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Hirugard - A Busca Pelos Tesouros Sagrados

Página 9 - Templo de Phobos

Página 9 - Templo de Phobos

Jan 18, 2024

Robert terminou de descer a longa escada e então se encontrou no completo escuro do salão subterrâneo. Ele não podia ver nada no escuro, e apesar de imaginar que a elfa demoníaca tivesse a habilidade de ver melhor que ele no escuro, ele não disse nada. Sentiu algo tocar no seu pé, era um pedaço de madeira, uma tocha. Ele puxou uma pederneira rústica de dentro da roupa e fez uma pequena faísca, que se transformou em fogo na tocha, iluminando o local. 

- Certo, a questão da iluminação está resolvida. - O garoto falou cortando o silêncio que havia durado a descida da escada de madeira. - Que tipo de lugar é esse? - Ele olhou ao redor, um salão pequeno e vazio, com exceção de alguns pedaços de madeira no chão. - Parece ser feito de lama. 

- Não sei com certeza. As lendas sobre esses templos são antigas e extremamente incompletas, algumas se contradizem. O mais importante é que foram templos construídos por algum tipo de magia que já foi esquecida há muito tempo. - Goetia ainda se sentia insegura com o garoto, mas estava mais calma. 

- Você se refere às lendas de cinco mil anos atrás? - Robert questionou, parecia pensativo. 

- Sim, o lorde das trevas foi “morto”, e então os heróis que o venceram decidiram criar esses templos secretos com magia pra guardar suas relíquias, e então os templos foram escondidos do resto do mundo. - Ela estava se esforçando pra lembrar o mais claramente possível do que podia. 

- Quantos eram? - Robert lançou um olhar penetrante e tenebroso contra a mulher. 

- Como?  

- Quantos eram os heróis que mataram o seu lorde? - Ele se mantinha sério. 

- Não tenho certeza. - Ela respondeu, enquanto ponderava as próprias palavras. - Acho que a lenda mais aceita atualmente é a de que eram quatro heróis. Porém... 

- Porém? - O garoto estava muito focado na história da elfa demoníaca. 

- A alguns meses encontrei muitos pergaminhos antigos em algumas andanças que fiz. A história real se perdeu. As lendas mais antigas chegam a citar seis heróis, e até mesmo doze, sendo separados como os seis heróis do dia e os seis heróis da noite. Mas já vi algumas lendas que insistiam ser apenas dez heróis. - Ela parecia orgulhosa da própria sabedoria. 

- Entendo. - Robert relaxou mais um pouco. - Eu imagino que o lorde das trevas não tenha sido morto de verdade, não é? 

- Sim, na verdade, ele está selado. A influência dele no mundo físico atualmente se deve a 1% do poder dele. Não sei a extensão dos planos dele, mas como uma criatura das trevas eu faço tudo a meu alcance pra que meu lorde retorne e conquiste o mundo que é seu por direito. - Seu ar de superioridade podia ser sentido por seu jeito de falar, ela tinha orgulho de ser um demônio. 

- Pode falar com ele quando quiser? - Robert parecia indiferente ao tom superior da mulher demônio. 

- Somente nos comunicamos telepaticamente, e só quando eu estou no Oeste Negro que consigo ouvir sua voz. Quanto mais perto do seu castelo, Hellscape, mais forte é sua influência demoníaca. - Seu semblante orgulhoso crescia a cada palavra dita. 

- Entendo. Agora vou mudar de assunto. Me fale mais sobre o humano que você segue. - Ele continuava indiferente enquanto brincava com a tocha que segurava. 

- Ele se chama Sentoki, tem dezessete anos, é uma pessoa extremamente inconsequente e consegue fazer amizades facilmente. Sua relíquia é o “Anelar de Dorobou”, e acompanham ele uma ninfa chamada Ashi, e uma anã chamada Kurozu. - Ela parou um pouco pra respirar. - Até agora não demonstra ter muita habilidade, mas pra alguém que nunca esteve em situação de combate, seu possível crescimento é extremamente alto. Teorizo que quanto mais ele lutar, mais forte vai ficar, mas por enquanto é extremamente fraco. Porém, suas companheiras de viagem são bem mais experientes, a anã tem uma armadura mágica, e a ninfa consegue usar magia básica. - Ela terminou, parecia contente com toda informação que tinha. 

- Entendo... Acho que você ainda subestima o nosso potencial. Com “nosso”, eu quero dizer os humanos que viemos de outro mundo. Talvez você não tenha essa informação, mas já sei de um terceiro, e existe a possibilidade de mais alguns terem sido “convocados” pra esse mundo. - Robert abriu um leve sorriso. 

- Como é? - A expressão confiante começou a se desfazer no rosto dela. - Na verdade, eu tinha conhecimento de sua existência, mas se existem outros... 

- Não se preocupe, você está comigo agora. Vou te mostrar o nosso potencial, na prática. - Ele começou a sorrir e então se aproximou da escada, com uma mão ele agarrou um dos suportes de madeira da escada e então puxou, um som de madeira se quebrando foi ouvido e então ele se virou pra Goetia, com um grande pedaço de madeira na mão, facilmente duas vezes maior que o garoto que segurava. 

- O que pensa em fazer com essa coisa? - Goetia estava apavorada com a força do garoto. 

- Com isso aqui? Vou brincar um pouquinho, finja que esse pedaço de madeira é minha lança, ok? - Ele manteve o sorriso malicioso no rosto. - Agora vamos atrás do nosso amiguinho, Sentoki. Quero ver do que ele é feito. 

 
. 


Sentoki e Kurozu continuavam a correr pelos corredores anelares, descendo os andares do templo subterrâneo. Já haviam descido cinco andares, e só podiam ver um leve brilho quando olhavam pra cima na direção onde Ashi estava enfrentando as hordas sem fim de monstros de argila. Mas graças a ninfa os dois puderam respirar e seguir em frente. 

Quando a ninfa percebeu que os amigos já tinham tomado bastante distância, ela ergueu a mão o mais alto que podia e então desceu com toda velocidade e força que podia exercer, dando um tapa no chão. O chão ferveu e em seguida cedeu, abrindo um enorme buraco de argila derretida, por onde Ashi saltou. 

- Deu certo. Ainda bem que esse lugar é realmente feito de argila. - A garota estava feliz, apesar do suor escorrendo pelo seu rosto devido ao cansaço. 

Ela deu outro tapa no chão, e mais uma vez um buraco se abriu. Sentoki e Kurozu já podiam ver o leve brilho da ninfa se tornar mais forte enquanto se aproximava, e então viram o teto derretendo, e então ela saltou pelo buraco, bem na frente deles, a luz nas mãos dela se apagaram. 

- Ashi! - Sentoki foi o primeiro a dizer alguma coisa, seu semblante já estava mais alegre. 

- Vamos continuar, daqui já dá pra ver o fim do abismo. - Kurozu estava sorrindo, mas manteve foco. 

Os três seguiram pelo corredor, Ashi conseguiu manter os monstros afastados devido ao calor gerado pelos seus golpes nos andares superiores. Chegando na próxima escadaria de argila eles desceram, e então se encontraram finalmente no que parecia ser o andar final do templo subterrâneo. O salão era amplo, e dessa vez não era mais um corredor em formato de anel, e sim um salão completo e quase vazio, do lado oposto a eles o trio pode ver outra entrada, e bem no meio do salão havia um grande bloco de cristais vermelhos. Todos pararam pra respirar aliviados por alcançarem o final, e então trocaram olhares. 

- Não sou só eu que acho aquela pedra suspeita, né? - Sentoki falou, limpando o suor da testa. 

- Com certeza é algum tipo de armadilha. - Ashi se curvou, se apoiando nas pernas, pra poder respirar. 

- Acho que o mais prático então é ativar ela a distância e ver o que acontece. - Kurozu falou brincando. 

- Talvez não seja uma má ideia. - A ninfa parecia pensativa. 

- Não deveríamos tomar cuidado? - O garoto estava preocupado novamente. 

- Sim, mas se conseguirmos ativar a armadilha de longe vamos conseguir analisar a melhor maneira de evitar ela. - Ashi respondeu. - Além disso imagino que seja efetiva contra quem chega perto, cego pela ganância de ter encontrado cristais tão raros. 

- Certo... - O garoto estava pensativo. - Eu tenho uma faca curta aqui comigo, acho que dá pra arremessar e ver o que acontece, só não sei se eu consigo acertar lá longe. 

- Me dê essa faca então que eu acerto. - A anã falou, orgulhosa. Sentoki então tirou a faca da bolsa e deu pra ela. - Vejamos, vou usar toda força que consigo. - Ela se preparou, fez pose e então lançou com toda a força a faca, que bateu no cristal e fez um barulho imenso. 

- Parece que não aconteceu na... - Sentoki foi interrompido. 

Ouviram um gemido, que tremeu toda a área, vindo das profundezas da terra. E então perceberam que o chão estava se movendo ao redor do cristal. O cristal começou a se elevar em conjunto com o chão de argila do salão, e então cresceu e cresceu, tomando forma humanoide de um gigante. Era um monstro de argila com cerca de sete metros e meio e um cristal vermelho entalado no peito. A coisa gigante soltou um rugido, e o trio sentiu o chão tremer novamente, todos perceberam que o monstro tinha despertado e estava furioso. 

- E agora? - Sentoki já estava com a sua lâmina em punhos. 

- Vamos lutar, ora. Ele é um alvo grande o suficiente pra mim. - Kurozu se preparou com seu machado e sua tocha. 

- Vamos lá, mas tomem cuidado, esse parece mais perigoso que os outros que encontramos. - Ashi se preparou pro combate, entrando numa postura focada em golpes com os pés. 

Os três avançaram enquanto o monstro continuava a berrar. Sentoki e Ashi foram pelos lados, enquanto a anã foi de frente, enfrentar o monstro cara-a-cara. O monstro percebeu o avanço da anã primeiro e lançou o braço de argila na direção dela. A anã deu um mergulho pra frente e conseguiu se esquivar, mas a perna do monstro veio em seguida em cima dela. 

- Korazon! - Sentoki gritou e correu na direção da anã ao perceber que ela não conseguiria se esquivar. 

O chão todo tremeu com o impacto da pesada do monstro em cima da anã. Ashi e Sentoki congelaram por um segundo, mas voltaram a respirar quando viram parte do pé de argila do monstro derretendo. Kurozu se defendeu usando a tocha, que ainda se mantinha acesa e o calor abriu um buraco no pé do monstro. 

- Eu tenho fogo! - Ela rugiu, e então começou a atacar a perna do monstro com a tocha. - Morra maldito! 

O monstro rugiu novamente e então sua perna cedeu com o calor, o monstro tombou pro lado enquanto a anã atacava. Ela saltou pra cima do monstro e começou a subir pelo corpo caído dele, arrastando a tocha nele. A anã alcançou o cristal no peito do monstro e então deu uma machadada, com toda sua força acompanhando aquele golpe. Uma grande lasca do mineral saiu voando. O monstro berrou de dor e então lançou outro soco em direção a Kurozu. Ela tentou se defender com a tocha novamente, mas sentiu um golpe pesado, como se tivesse sido acertada por um grande rochedo, e então saiu voando, lançada pra bem longe. 

- O monstro petrificou o próprio braço! - Ashi berrou. - Sentoki, proteja a Korazon, e evite a todo custo aquele braço de pedra. 

O braço do monstro estava realmente endurecido e completamente petrificado, ele se ergueu, regenerando o corpo, e então o braço voltou a ter a consistência molenga de argila. 

- Ei! - A ninfa gritou. - Aqui, bobalhão gigante, olha aqui! 

O monstro se virou e focou sua atenção nela, e então disparou novamente um soco. Ashi esperou o último segundo e então saltou pra cima, na hora que o golpe acertou o chão, e então seguiu correndo pelo braço do monstro em alta velocidade. Ela saltou em direção ao cristal em seu peito, já tinha percebido a fraqueza do monstro. Com um giro no ar ela desceu com um golpe de Hi Ken, o golpe destruiu outra parte do cristal. O monstro berrava sem parar. Antes que ele pudesse reagir, Ashi escalou e saltou mais acima no seu corpo, alcançando a cabeça. 

- Eu estava guardando isso pra um verme como você. - A ninfa falou enquanto pegava a fivela do seu cinto. Ela focou alguns segundos no item. - Roda de fogo, disparar! - Segurando com uma mão, ela mirou a fivela pra baixo e então disparou um projétil de fogo, em formato de roda, derretendo o monstro ao meio. 

Sentoki havia alcançado Kurozu, que após ser acertada caiu desmaiada, e a carregou pra abertura oposta do salão, percebeu que ela estava inconsciente, mas ficaria bem. Nesse momento ele olhou pra trás e viu Ashi no topo do monstro disparando uma magia de fogo nele. O garoto correu com a arma em punho pra tentar ajudar a ninfa. 

- Ashi! Cuidado! - Ele berrou enquanto assistia o monstro se dividindo em dois enquanto berrava. 

Ashi sentiu a fivela em sua mão desaparecer após ativar a magia no item. Saltou pela divisão que foi gerada da cabeça até o peitoral do monstro de argila e caiu bem em cima do cristal, que já estava completamente trincado. 

- Hi Ken! Saishu Dankai! - Ela ergueu o pé acima da cabeça e então deu uma pisada no cristal, o impacto foi tão forte que ele explodiu em centenas de pedaços. Ela saltou e foi deslizando pelo corpo do monstro até o chão enquanto ele se desfazia. Argila molenga se espalhou por todo salão. 

- Ashi! Você conseguiu! - Sentoki se aproximou dela, ainda estava preocupado. - Mas que magia foi aquela? Você tá bem? 

- Não se preocupe, eu tinha um item mágico comigo o tempo todo, não me desgastei com essa magia, mas era pra emergências. Agora não tenho mais fivela pro meu cinto, heh. - Ela sorriu. 

- Menos mal, agora podemos continuar. - Ele guardou sua lâmina e então percebeu algo no corpo do monstro que terminava de se desfazer. - Ei, olha aquilo. 

Uma manopla dourada podia ser vista, algo que estava preso dentro do cristal mágico. Ambos se entreolharam, “será que é um dos tesouros?” foi o que pensaram. 

- Só pode ser um dos tesouros sagrados. - Sentoki falou, boquiaberto. - Vou lá pegar. 

Sentoki correu em direção ao prêmio que o monstro deixou pra eles. O garoto nem sequer percebeu o que aconteceu em seguida. Em um piscar de olhos estava prensado contra a parede do salão, completamente sujo de argila e sangue, com uma enorme estaca de madeira estava atravessada contra seu peito. Ashi estava berrando, um cara desconhecido surgiu, mas Sentoki não pode escutar nada além de uma risada maligna, e sua visão ficou nublada. Seus olhos fecharam e ele cuspiu sangue antes de sua respiração parar completamente.

- Sentoki! Não! - Ashi gritou, desesperada com a visão. Não conseguia parar de tremer quando se virou pro homem que apareceu. - Quem é você? - Seus punhos se fecharam, seu rosto se deformou com a expressão de raiva, o medo deu lugar pro mais puro ódio.

- Robert Aesland III. Prazer. - Ele respondeu, com um sorriso demoníaco no rosto.
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Se aprofundando mais no templo. Enfrentando monstros, e então algum tipo de guardião final. O nosso trio mal pode compreender os problemas onde se meteram.

#isekai #Fantasy #Action #PTBr #adventure #battle

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