Após avistar aquela cena Jose sussurrou:
- Se eu falasse que os arruaceiros roubaram a licença dele, e mandasse o cavaleiro ir atrás deles ia dar certo? Ou melhor, eu vou usar minha força violenta em todos esses desgraçados, assim que eu aprender a usar ela, claro...
Drago pensou por um momento e escutou as vozes das pessoas em volta e por fim falou:
- Duvido que esse tipinho aja para ajudar as pessoas, provavelmente, pelo seu modo é apenas um arrogante que gosta de abusar da autoridade nos mais fracos, ele não se arriscaria por nós, porém, isso me deu uma ideia... Ei, idiota das plantas azuis, guie a gente para o centro de prontera!
Conforme penetravam na imensa capital não foram capazes de não se surpreender com sua beleza, cada gesto do cotidiano, uma senhora estendendo a roupa no varal de uma casa, crianças brincando, algum ajudante apressado carregando livros, velhinhos jogando cartas em uma mesa de bar, Prontera estava tão... Viva! Lembrando dos anos de ouro do Ragnarok, quando a cidade estava pulsante, Drago ficou emocionado, já José, não podia conter o ânimo, e o sorriso e soltou um longo: Galaaaaaaaaaaaaaaaadoo wuuuooo!!!!
Mas a coisa mais impressionantes era a absurda quantidade variada de "chapéus" e visuais de rosto que as pessoas usavam, era simplesmente engraçado demais, velas, laços, chapéus emplumados, lâmpadas, óculos de aviador machão, trouxa de roupa, sombreiro, porings, pavios, cogumelo, orelhas de coelho, maçãs, máscaras felizes, facas falsas, faixas indígenas, uma infinidade inalistável.
Logo a frente havia a praça central da cidade, diversos estandartes pendurados exibindo o poderio militar. Um grupo de figurões do governo estavam aparentemente fazendo um pronunciamento em um palanque. Em cima, um velho cavaleiro com uma expressão rude e uma cicatriz profunda no olho, em volta, alguns soldados e um punhado de templários, um deles particularmente perto usando um chapéu de mineiro.
Drago então sussurrou:
- É agora que vamos nos livrar desses bots de merda, se prepara pra meter o pé, se a gente se perder vamos nos encontrar na florista Mel, ok?
- Hehehe bot... Beleza! Não vai na Mel
Drago de repente fingiu perder o equilibrou, e andou a esbarrar no templário que surpreso o segurou e disse:
- Ow, cuidado ai cidadão.
Drago então apontou para os 2 arruaceiros e o gatuno e gritou como se não houvesse amanhã:
- AQUELES MAFIOSOS ALI QUEREM ME MATAR SOCORRO!!!!
O homem olhou chocado:
- O que? Quem? Eles?! Ei vocês!
Os três pararam pelo choque, nisso José aproveitou o momento e correu, ao mesmo tempo gritou confirmando e apontando. O aprendiz também aproveitou o descuido e fugiu, alguém tentou agarrar José, mas ele se soltou mandando tomar no cu, Drago não esperou para ver se os "bots" iriam contra argumentar, fugir ou lutar, ele deu no pé. Alguns instantes depois Drago, cansou de correr, percebeu que Prontera era simplesmente grande demais e ele iria levar uma hora ou mais para chegar até a florista mel, então escalou uma casa, e tentou encontrar José na multidão da rua sul. Ele pensou:
- Vamos lá José, sabe que essa prontera é muito maior que a que conhecemos, ele não iria arriscar se perder em ruas paralelas, então com certeza deve estar na principal, vamos... Cadê você José Lucas... Ah te achei! Mas como faço para te avisar pra parar de correr? Merda não vou conseguir acertar uma telha em você dessa distância, alias...
- Aaaaaiii - Algum miserável na rua gritou após levar uma telhada na cabeça.
Drago se abaixou e disse pra si mesmo:
Ok, isso não vai dar certo, mas pera, talvez eu consiga mandar uma mensagem telepática pra ele? - Drago tentou mas nada aconteceu. - Talvez deva me concentrar mais? - começou a fazer força contraindo os músculos da cara enquanto segurava os indicadores na cabeça, mas nada aconteceu - Ahhhh! Tô ficando puto!. - Então ele teve uma ideia... - Se isso não funcionar, então foda-se.
Sentou-se de pernas cruzadas fechou os olhos e começou a tentar sentir a presença e existência das coisas em sua volta... Até identificar Cyber, de repente um ponto vermelho apareceu em sua cabeça se movendo na escuridão. - É ele!!!. - Se concentrou então no ponto e tentou enviar seu pensamento:
- José ei ,estou aqui. - Mas nada aconteceu. - Por quê não funciona caralho!? Ah pera... - Drago se deu um tapa na cabeça. - É PORQUE EU TO CHAMANDO ELE DE JOSÉ AO INVÉS DE CYBER COMO NÃO ME TOQUEI DISSO!? Pra esse mundo, o nome dele é Cyber não José, nunca ia funcionar Urgggg. - E na hora que pensou em Cyber viu a presença dele aparecer. Nesse momento o ponto vermelho havia parado de se mover. - Cyber, sou eu, Drago, estou a cerca de 300 metros de você, no telhado de uma casa.
Nesse momento José estava parado admirando um belo par de peitos quando uma voz o surpreendeu em sua cabeça e ele respondeu:
- Mas que porra é essa? Tu consegue mandar PM?! Alias to vendo tu, chego já ai. - A contra gosto ele foi se afastando, mas pelo menos Prontera era cheia de beldades que ele podia admirar, logo o fazendo esquecer aquela mulher em particular.
Eles então se encontraram no telhado e começaram a rir de sua mini aventura e de como se safaram.
- Ok, mas então qual é o plano agora? Ja to ficando com fome e não temos um tostão no bolso, a propósito, tu consegue usar alguma magia?
- Não... Estive tentando, de alguma forma eu sinto como se conhecesse o fundamento da coisa sabe, a própria essência das habilidades, mas não posso executá-las, afinal, na verdade conheço mesmo né? Já usei inúmeras vezes, talvez milhões.
- Talvez você precise ir pra Geffen pra fazer o teste de mago e alguém lhe ensinar.
- Talvez... Mas sinto que não é isso, das duas uma, ou ambas ou me falta mana ou seja minha alma ainda não é suficientemente grande, ou eu preciso de fato olhar alguns dos livros da torre para literalmente desbloquear o caminho mágico em mim, feito isso com ou sem instrutor acho que seria capaz de lançar tudo.
- Eu também sinto que poderia dar uma carrinhada na cabeça daqueles infelizes, se pelo menos eu tivesse o carrinho.
- Bom, vamos para Izlude então nós recrutar como aprendizes, se as coisas derem certo eles devem nos fornecer alguma hospedagem, observei algumas armas das pessoas creio que o grupo Éden ainda não exista aqui.
De repente a música de Prontera pode ser ouvida vagamente ao longe, deixando nossos heróis suarem pelos olhos:
- Caralho é muito linda velho, me dá um abraço! Vamos escutar mais de perto?
- Bora.
Seguiram nas ruas até chegar a uma praça com alguns bancos verdes, lá uma banda estava tocando o hino da capital, aquilo deixava simplesmente sem palavras, havia até pessoas cantando, Drago sentou em uma parede e pouco depois deitou olhando o céu enquanto escutava aquela música, um sentimento de plenitude o enchia, algo lhe dizia que um futuro brilhante estava a frente. O momento foi interrompido dois minutos depois pelo ronco da barriga de José.
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