Zé botou a mão na barriga e disse:
- Vou matar poring e dropar maçã, é o modo mais fácil, considerando a gente ser "lvl 0".
- Você sabe que maçã quando comida com o estômago vazio, dá mais fome ainda né?
- É melhor do que passar fome, a gente pode tentar matar os lunáticos e dropar cenoura ou bebê selvagem e pegar a carne deles, são os monstros mais fracos. Ou tentar matar um zangão e dropar o mel. Ou se você quiser tentar, mas eu não recomendo, matar rocker e comer as pernas de gafanhoto fritas.
- Er... Você realmente vai comer uma cenoura tirada de dentro do estômago do lunático? Comer as maçãs que o poring carrega, até vai, já que ele é uma geleia. O bebê selvagem é uma boa ideia, mas como você vai preparar a carne se nem temos uma faca? Fora que ele, e o zangão, são respectivamente level 7 e 8, não duvido que conseguiríamos derrotar um ou dois, mas o problema é que estamos completamente desprotegidos, definitivamente nesse estado uma ferroada poderia nos matar, e nem temos uma miserável arma, em todo caso, o lunático parece ser a melhor opção, contudo, eu estou exausto demais para andar, quem diria lutar. Vá indo na frente, vou tentar pedir ajuda, apesar que nossa... Pedir esmola vai contra minha natureza.
- Tá bom, não me culpe por passar fome, depois a gente se fala por PM.
Drago olhou para as costas de José e pensou "de onde ele tira tanta energia?".
Drago então passou um tempo tentando bolar uma desculpa, por fim decidiu se passar por um viajante de Morroc, mas lembrou-se que como morroc produz muitos marginais não deve ser bem vista, LOUYANG? AYOTHAYA? mas apesar de amar a beleza desses locais ele pouco sabia sobre eles, afinal, sua jornada em Rune Midgard não teve uma profunda exploração, se concentrando apenas na parte mais clássica buscando extrair o poder supremo da maneira mais intensiva e sistemática possível. Então se alguém lhe perguntasse detalhes sobre as cidade com certeza ele iria se enrolar e a mentira cairia por terra.
- Não tenho escolha, irei dizer que venho da distante nação de Arunafeltz.
Drago então tentou abordar algumas pessoas se passando ora por um diplomata, ora por um enviado de uma importante família comercial para fechar negócios com o reino de prontera. Em ambas as versões sua caravana havia sofrido inúmeras perdas e por fim assaltados, então ele, sozinho, havia vagado por muitos dias, até finalmente encontrar Prontera e precisava de auxílio, mas principalmente um prato de comida, em troca devolveria o favor em 10 ou 100 vezes assim que possível.
Ninguém lhe deu ouvidos, quando estava quase desistindo foi até uma balconista de uma lojinha de comida e tentou uma última vez, a moça de longos cabelos foi a única que escutou a história toda, lhe deu um gentil olhar e disse:
- Moço, se precisa tanto de comida não precisa inventar essas história, basta ir até a grande catedral, lá eles organizam grandes caldeirões de comida para dar aos necessitados.
Ouvindo isso, Drago quase quis se enterrar de vergonha, mas então lamentavelmente disse:
- Eu não tenho mais um pingo de energia para caminhar, a catedral fica do outro lado da cidade, levaria horas andando, eu... Por favor, se me deixar comer alguma coisa e descansar eu posso trabalhar com você para pagar por isso.
A moça ficou receosa por um momento, sua situação financeira não estava tão boa, na verdade estava péssima, havia demais concorrentes aqui. Ainda assim ela consentiu e deu-lhe uma garrafa de leite, pão e uma sopa, depois levou Drago até o segundo andar em um quartinho aonde havia vários entulhos e uma rede pendurada, Drago se deitou e ficou olhando pela janela até pegar no sono.
Enquanto isso, José estava reclamando e bufando, a muralha externa ao sul de prontera era realmente igual ao do jogo, uma multidão de pessoas se reunia lá conversando abrindo comércios, havia até algumas tendas de pessoas acampando e outras literalmente morando lá, inclusive tinha um figurão com uma aura azul em sua volta que chamava extremamente a atenção como uma luz na escuridão, cercado por muitas pessoas, ele parecia realmente importante, mais a frente entre as árvores, centenas de campos cultivados além de pequenos rebanhos de animais em cercados, mas o motivo da irritação de José era exatamente esse, não existia uma única criatura em seu campo de visão, mesmo ele andando e andando, nenhum sinal de monstros, estava começando a andar em uma zona mais arborizada quando viu algumas fabres nas árvore e creamys voando, elas seriam fortes demais e os fabres eram inúteis e nojentos, andou mais um pouco porém nada de lunáticos. Então, enfurecido, José chutou um dos fabres que estava no chão, mas soltou um grito de dor e agarrou seu pé.
- AHHHHHH! Ai ai ai, porque caralhos esse inseto é tão duro?
O fabre também não ficou nada feliz com o chute e avançou pra cima de Cyber, o fabre simplesmente investia com seu corpo, mas aparentemente sua superfície possuia uma gosma que irritava a pele, Cyber ja estava sem paciência e ignorou a ardência, enquanto começou a enterrar socos na lagarta, que por sinal era estranhamente dura, nisso ele pensou: - É sério que estou trocando porradas com um um verme? Nisso finalmente o fabre explodiu esguichando muco nele. A ponta de algo marrom estava saindo, José puxou e notou que era uma clava, a criatura havia engolido uma CLAVA!
- Isso explica porque era tão dura... E também explica porque estava no chão, o peso não a deixava escalar.
Cyber falou decidindo pegar a felpa e a clava, pouco depois viu ao longe um Lunático que estava escapando de um cercadinho que delimitava um campo, o lunático estava com varias cenouras na boca, os olhos de José brilharam quando ele avançou como se não houvesse amanhã para aquela carne recheada de cenoura, a criatura sentindo a intenção faminta vindo em sua direção e correu. José saiu girando a clava no ar e berrando:
- VOLTE AQUI! VOLTE AQUI SEU ASSADO DE COELHO!!
Algumas pessoas olharam para José como se olha para um maníaco. entre elas o SKT que ficou rindo ao longe.
Infelizmente o pobre do lunático havia comido demais, e ficou pesado, não conseguindo fugir a tempo, José o abateu com uma paulada, crítico!
Satisfeito, começou a comer as cenouras, havia também uma erva vermelha que restaurou parte de sua energia vital, ele estava pronto a comer o lunático também, mesmo cru, mas quando sentiu os pelos na boca cuspiu enojado.
Droga, realmente preciso de uma faca.
Decidiu levar o lunático pra Drago, para que o mesmo não morresse de fome, mas antes passou até uns porings os esmagou com sua clava e espremeu as maçãs para fazer um suco improvisado e matar a sede. Enquanto isso alguns fazendeiros estavam tocando a música “Streamside" então ele lentamente deitou embaixo de uma árvore e tirou um cochilo.
Meia hora depois, voltando para Prontera, ele descobriu que Drago estava lavando pratos e varrendo, não podendo conter o riso entregou a felpa e pluma como forma de pagamento.
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