Um grupo de pessoas estava numa sala, olhando-se nervosamente. Dois amigos cochichavam em voz baixa num canto, enquanto outra pessoa batia os pés repetidamente.

Todos ergueram os olhos quando a porta se abriu. Uma senhora entrou usando um vestido vermelho vibrante, os fitava com olhares demorados e então falou:

— “Obrigada a todos por comparecerem a esta reunião. Vamos direto ao ponto.” — ela faz uma pausa e empurra a mesa duas pastas marrons — “Vocês são todos novatos neste mundo sobrenatural… com uma exceção.Para serem aceitos no novo programa de treinamento que está sendo implementado, terão que resolver um caso. É relativamente simples, mas servirá para provar que estão aptos a ingressar na divisão como uma equipe.”

— “Esse grupo… ele vai permanecer inteiro depois da prova?” — diz um jovem de cabelos loiros, de maneira hesitante, como se a mulher fosse perigosa.

— “Sim, cada grupo foi formado para permanecer unido após a avaliação.” — responde, o encarando um olhar de descontentamento. 

Ela deu as costas para todes, e foi então que virão um grande dragão tatuado em suas costas, visível através de uma abertura no vestido vermelho.

Quando a mulher sai, todos se entreolharam. Logo uma menina de cabelos castanhos encaracolados, com mechas verdes na franja, quebra o silêncio:

— “Bem, eu sou Aurora, uma feiticeira em treinamento. E vocês, o que são?” diz ela, com um sorriso, esperando uma resposta.

O grupo permaneceu em silêncio por alguns momentos, até Aurora tentar novamente:

—“Ai galera vai se anima, todos querem entrar não?Então vamos ter que trabalhar juntos, bora se apresentem!” — fala balançando seus braços.

— “Sou Félix, uso pronomes neutros, e sou meio-demônie. Sou meio nove nesse mundo, então peguem leve comigo…” — diz o garoto que tinha feito a pergunta anteriomente, falando baixo

— “Ai, que legal! Muito prazer, Félix! Vamos ser grandes migues!” — Aurora responde, dando um abraço nelu, que se surpreende.

Depois da apresentação de Félix, os outros ganham coragem.

— “Sou Baltasar, tenho licantropia, e esse é meu amigo” disse apontando para um rapaz de dreads azuis com cara de cu.

—“Daniel, diferente de vocês, sou um mero humano, sem nada para contribuir com essa porcaria de departamento.” — ele retruca ao amigo

— “Cara! Você tem muito a acrescentar ainda!” — Diz Baltasar, batendo de leve no ombro do amigo.

“Tenho nada, bicho.” — rebate Daniel, com um suspiro

— “Ahem!” - pigarreia Aurora, que vira para a ultima integrante — “E você, Senhora, o que você é?” 

— “Sou Imogen. Diferente de vocês, não vim aqui para passar no teste. Só para aquele velho parar de me encher o saco.” a moça responde, encando Aurora intensamente.

— “Que velho?” Aurora pergunta.

—“Um cara chato que não me deixar em paz” — responde Imogen, com uma expressão de raiva, como se lembrar daquela pessoa fosse um ultraje a ela.

 — “Bem vamos abrir os documentos ou não?” — Imogen pergunta, já pegando uma das pastas.

                                                                                             AURORA

                                                                                       ^{Um jarro esquisito roubado? Mas por que diacho roubariam um jarro.}

Olho a Imogen pegando uma das pasta, então a sigo e pego a que sobrou. Quando a abro, vejo duas folhas, em uma delas tem uma imagem , de um tipo de jarro, com duas estatuazinhas de pessoas. Na outra página tem seu registro:

— “Que foda! Olhem, um objeto mágico!” — digo, mostrando a imagem — “São bem raros. Não é fácil fazer um, sabe?”

— “Tenho documentos de quatro pessoas. Parecem ser do Departamento de Objetos Mágicos Ilegais. “ — diz Imogen, e me olha — “Segundo meu documento, eles são suspeitos de furtar um item, e a Aurora detém seu registro.”

— “Quais os nomes deles?” — Diego perguntou.

—“Mm, deixa eu ver…” — responde Imogen — “São Léo, Kelly, Hugo e Tiago. Um vampiro, uma feiticeira e dois licantropos.”

“Certo” — diz Diego, fazendo uma expressão pensativa.

 — “Então devemos ir ao DOMI para colher os depoimentos e investigar o local onde o objeto estava.” — conclui Diego, depois de tempo.