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Side Story - Cora e Maria (Uni Fruits)

Discussão pt. 1

Discussão pt. 1

Dec 24, 2024

No quarto espaçoso e coberto de pôsteres da boyband Da$$h, Cora e Maria estavam discutindo ferozmente. Cora, com seus cabelos presos com uma presilha maior que seus cabelos e olhos vermelhos indiferentes, estava de braços cruzados, encostada na beirada da cama. Maria, com cabelos rosa levemente bagunçados e óculos que sempre desciam pelo nariz, falava mais alto que o necessário, mexendo freneticamente nas mãos.

— Você é inacreditável, Cora! Como pode não gostar do novo single deles? É o melhor de todos! — Maria insistia, quase ofendida.

Cora revirou os olhos, exasperada. — Eu não disse que não gosto. Só que o anterior era melhor. Você exagera em tudo, Maria.

Star, a líder do grupo das três, com a mão entre os fios de seus cabelos e uma postura calma até quando estava visivelmente irritada, suspirou pela centésima vez. Estava sentada na cama da Cora, o olhar perdido no teto, claramente tentando se desligar da briga.

— Sério, vocês duas não conseguem ficar cinco minutos numa sala sem brigar? — disse Star, o tom carregado de cansaço. — Vocês discutem por tudo. Se brincar, até por uma meia suja!

Maria se virou imediatamente, ofendida. — Isso não é verdade! A culpa é da Cora! Ela adora me provocar!

Cora deu de ombros com um sorriso de canto. — Eu não provoco ninguém. Você que se dói sozinha.

— Eu me dôo sozinha? Ah, por favor! — Maria rebateu, agora ainda mais exaltada. — Você sempre faz isso!

— E você sempre cai! — Cora provocou, com um tom frio.

A discussão voltou a esquentar, e Star, sem paciência para acompanhar o ciclo sem fim de acusações, se levantou bruscamente da cama, bufando alto. — Quer saber? Cansei de ouvir isso. Tô indo embora. Boa sorte aí.

Ela saiu do quarto sem olhar para trás. As duas continuaram discutindo por alguns segundos, mas logo perceberam o silêncio súbito deixado pela ausência de Star.

— Ótimo! Agora a Star foi embora por sua culpa! — Maria apontou o dedo acusadoramente para Cora.

— Minha culpa? — Cora arqueou uma sobrancelha, se endireitando. — Se você não fosse tão chata, ela ainda estaria aqui!

— Eu? Chata? Pelo amor de Deus, Cora, você é insuportável! Fica fingindo que não se importa com nada! Duas caras! — Maria gritou, o rosto já vermelho de raiva.

— Ah, claro, porque você é um poço de maturidade, né? — Cora rebateu. — Mimada, iludida, e ainda por cima...

Ela pausou por um momento, sorrindo com malícia antes de continuar: — ...corou toda por causa de um selinho acidental.

O silêncio caiu pesado no quarto. Maria arregalou os olhos, claramente atingida pela lembrança que havia jurado nunca mais mencionar. — Você prometeu que não falaria disso... — ela sussurrou, indignada.

Cora deu de ombros novamente, despreocupada. — Falei, mas não foi ruim, não.

Maria ficou paralisada, o rosto ainda mais vermelho do que antes, mas agora não era de raiva. A confusão tomava conta de sua expressão. — Para de me provocar, Cora... — disse, com a voz baixa, quase tímida.

— Eu tô sendo sincera — Cora respondeu com naturalidade, os olhos vermelhos brilhando com uma leveza inesperada.

Maria olhou surpresa para Cora, ainda incrédula com o rumo da conversa. Seus óculos escorregaram pelo nariz, e ela os empurrou de volta, tentando se recompor, mas seu rosto continuava ruborizado.

Cora soltou uma risada suave. — Você fica fofa quando não tá brigando.

Maria abriu a boca para responder, mas nenhuma palavra saiu. O silêncio constrangedor se instalou de novo, mas dessa vez, ele tinha um peso diferente. Uma tensão no ar que não vinha da habitual irritação entre elas, mas de algo novo, algo que Maria ainda estava processando.

Cora, sem perder o sorriso, esperou.

Maria pigarreou, sentindo o calor subindo em seu rosto. Seus olhos vagaram pelo quarto, tentando desesperadamente desviar da tensão que pairava no ar. Seu olhar pousou em um pôster do Fin, um dos vocalistas da Da$$h, pendurado na parede.

— Eu... eu nunca tinha visto esse pôster antes — murmurou ela, sem muita convicção. — Ele é novo?

Cora, que até então observava Maria com um sorriso divertido, deu alguns passos à frente. — Ele sempre esteve lá. E não adianta nada tentar mudar de assunto de repente, Maria.

Maria apertou os lábios, seu coração disparando. Passou uma mecha de seu cabelo rosa para trás da orelha, tentando disfarçar o nervosismo. — Eu... não estou mudando de assunto — respondeu, mas sua voz vacilou.

Cora se aproximou ainda mais, seus olhos vermelhos fixos nos de Maria, cheios de uma curiosidade brincalhona. O sorriso nos lábios de Cora se alargou quando ela notou como Maria estava reagindo, as bochechas coradas e o desconforto evidente. Cora se inclinou, aproximando o rosto lentamente, como se quisesse estudar cada movimento de Maria, provocando sem pressa.

— O que foi? — disse Cora, com a voz suave, o tom quase zombeteiro.

Maria recuou instintivamente, seus pés tropeçando um pouco no tapete, e ela acabou caindo sentada na beira da cama. Seus olhos arregalados encaravam Cora com uma mistura de confusão e algo mais que ela não conseguia identificar.

Cora inclinou a cabeça para o lado, os cabelos verdes caindo sobre um ombro. — Tem algum problema?

— Para de brincar, Cora! — Maria explodiu de repente, a voz aguda, tentando parecer irritada, mas claramente lutando contra outra emoção que a dominava. — Você sempre faz isso, chega perto e começa a provocar...

Cora, no entanto, não parecia nem um pouco intimidada. Ela se aproximou mais uma vez, devagar, e Maria recuou levemente, inclinando-se para trás, apoiando o peso das mãos sobre a cama para manter o equilíbrio.

O sorriso de Cora permaneceu em seus lábios. Com um gesto suave, ela esticou a mão e tocou a ponta do nariz de Maria com o dedo. — Você quer um beijo de verdade? — perguntou Cora, sua voz baixa, quase sussurrada. — Não um acidental dessa vez.

Maria ficou imóvel. Sua respiração estava entrecortada, os olhos piscando rápido enquanto absorvia o que Cora tinha acabado de dizer. O quarto pareceu se encher de um silêncio mais espesso do que nunca, o som distante da cidade lá fora desaparecendo completamente.

O toque de Cora, ainda que leve, pareceu queimar a pele de Maria, e ela não soube o que responder.

Cora olhou diretamente para os lábios de Maria por um breve segundo, antes de seus olhos subirem de volta para os dela. Havia uma intensidade no seu olhar que fez Maria prender a respiração. Cora se inclinou um pouco mais e, com a ponta dos dedos, tocou levemente o rosto de Maria, seus dedos frios contrastando com a pele quente da outra.

— O que me diz? Quer? — sussurrou Cora, sua voz quase inaudível, cheia de provocação, mas com uma seriedade subjacente.

Maria sentiu o coração bater ainda mais forte no peito. As palavras quase não saíram de sua boca enquanto gaguejava: — P-para de brincar com isso, Cora...

Ela afastou a mão de Cora de seu rosto, tentando criar uma distância que parecia impossível de manter naquele momento. Mas Cora não deixou a situação se desfazer tão facilmente. Com movimentos rápidos e fluidos, ela segurou delicadamente o pulso de Maria e, antes que a garota pudesse reagir, deixou um beijo suave na pele ali. O toque era macio, quase etéreo, mas causou um arrepio que percorreu todo o corpo de Maria.

Cora a olhou nos olhos, intensamente, sem desviar por um segundo sequer. — Eu jamais brincaria com uma coisa como essa — disse Cora, sua voz firme, porém com um toque de vulnerabilidade escondida.

Maria engoliu em seco, sua mente uma confusão completa. Ela sabia o que queria — ou pelo menos, parte de si sabia. Seus olhos estavam fixos nos de Cora, que parecia ler cada uma das suas hesitações, de algum modo compreendendo o turbilhão de sentimentos que Maria não conseguia articular. Era errado? Certo? Ou simplesmente inevitável?

Cora, sem esperar por mais palavras, se inclinou ainda mais, seus lábios agora a poucos centímetros dos de Maria. Ela ergueu uma mão e, com delicadeza, afastou novamente uma mecha do cabelo rosa de Maria, colocando-a atrás da orelha. Seus dedos roçaram a pele de Maria com suavidade, e então ela tocou o rosto da garota de novo, dessa vez deixando a mão ali, o contato caloroso e firme.

Maria ficou estática, quase incapaz de respirar. Seu corpo parecia congelado, mas sua mente gritava com um desejo que ela tentava, sem sucesso, suprimir. Ela sabia que queria aquilo, mas algo dentro dela ainda hesitava, ainda lutava com a ideia de que tudo estava acontecendo rápido demais.

Cora sorriu levemente ao perceber a luta interna de Maria, mas não disse mais nada. Ela simplesmente se inclinou o resto do caminho e selou seus lábios devagar, com uma ternura que contrastava com a intensidade da situação. O beijo era suave, mas cheio de uma sinceridade silenciosa, uma conexão inegável que as palavras nunca conseguiriam expressar.

Continua.
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Bárbara Abreu

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#Amor #love #fiction #gl #lgbt

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