- Tudo bom berg? - José falava enquanto se esforçava pra não rir.
- Cof, cof. Nãoooo! Vá “si” fuder! Galado! Eca! Que nojo... Cof, cof... Há! Tudo bom Draguinho?
- Tudo bom Décio? - Drago respondeu como se tudo isso fosse normal.
- Tudo bom Lucas? - Décio já conseguia respirar como se nada tivesse acontecido.
- Qual é o problema de vocês? “Ses” são retardados guris?
- E você venho descobrir isso agora? - respondeu José.
- Galado, quer dizer que até o noob do Dorigam tá aqui? Só falta aparecer Vinicius, Varela, Chico e Jarbas. Devem tar dando o cu por ai... ¯_(ツ)_/¯
- Ok, mas vocês já pensaram como fazer pra voltar pra casa?
- Ta falando do mundo real? Mas nem fudendo que eu volto pra la! - Drago respondeu quase que indignado.
- Ué!? Mas por que não? E nossas famílias, nossos amigos?
- Galada, o mundo real é uma merda a gente só se fodia e… Antes que José conseguisse completar a frase, Drago o interrompe.
- Na real, a gente tá só se fudendo aqui tb…
- É, poisé. Mas, pelo menos, aqui é legal, a gente tem poder e tudo mais…
- E eu tenho namoradinha. - Completou Décio.
Cyber : Até Berg conseguiu! Eu vou conseguir também! Quero voltar “praquele” lixo de vida não, ninguém me amava naquela merda. ;-; - José estava em uma combinação de confiança e tristeza.
- Owwwwwnn, deixe de drama pia!
- Quando eu pegar minhas magias vou virar o rei dessa porra! Rheeee.
- Há! Deve virar sim. - Ironizou Décio.
- Vai virar muito, pense como vai...
- Aff. :( Não “estraga” minhas esperanças...
- Oww cara, chegue abraço.
- Enfim, parem de perder tempo, como você ia conseguir a grana pro José?
- Ah... Bom, nisso Décio venho bem a calhar. Eu quero que vocês sigam pelos campos de Payon, até chegar na área onde vivem os Dokebis, lá vocês irão caçá-los até conseguir ouro, eu sei que é muito difícil, mas além disso, lá pode-se conseguir coisas úteis para Zé, como Mineiros de Elunium, maça e martelo para ferreiro, coisas que serão extremamente necessárias para ele forjar no futuro.
- É verdade, mas por que você falou “vocês” ao invés de “nos” seu galado? Você não vem? - Questionou José.
- Não, se loko? Eles são fortes demais para mim, vou morrer de verdade lá. E outra coisa, eu sei que não vão conseguir isso em um ou dois dias, então, sempre que os recursos “estiverem” perto de acabar, voltem para cá, ok? Não tentem bancar os fodões. E assim que conseguirem o ouro voltem, não adianta ser ganancioso.
- Qual o problema? - Gabi estranhou.
- Acho que é porque os bixo lá são level trinta e três, trinta e cinco, algo assim. De fato, vai ser meio perigoso, meio não, muito. - Décio respondeu.
Eles partiram. No dia seguinte, após conseguirem um mapa da região, Drago olhou para os próprios bolsos e suspirou, seus recursos para pagar a hospedagem haviam terminado, vagou procurando emprego inutilmente, e por fim, saiu para caçar esporos, afinal, sempre haveria alquimistas querendo comprar esporos venenos...
Gabi estava guiando, alguns Pé Grandes apareciam ocasionalmente, mas eram abatidos pelas flechas de Gabi e Berg, antes de conseguirem causar estragos reais em José, na linha de frente. Nesse local, não havia plantas vermelhas ou maçãs, então, não tinham como repor os suprimentos para curar suas feridas.
Contra os Salgueiros Anciãos e Eggyra, a situação foi mais difícil, suas cascas grossas os defendia bem das flechas, e no caso do Eggyra era pior ainda, as flechas pareciam, às vezes, atravessar seu corpo sem lhe causar dano.
Décio praguejava:
- Maldito ovo gigante!
José segurou um salgueiro, e o arremessou contra o Eggyra.
- CAVALO DE PAU!
- Que porra é essa? Você não deveria usar isso com um carrinho?
- Foda-se, não tenho carrinho, então eu uso esses fdp’s mesmo.
Nisso, o ovo tinha se quebrado, mas o salgueiro lançou uma lança de fogo em Zé, que saio rolando no chão
- Aaaaaaaah! Esso queima!!
Gabi finalizou o salgueiro com uma rajada de flechas a queima roupa. Décio caminhou até o ovo:
- Lucas, se liga, essas coisas soltam poção da concentração. Já tá difícil aqui, não seria melhor a gente ficar um tempo, pra treinar e talz, e juntar poções?
- É, pode ser, não to afim de apanhar. Mas isso vai demorar, é melhor a gente recrutar mais pessoas para o grupo, vamo procurar aventureiros.
Mais tarde, eles conseguiram juntar algumas pessoas, dentre elas, uma moça que era noviça, isso ajudou drasticamente sua coleta de recursos. Principalmente porque no dia seguinte, havia um templário, parente de um dos presentes, que veio ajudar, apesar de ter sido transformado em uma máquina de cura.
- Olha só, estamos economizando um monte de poções assim, não vamos precisar ficar muito tempo. - Comentou Gabi.
- Yep. e eu consegui altos minérios, até Oridecon! - Completou José.
- E mel! Humm, mel bom da porra! - Décio estava claramente animado.
- Para de gastar mel, seu retardado, isso cura SP! Pode servir pro Drago, depois.
- Aff. Só um pouquinho, isso ta muito bom.
E lá se foram dois potes de mel.
Enquanto isso, nas bases do monte Mijolnir.
Dorigam reclamava:
- Fala sério, por que tenho que passar por isso?
- Silêncio, você precisa aprender a esvaziar a alma, e não se distrair com coisas mundanas.
- Mas cara... Você é um FUMACENTO! Como posso não me distrair com um monstro falante.
- Sou seu mestre, me respeite seu pirralho.
PAM
- Ai! Isso doeu. ;-; Mas, pelo menos, me explique como eu vou purificar o espírito, e invocá-lo, matando esses besouros nojentos e agarrando esses javalis fedidos?
- É exatamente essa a questão, se conseguir deixar a mente zen, em uma situação dessas, conseguira em meio a qualquer batalha.
Voltando a floresta de Payon…
Gabi proclamava:
- Já juntamos coisas o suficiente, até o vesgo do décio ta atirando flechas direito agora, quero só ver se não vamos conseguir, go!
…
Décio foi o primeiro a ver:
- Olha, um Dokebi! Pega, mata! Grwawawawaw!
Décio atirou e errou, Gabi atirou, e a criatura rebateu com sua maça. José avançou:
- Deixem comigo!
Levantou sua clava e tentou enterrar o monstro no chão, mas este deu uma cambalhota e acertou Zé com um chute aéreo. José, então, acertou seu ataque, atordoando a criatura, os outros aproveitaram e acertaram suas flechas. O dokebi, ferido, atirou moedas em Zé, que se desintegravam ao contato, chocando Décio:
- Esses “fila” da puta atacam com dinheiro?
- Onnnch! Esso dói porra! HaaaAAAAAAAAA BIRL!! Seu merda! Tome isso!
BAM BAM BAM.
- Mas olha só, isso é um grito de guerra? E essa que é a mammonita? -
Depois de dizer isso, Gabi usou uma rajada de flechas, mas não funcionou, e Décio disse:
- Não adianta, ele é muito rápido! Tenta espalhar o ataque, chuva de flechas!
Enquanto isso em Payon.
- Oi, oi, para onde o Décio foi?
- Bom, te explicar é um pouco difícil. Tem um mapa ai? - Respondeu Drago.
- Tenho, espera... aqui.
- Bom, eles foram por aqui, devem estar nesse perímetro... Você parece agitada tá tudo certo?
- Estou com um mal pressentimento, mas obrigada.
Então ela saiu correndo. Drago, intrigado, fez uma pesquisa, e acabou descobrindo que Décio estava cheio de dívidas, então riu, e pensou "se é só por causa de credores enfurecidos, ele deve ficar bem. Aahaha. Zé e Gabi vão pagar"
Vagarosamente, conseguiram derrotar alguns dokebis, até ficarem quase sem flechas, então, a uma distância segura começaram a abater guardiões da floresta, e com seu tronco, fabricaram mais flechas. Pouco antes, haviam visto alguém incauto se aproximar demais e ser massacrado pela criatura, então, não estavam afim de cometer o erro alheio.
Um dia se passou.
Um salgueiro ancião estava por ali, um pouco longe de seu território, mas Gabi decidiu abatê-lo de toda forma e... Um galho seco!
Os olhos de Berg brilharam, com toda vontade de fazer merda.
- Deixa a gente usar!
- Melhor, vamos até a saída de Payon, e usar lá. Hehehe.
- Gegege.
- Saí, seus insanos! Ninguém vai usar isso não, isso fica comigo!
E escondeu o galho entre os seios, para que nenhum dos 2 tentasse roubar.
Décio olhou e disse:
- Hummm, HUUUUUUUUUUUM.
- que é!?
- Um pau no meio dos peitos... Gegegege.
- AFFFFFFFFFFF
José, de repente ficou sério, e disse enquanto apontava:
- Fudeo.
Um nove caudas pulou na direção deles. Era estupidamente rápido, Gabi e Décio recuaram, Zé tentou lutar, mas suas feridas se acumulavam rapidamente, sacou uma poção e sem cerimônias quebrou o fraco no ombro pra que o líquido escorresse até os profundos cortes no braço. A nove caudas atacou Gabi. José bebeu outra poção e soltou um grito enquanto avançava até o animal:
- HAA BIIRL!!!!
A situação estava muito grave. Décio se virou e começou a fugir:
- Vamos correr!
- Não fale isso enquanto você ja ta correndo!! Fale antes droga.
- Vão! Hurrr! Eu vou tentar segurar ela.
Eles tentaram fugir, mas a nove caudas era mais rápida. Seus ferimentos se agravavam e começaram a gritar por socorro. Dos bambus, uma voz seria proferiu:
- LEX-AETERNA!
Décio olhou para tras confuso:
- Q-quê?
- Lâminas Destruidoras!
A voz surgiu do nada e incontáveis ataques foram desferidos na 9 caudas, fazendo ela rodopiar no ar enquanto sua carne era dilacerada, impressionando Gabi.
- Um assassino, junto com um sacerdote?
O priest respondeu certamente:
- Esse mercenário quis se arrepender de seus crimes, trabalhando a serviço da igreja.
O mercenário apenas encarou José e sussurrou:
Você nos deve. Como pretende pagar?
José enfiou a mão no bolso e disse:
- Assim ô: - Sacando a mão e estirando o dedo.
O mercenário moveu a katar e decepou o dedo de Lucas que gritou miseravelmente segurando a mão.
- Contenha-se Reniel! Santuário!
Décio se sentiu muito aliviado ao ver essa habilidade:
- Wiiiiiiiii! Oba! Hei, vocês já pararam para pensar que o gordo da mammonita parece o gênio do Habib's?
- que?
- q?
- Porra berg!
Gabi se virou para o sacerdote:
- Afinal o que o ilustre senhor está a fazer por aqui?
- Assuntos sigilosos, minha querida filha.
- Parou de sangrar mas meu dedo não voltou!
- Apenas pegue seu dedo e coloque-o em cima do ferimento, enquanto permanece no santuário que Odin operará esse milagre.
Pouco depois, apareceu uma freira. Gabi acabou tentando negociar com aquelas pessoas, para que, ocasionalmente, eles pudessem lhe dar um suporte, em troca de contribuições monetárias.
- Não estamos com pressa, então, só por hoje, eu montarei acampamento aqui, enquanto o Reniel patrulha, e a irmã cuida de outros afazeres, se precisarem da benção divina, venham até mim.
Como resultado, os três passaram o resto do dia matando dokebis, quando precisavam de cura voltavam e renovaram os buffs. No fim do dia, só haviam conseguido um Cajado do Poder, e José estava bem irritado com isso, já que a chance do cajado era tão baixa que ele sequer lembrava que isso podia ser conseguido aqui, mas nada de ouro.
No dia seguinte, Cardinal se despediu, dizendo precisar cuidar de algumas coisas na zona, mas ia se manter por perto, no raio de cinco a dez quilômetros então talvez eles se reencontrassem. Continuaram a sua busca, haviam notado que o número de pessoas na zona estava crescendo gradativamente com o passar das horas, mas ninguém parecia se importar com eles, e eles também estavam muito ocupados pra ir bater boca. Gabi liberou o Uso das poções de concentração, e todos aumentaram suas velocidades de ataque melhorando ainda mais seu desempenho. Além disso, eles pareciam se tornar mais habilidosos e podiam sentir isso claramente.
Com o calar da noite, os suprimentos haviam acabado, Zé não aguentava mais carregar tanto chifre de dokebi, então guiados por fogueiras encontraram um acampamento, lá havia uma caravana, trocaram todos os chifres por um punhado de poções amarelas e vermelhas, eles até queriam conversar, mas o cansaço era grande demais. Décio caiu no chão roncando e Gabi usou a Bunda dele como travesseiro. José dormiu em cima da mochila com medo de ser roubado.
No dia seguinte, mais uma intensa jornada de caça e Décio não aguentava mais:
- Haaaaaa! Esse maldito ouro não aparece, quero ir embora!
- Para de reclamar, eu devia estar com Giogio, mas to aqui com vocês, seus fedidos.
José ficou deprimido com isso, lembrando-se da cena em Izlude e nem consegui responder, então Décio tomou a frente:
- Não tomo banho a dias, queria o que? Que cheirasse como uma flor? Batata! Olha ali, um dokebi vai matar Luquinha!
Com o passar das horas eles perceberam que o número de pessoas de classes iniciais individuais ou pequenos grupos diminuía a medida que crecían o número de grupos grandes, com dez ou até mesmo trinta membros e o variedade de classes dois. Com o crepúsculo, eles conseguiram uma carta dokebi, o que deixou Décio enlouquecido:
- Ah não galado! Fala sério! Até carta dropa, e nada de ouro? Só pode tar de roleplay com minha cara!
- Desisto! Quero saber disso mais não, vou voltar pra payon e tomar sake!
Gabi segurou Zé:
- Nana, nina, não! Agora está mais perto que nunca, posso sentir o cheiro de grana! +_+ - Seus olhos brilharam de uma maneira estranha.
Durante a noite, Décio reclamava:
- Eu não acredito que essa mulher demônio obrigou a gente a caçar a essa hora.
- A lua vai nos dar sorte!
- “Uatafoque”? Mas até que a lua tá bonita mesmo. - José se consolou.
Continuam penetrando intensamente na mata, o mar de árvores e bambus era imenso, Décio estava cantando uma musiquinha para animar, mas ele cantava mal demais, Gabi e Zé desejavam estar surdos. Um grupo de salgueiros foi entrevisto na vegetação, em um combate intenso eles os abatidos, um deles se quebrou, e dentro de sua casca José pegou um pergaminho:
- Opa! isso vai ser útil.
- O que é esse barulho??? - Indagou Gabi.
José esmagando com a clava CRASH:
- O que? só eu batendo po, alias…
- Não seu animal! Não é a gente, é bem mais alto, parecem... Gritos?
Entre a vegetação um rubor intenso podia ser visto. Sons metálicos e vozes abafadas pelo vento e escuridão ficavam cada vez mais próximas, o que amedrontou Décio:
- Ou, ou, tem algo vindo…
Uma figura chegou voando quebrando os bambus pelo caminho e aterrissando miseravelmente no chão, em uma poça de sangue. Logo depois um Cavaleiro e um pecopeco chegaram da mesma forma, aterrissando a poucos metros. Seus ossos pareciam quebrados e seus corpos em poses estranhas. Gabi ficou enjoada e desviou o olhar. Eles ficaram sem reação, pouco depois o chão tremeu levemente e uma grande quantidade de pessoas vieram correndo da floresta, os três pegos pelas surpresa começaram a correr também. Atrás dos fugitivos estava um aglomerado de ursos raivosos e no meio um ser que parecia um tigre gordo bípede fumando um cachimbo.
- Olha só, um Edigar!
- Meu deus do céu, um Eddga! Porque a gente só se fode nessa porra??
Gabi pensou " Edigar” enquanto imaginava o Eddga com uma cartola e monóculo.
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