enquanto se voltava ao seu trabalho. Suas feições estavam completamente normais novamente.
“Isso foi claramente uma prova.. ela tem interesse claro em saber mais de Yuki, o arco do mal entendido ou até mesmo de uma rejeição prematura estão cada vez mais perto de acontecer. É possível que o valor da constante seja o não encontro de Yuki e Kizuna?! Se for, isso será um inferno.. é, vou precisar apelar.”
Hinori diz enquanto anda calmamente até um dos potes de tinta no chão, e “acidentalmente” tropeça nelas. Se certificando de as derramar no chão e cair de forma convincente. Na mesma hora, Kizuna corre na direção dele
Kizuna: — Tudo bem com você?
Ela disse em um tom inquieto enquanto Hinori se levanta estando bem, porém com a calça suja de tinta azul e preta.
Hinori: — eu tô bem, porém acabei derrubando as nossas tintas no chão.. desculpa mesmo.
Ele diz enquanto Kizuna se dá conta disso, ficando baqueada com isso também. Afinal, sem as tintas, era impossível concluir o trabalho.
Hinori: — Tem uma loja de artesanato aqui perto, poderia ir lá e comprar as duas cores de tinta que perdemos agora? Eu mesmo iria, porém estou melado de tinta..
“Sim.. vá comprar as tintas, se eu for rápido o suficiente, posso fazer a parte de Yuki com ele antes de você voltar. E no cenário ideal, ele irá embora antes de ter a chance de te ver.”
Hinori pensava enquanto Kizuna o respondia.
Kizuna: — sem problemas.. eu vou comprar as tintas.
A garota estava remexendo no fundo de sua bolsa, procurando qualquer dinheiro a mais para poder usar. Até que Hinori a para.
Hinori: — Toma, eu fiz essa burrada, então eu pago. Você já está fazendo um favor enorme indo lá e comprando.
Ele diz enquanto entrega algumas notas de dinheiro na mão da garota, o suficiente para comprar as tintas. Kizuna aceita e prontamente parte para fora, indo comprar as tintas. Na mesma hora, Hinori tira sua calça e a joga em um canto da casa.
Hinori: — Negócios à parte, Kizuna, Nada pessoal.
Ele dizia, enquanto estava de cueca e blusa no meio da sala de estar, sendo pego de surpresa por Yuki chegando.
Yuki: — oi Hinori, como estão- QUE ISSO?!
O garoto dá um gritinho ao ver o estado deplorável de Hinori. Que age indiferente, em sua antiga vida, ficar de sunga na frente de outro cara era algo rotineiro em exames médicos ou em instituições como o exército militar.
Hinori: — entra aí, eu vou pegar uma calça no meu quarto. Não liga pra bagunça de tinta aí no chão. Comece a fazer sua parte do trabalho, beleza?
Yuki concordou com Hinori, sem saber como reagir direito. A primeira parte daquele domingo havia passado.
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