Daniel estava escutando "MIC Drop" do headphone enquanto descansava um pouco na cerca de metal da pista de gelo. Ele era patinador, mas nunca chegou a ser um profissional. Neste momento em específico, ele estava magnifico. O cabelo preto recém cortado inspirado em seu k-idol favorito davam um ar angelical com seu rosto branco e triangular. A pista estava vazia.
Mal tinha levantado para voltar ao treino e sentiu dois braços ao redor de sua cintura o puxando de volta para a barra.
-Já disse pra você parar com isso.
-está falando de dar em cima de você ou de atormentar seu treino?
-você sabe bem que isso é quase sagrado pra mim. Por favor não me atrapalhe.
Matheus escorregou as mãos pelas barras de ferro até elas se encontrarem com as de Daniel. Mantinha a testa nas costas dele.
-Posso pelo menos ensaiar com você?
-Não.
Daniel se soltou, foi até o meio pista de gelo e deu meia volta.
-É tão difícil assimilar que eu disse não?
-A única coisa difícil nessa história é saber que você desperdiçou a maior chance da sua vida de ter alguém pra sempre por causa de medo.
-Não preciso de você. Mesmo que eu demore pra te esquecer, vai ser melhor assim. Eu ainda quero ter uma esposa e agradar meus pais. Agora vá embora e pare de estragar a minha vida.- Disse quase chorando.
-Eu vou, mas vou sabendo que você não terminou comigo por que não gosta de mim.
Daniel não conseguiu esquecer o que tinha feito um dia antes. Ele mesmo gostando de Matheus, disse não pois achava ser a coisa certa para continuar seus planos de vida. Casar, montar uma família, e ter sucesso nos negócios. Mas aparentemente isso não funcionaria com este parceiro em especial. Matheus não era uma mulher.
Cheio de mágoas foi até o bar mais próximo e pediu 8 doses. Não ia conseguir tomar aquilo tudo, mas o plano era beber e oferecer um pouco para alguma garota bonita, pra tentar a qualquer custo ter sua masculinidade restaurada. Bebeu as 8 sozinho, e caiu no primeiro banco de praça que achou. Que, por sorte ele conseguiu achar um antes de tombar no chão. teve pequenos fleshes sendo carregado para dentro de um apartamento jogado no sofá.
-Daniel, você não pode ficar aqui a noite inteira. acorde, acorde!!
- Onde eu estou? Matheus? porque você tá aqui?
-Você tá na minha casa.
-Impossivel. você não é tão arrumado assim.
- Sou sim, desde que contratei a empregada.
-Não me interessa o que você quer comigo. eu tenho que ir pra casa.
-Acho que meu tio pensaria que todo Sulino é viado.
- É! da minha parte! já que ele não sabe de onde eu vim!
- hahaha, bem, acho que você tem onde dormir, então vá pra casa.
Os dois se olharam profundamente e sentiram um aperto no peito. Um deles era rejeição, e o outro era medo.
-Matheus... Tudo bem se eu dormir aqui hoje?
-Mas não era você mesmo que disse que queria ter uma família, e orgulhar seus pais?
-por quê você ainda insiste nisso?
-Não sou eu que estou insistindo. Eu só quero ter certeza de que você está de acordo com isso.
Daniel deu um beijo em Matheus.
-Talvez nem mesmo eu suporte uma despedida.
-Você bebeu catuaba?
- nem sei, eu pedi "oito doses". não especifiquei. o cara só serviu.
-então com certeza tinha alguma coisa. Cara vai pra casa. É injusto se você estiver bêbado.
-Mas isso não começou justo porquê nós tínhamos ficado bêbados? Foi no segundo ano não é?
-Ei! você prometeu não falar sobre o passado.
-Isso não vai importar quando eu estiver de baixo de você!
- Pare com essas bestei- E foi interrompido por um beijo longo que quase não teve fim.
Os dois já estavam em um momento frenético. O mundo não existia mais. As mão passavam por dentro das blusas, as bocas não tocavam só o rosto. Elas desciam pelo pescoço e escorregavam pela barriga até provocar ameças inevitáveis. Realmente nada importava mais agora que Daniel estava por baixo. Será que outra pessoa o tocaria do mesmo jeito? será que alguma mulher no mundo o provocaria um êxtase de tal intensidade? Pois Daniel sabia que não seria capaz de amar ninguém no mesmo jeito. A dor poderia até ser considerável, mas o prazer vinha logo depois. Um momento só deles, com quase nenhuma influencia de maldades exteriores. passaram a noite toda a dominar um ao outro em partidas quase interminaveis.
Pela manhã, as coisas não estavam tão diferente assim.
-Matheus, quero que entenda que essa foi a ultima vez. Eu ainda quero seguir o meu plano. tenho incerteza sobre isso, então prefiro não continuar.
Matheus pensou bastante enquanto ainda estavam deitados e disse:
-Se você realmente quer isso... então eu se quiser, eu posso até te ajudar a procurar uma mulher.
-E mais uma coisa. Quero que você volte a me respeitar como irmão.
- Isso não tem cabimento. nem somos dos mesmos pais.
-Sim. somos dois filhos de um casal que traiu um ao outro váras vezes. mas o meu pai e a sua mãe já eram casados desde bem antes de nós nascermos, fomos criados na mesma casa, então somos irmãos. E só isso que eu estou te pedindo.
- se você quiser pode até ser... mas saiba que eu fico mais exitado com você me chamando de irmão.
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