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Guerreiros

Capítulo8 – Caminhos descruzados. (parte2)

Capítulo8 – Caminhos descruzados. (parte2)

Oct 08, 2021

This content is intended for mature audiences for the following reasons.

  • •  Abuse - Physical and/or Emotional
  • •  Drug or alcohol abuse
  • •  Blood/Gore
  • •  Mental Health Topics
  • •  Physical violence
  • •  Cursing/Profanity
  • •  Sexual Content and/or Nudity
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                - Tenente Danilo se apresentando para o serviço Capitã! -                       Disse o jovem oficial de forma firme e prestando continência.

                - Danilo, quantas vezes vou ter que dizer que nós não somos mais militares, não precisa juntar casco pra mim. -  Respondeu Ligia com um sorriso nos lábios enquanto segurava o riso.

                - Sei - lá eu ainda não me acostumei... foram tantos anos sendo marretado no curso de oficial, daí agora nós aqui sendo simples civis.

                - Tem nada de simples em ser civil, ainda mais na nossa posição.

                - Eu sei... bem, isso não importa! Selecionei a equipe que você pediu, esses são os perfis.

                - Quantos militares?

                - Somente uma praça... os demais são de outros setores e iniciativa privada.

                - Ótimo, quando eles poderão se apresentar?

                - O da iniciativa privada precisa de 15 dias por conta da comunicação e pagamento da rescisão contratual os demais já estão à disposição.

                - Pague a rescisão, preciso da equipe pronta para ontem.

                - Como? -            Danilo se assustou com a ordem recebida.

                - Temos orçamento pra isso, pague o que a empresa pedir de compensação. Eu quero essa equipe online no mais tardar amanhã pela manhã.

                - Sim senho... Sim Ligia! Considere a tarefa feita.

 

O ex-oficial girou no calcanhar e se dirigiu a saída do escritório envidraçado e espelhado deixando a jovem mulher observando o colega andando marcialmente e visivelmente desnorteado.

 

                - Eu também não me acostumei com nada disso Danilo, mas nós precisamos mudar para que algo nesse país mude.         - Ligia então girou a cadeira de diretoria deixando de olhar sobre a grande mesa de mármore negro e fitando os recém adicionados letreiros identificando a organização recém-criada.

 

“Grupo de Operações Especializado – Ações Táticas e Guerrilha”

 

- Isso tem que dar certo pai!  -                Disse a jovem com uma lágrima no canto do olho.        - Eu juro que vou fazer dar certo ou morrer tentando, não importa o que precise sacrificar pra isso.

 


 

                - TU TOMOU UM HEADSHOT DE NOVO!!!? CARA VOCÊ É MUITO RUIM NISSO!

                - NÃO ENCHE!

 

A animação do grupo de adolescente era enorme, e seus gritos de excitação e provocações somente era sobrepujado pelos sons de tiros e explosões do jogo.

                - E AÍ CAROL, JÁ SE ACOSTUMOU COM OS COMANDOS?

                - Eu ainda não tô muito habituada com esse controle, eu sou mais PC Gamer, mas está dando pra jogar.

                -Uma gamer-girl! Meu deus você é uma deusa! Não somos dignos! Não somos dignos!             - Disse André suspirando alto.

                - Deixa de putaria moleque!     -Gritou Clayton!                              -Me dá cobertura tão me matando aqui!

                - Me dá só um minuto que eu chego aí!Primeiro tenho que fazer o respawn do Daniel daí te ajudo a não morrer seus ruim! – Disse o jovem baixinho retomando a seriedade. - Alias, seu irmão não vem?

                - O Douglas é esquisito, falei que a gente vinha pra cá, ele tava confirmando que vinha e de repente falou que não vinha mais.

                - Azar o dele, não tádesfrutando da presença de nossa deusa francesa!            - Disse André olhando apaixonadamente para Carol, esta por sua vez ficou roxa de vergonha e se encolhe atrás do controle do videogame.

                - Eh... Daniel?

                - Fala Ca... – disse o jovem sem desgrudar os olhos da tela da TV.

                - Você não tinha dito que o Fábio viria?

                - Não consegui falar com ele nenhuma vez, Filho da puta deve ter largado o celular em algum canto, ele vive fazendo isso... É um inferno conseguir falar com ele.

                O rosto da jovem se tornou apático.

                - Que pena.

Os rapazes se entre olharam, com sorrisos maliciosos.

                - É André, acho que você só vai contemplar sua deusa de longe.           - Disse Daniel entre um leve riso, Carol por sua vez ficou ainda mais corada!

                - Para de falar essas coisas Daniel! – Gritou a garota.

André então salta diante de seu lugar no sofá para frente da TV com uma cara de incrédulo!

                - Não é justo!    - Gritou o jovem com sua voz oscilando e rosto transparecendo estar transtornado.

Os outros dois rapazes e a jovem pararam de jogar diante da atitude do garoto.

- Eu sou muito mais homem que ele... O que me falta em altura me sobra em olhos para contemplar a beleza de tão bela dama.           - Disse o jovem transformando o rosto de transtornado em um sorriso sacana terminado em uma piscadela enquanto fazia uma reverência.              - Mas eu aceito ser o Ares da nossa Afrodite se ela quiser.

O trio caiu na gargalhada.

- Vocês são completamente malucos!                  -Exclamou Carol enquanto ria.

A jogatina seguiu naquele clima de descontração e amizade, vez ou outra com algum comentário maldoso por parte dos garotos em relação aos dois que não estavam presentes.

                - Mas Carol, me explica... como a filha de uma diplomata Francesa acaba vindo parar nesse fim de mundo?                - Questionou Clayton enquanto apertava os botões do videogame freneticamente.

                - Minha mãe foi destacada para cá porque precisavam de alguém com experiência... Dada as particularidades de São Miguel e Brasil.

                - Experiência? Ou seja, ter vivido aqui quando era território brasileiro e ter tido uma filha com um nativo?                 - Questionou Daniel.

                - Não... bem, acho que isso facilitou as coisas, mas era questão de idioma, costumes, ela tem um bom relacionamento com o governo do Brasil.

                - Mas nós somos independentes agora, o que isso faz diferença? Foda-se o Brasil!      - Disse Daniel colocando o videogame de lado.             - Só acho muito brega esse nome “República da Grande ilha de São Miguel” puta nome comprido e tosco.

                - Você não gosta por conta de ter nome de santo!          - Exclamou Clayton.

                - Anjo!  - Corrigiu André.

                - Gente vamos concordar que é zoado demais isso... Puta megalomania junta com religião, a ilha nem é tão grande!

                - Era a maior do Brasil.                - Apontou André.

                - E manteve o nome, que porra de independência é essa que fica prestando homenagem?

                - E acho que é por isso que minha mãe foi destacada para cá, imagina algum noob vindo pra cá e ter que lidar com essas coisas. - Disse Carol olhando para os três jovens que agora pareciam ponderar sobre a hipótese da jovem.

                - Tá, faz sentido. Mas vocês notaram uma coisa? – Disse Clayton soltando o controle remoto.

                -O que?

                - A gente perdeu a partida.

Os quatro jovens olham para a tela mostrando repetidamente. as mortes dos personagens deles na grande tela de LCD.

                - MERDE!            -Bufa Carol.

                - Até xingando ela é linda!         - Suspira André.

- O que vocês querem comigo? Como você sabe dos meus pais? – Questionou Fábio enquanto se recostava na cadeira.

 

Cristiano estava sentado do outro lado da pequena mesa, com um olhar frio como se analisasse cada movimento do rapaz, ao longe Kay e Paulo conversavam com a mãe de Cristiano enquanto ela fritava uma chapa com diversos hambúrgueres para atender os clientes do quiosque.

               

                - Eu sei o que deu na TV,” Policial e esposa são mortos em grave acidente de trem, filho do casal sobrevive milagrosamente”

                - Não é verdade.

                - O que não é verdade?

                - Que foi um acidente de trem.

                - E o que foi?

                - Você me diz... você que falou do responsável pela morte deles.

                - Você já deve ter notado que a gente não é só o “grêmio estudantil”, não é?

                - Vocês parecem mais uma gangue.

                - Não parecemos.

                - Não?

 

Houve um segundo de silêncio na mesa, os dois jovens se olharam medindo as reações um do outro.

 

                - Nós somos! Você estudou a vida inteira em escola de playboyzinho e agora por alguma razão veio e caiu no meu colo então eu quero te explicar como a banda toca.     - Disse Cristiano colocando a mão no bolso. Fábio por um minuto imaginou que se tratava de mais um cigarro e já estava pronto pra socar a cara de Cristiano caso ele soltasse outra baforada de fumaça na cara dele. Porém para sua surpresa o jovem de cabelos arrepiados e olhos azuis pegou uma caneta e um mapa da cidade e os arredores.

               

- Essa é nossa ilha, toda essa área que vai da ponta do centro até perto da zona portuária é controlada por nós. Isso é, do parque de skate, passando pela nossa escola, até a região dos conjuntos habitacionais novos e a vila industrial.

- Tá, e o que eu tenho a ver com isso?

- Bem, o que você tem a ver com isso é que eu quero que você faça parte do nosso grupo.

- E se eu me recusar?

- Você não vai.

- Você fala com tanta certeza, você nem me conhece!

- Acho que eu te conheço melhor do que você imagina, nós somos muito parecidos.

- Não vejo nenhuma semelhança.

                - “Cozinha são lugares perigosos!” foi isso que ela disse pra você né? – Questionou Cris enquanto acompanhava a mãe servindo as mesas dos clientes com um sorriso nos lábios.

                - F-Foi..., mas, o que isso tem...

                - Minha mãe parece descuidada para você?

Fábio passou a acompanhar a dona Maria enquanto ela servia as mesas, o equilíbrio e desenvoltura para passar entre as pessoas lidando com diversas coisas ao mesmo tempo chegava a ser invejável.

                - Não, muito pelo contrário.

                - As feridas dela não foram acidentes, meu pai era um bêbado desgraçado que batia nela e um dia jogou óleo quente nas mãos dela porque ela tinha se livrado das bebidas da casa.

               

Nesse momento o coração de Fábio deu um soco, seu sangue esfriou como se tivesse sido substituído por ácido lático.

- Eu já estava acostumado a apanhar quando ele chegava daquele jeito em casa, a única coisa que eu pensava era em proteger meu irmãozinho e minha mãe, mas nesse dia quando ele viu o que ela tinha feito eu não consegui agir antes.

O rosto de Cris ficou sombrio.

                - Ela estava distraída fazendo batata frita na hora, não teve tempo de reagir, quando eu cheguei na cozinha ela estava gritando com as mãos queimadas.

                - Meu deus!

                - Foi quando eu peguei a faca.

                - V-Você matou seu pai? Você devia estar pr...

                - Preso? É, você também.

- Eu quero que você entenda, tu não é o único que já matou aqui! A diferença entre nós dois é que eu não fiz por acidente, eu fui pra cima do meu próprio pai na intenção de me livrar daquele lixo humano.

                - E você quer que eu me una a vocês por quê?

-Porque eu preciso de alguém como você, sabe o que essas áreas que minha gangue controla tem que nenhuma outra da cidade tem?

                - Não faço ideia.

                - Não tem violência.

                - Por conta de um bando de estudante do ensino médio? Conta outra!              - Fábio visivelmente puto se levanta e se posiciona pra ir embora, porém tem o pulso segurado por Cristiano.

                - Eu também acho incrível quando paro pra pensar! Mas tudo isso é por conta da nossa maravilhosa escola.

                Fábio fica observando o rapaz que segura firmemente seu pulso.

                - O Paulo, o Kay a Val e praticamente todos os outros tem histórias similares a minha e a sua.

                - Qual a história deles?

                - Eu prefiro que eles contem, se eles quiserem, o que cabe a você entender é que nós fizemos coisas terríveis, mas todos por boas razões, e fomos parar naquela escola.

                - Sendo que todos deveriam estar presos ou em um reformatório.

                - E quem disse que não estamos?                          – Disse Cristiano se debruçando sobre a mesa sob o olhar atônito de Fábio.


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