Entre a espada e o coração
Cabe apenas mais um verso
Que com sua trêmula mão
Em vão impede um conflito.
Entre a paz e a guerra e
Em meio à morte e a vida,
De ser feliz o condão
Que em meio a um apagão
É uma luz para seguir
Para jamais desistir
No fundo vão não cair
Uma coisa é que poucos
Poderão usufruir.
Porque o destino da enxada
Sempre é a terra desgastada,
E que nada faz aquele,
De todo mundo suas glórias
Consigo carregará.
A história é do que venceu,
Mas nunca é a derrota
Apenas do que perdeu.
(E de quem ela seria?)
De todas as caladas
Vozes tão atrofiadas
Que apenas com um suspiro
Soam juntas como um hino
Tão silencioso e quieto
Que do falso herói o ouvido
Nada é que um ruído.
Sim, o verdadeiro herói,
Sem estátua nem história
E muito menos um nome,
Mesmo sem ele querer
Em silêncio faz as glórias
Daquele que quer vencer.
Glória silenciosa aos inomináveis que perderam pelo vencedor,
Para o vencedor,
Com o vencedor.
Poema retirado da coleção de Hélio, o Sábio da Oliveira
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