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Hirugard - A Busca Pelos Tesouros Sagrados

Página 11 - Apuros na Cidade Grande, Parte 1

Página 11 - Apuros na Cidade Grande, Parte 1

Feb 01, 2024

Tudo era turvo em sua mente. “Desperte Sentoki” eram as palavras que retumbavam na sua cabeça. “Não pode deixar que o esforço e sacrifício delas seja em vão. Não posso fazer muita coisa por você agora, precisa ter força e despertar”. Sentoki se moveu, sentia muita dor no corpo, e abriu seus olhos. Estava em uma casa de madeira, ao seu redor estavam suas companheiras de aventura, Ashi e Kurozu. Atrás das garotas estava um soldado enorme de armadura. 

-Onde estou? - Sentoki falou finalmente. 

-Estamos em Hilde, é uma cidade de Hirugard mais afastada. - Ashi respondeu, se mantinha neutra, mas demonstrava alegria de ver seu amigo acordar novamente. - Fico feliz que finalmente tenha acordado. 

-Finalmente você acordou! - Kurozu falou, mais alto. - Passamos muitos problemas nessa semana, você perdeu tudo! - Ela se aproximou e apertou a mão do garoto com força. - Senti saudades.  

-Semana? - O garoto estava confuso. - Eu dormi por quanto tempo? Me expliquem melhor... 

-Qual a última coisa que você se lembra? - Ashi questionou. 

-Bom... - Ele se esforçou pra pensar. - Você conseguiu derrubar o monstro gigante do templo subterrâneo. Depois disso só lembro de sentir uma dor horrível. 

-Certo. Vou começar daí então... - Ashi começou a explicar o que havia acontecido. Sobre a aparição do garoto misterioso chamado Robert e a luta violenta que se seguiu. Finalmente pra falar sobre a transformação demoníaca que afetou Sentoki, e que salvou o trio da morte, apesar de levar Sentoki a desmaiar por longos dias. 

-Isso... Isso é difícil de digerir... - O garoto parecia aflito com a história, se sentia culpado por ser derrotado sem sequer perceber, e ter se transformado em um tipo de monstro, colocando as amigas em perigo. - E então... - Ele estava relutante. - E então, o que aconteceu em seguida. Na semana em que estive inconsciente? 

-Eu posso ajudar a ninfa com essa parte da história. - Finalmente o cavaleiro em armadura se aproximou. 

-E você, quem é? - Sentoki notou que o homem usava um capacete que cobria a parte superior de seu rosto, revelando apenas a boca e metade do nariz dele. Também usava uma armadura que cobria seu peitoral e uma ombreira de ferro em apenas um braço. 

-Me chamo Lugner. Prazer. - O homem claramente mais velho fez uma reverência. Ele era muito misterioso. 

-Lugner? 

-Ele nos ajudou durante toda essa semana. - Kurozu falou. 

-Enfim, vou continuar a história. - Ashi então começou a contar.

 
. 

 
Kurozu havia finalmente escalado pela saída do templo subterrâneo, carregando seus amigos. Já podia ver as muralhas do grande reino de Hirugard a distância. Ela se aproximou da sombra de uma árvore e então largou ambos no chão, desabando em seguida. A anã foi derrotada pelo cansaço. A noite passou. 

A anã foi a primeira a acordar e já foi atrás de tentar fazer curativos nos amigos. Fez o melhor que pôde nos cortes da ninfa, mas teve que enfaixar o pé perfurado dela. Ao examinar o garoto, se surpreendeu ao ver que realmente não havia mais nenhum sinal de dano físico. 

-Garoto sortudo, não é? - Ashi falou, tentando se levantar, mas se desequilibrou com o pé enfaixado e dolorido.  

-Tome cuidado, Ashi. - A anã parecia preocupada e melancólica. - Você tem que repousar. 

-Certo, desculpe. - Ela se sentou. - E então o que acha? Será que ele vai acordar logo? 

-Não acho que vá. Ele tá vivo, mas acho que precisamos dar tempo pra ele...

-Temos que alcançar Hirugard quanto antes, vamos ter acesso a uma casa de cura lá, além de qualquer tipo de poção que possa ser útil... - A ninfa estava pensativa. 

-Concordo. Não se esqueça que chegando lá vamos ter concluído uma parte da aventura, alcançar as igrejas da deusa dos mares. - A anã sorria. - E já temos uma das relíquias, olha. - Ela mostrou a manopla dourada que haviam conquistado no templo. 

-Então esse é um dos doze tesouros... - A ninfa parecia focada. - Posso sentir uma energia mágica muito poderosa dentro dessa manopla sem sequer tocar nela. Mas deve ser muito perigoso usar. 

-Não se esqueça do demônio que enfrentamos em Burevault. O efeito da magia nessa relíquia é eterno... - A anã parecia mais preocupada. - Mas até descobrirmos qual é a magia de fato, não devemos usar de maneira alguma. Vai que isso aqui guarda uma maldição ou uma explosão solar... 

-Ou uma magia de gelo, argh, odeio neve. - Ashi fez uma careta. 

-Heheheh, já esteve no Norte, Ashi? - A anã brincou, enquanto guardava a manopla novamente na mochilinha. 

-Não. Mas só de lembrar das noites geladas de inverno na minha vila natal sinto um frio na espinha... 

-Heheheh, imagina se a nossa aventura acaba levando a gente pro Norte nos confins do mundo, onde nunca para de nevar, heheheh. - A anã se divertia com a brincadeira. 

-Aí eu vou dar adeus a vocês enquanto volto pra vila Chui. - Ashi deu um sorriso. - Mas mudando de assunto, precisamos ir logo pra Hirugard. Ainda consegue carregar o Sentoki? 

-Sim, já descansei bem. 

-Então vamos partir agora mesmo. 

Ambas arrumaram suas mochilas, Kurozu colocou Sentoki nos ombros e então foram em direção às muralhas da grande cidade de Hirugard. Elas andaram pouco mais de uma hora pelos campos limpos do reino até poderem ver os portões de ferro. Estranharam a quantidade de soldados do reino nos portões, mas seguiram em frente. Chegando mais próximas, elas foram barradas. 

-Alto lá! - Gritou um dos guardas, ele vestia uma armadura completa e segurava uma lança e um escudo. - Quem são, e o que querem? 

-Somos andarilhos. Precisamos ir a uma casa de cura. - Ashi falou. 

-Podem vir. Mas o garoto não tem permissão pra entrar.  

-Como é? - Gritaram as duas. 

-O grande rei proibiu totalmente a entrada e saída de homens do reino devido a certos problemas que aconteceram aqui recentemente. 

-Certo, então vamos embora. - Disse Ashi. - Vamos pra Botan ou outra cidade menor, Korazon.  

-Esperem aí. - Disse o guarda, e então outros guardas começaram a se aproximar delas. - Vocês vão ter que vir com a gente. 

-Como é? - Kurozu falou, estressada. Elas estavam cercadas e não podiam correr. 

-Nosso companheiro está machucado, pessoal, não queremos lutar. - Ashi tentou acalmar a situação. 

-Largue ele aí mesmo no chão. Vocês duas vêm conosco, heheheheh. - O guarda soltou uma risada de desdém. 

-Vamos então, é melhor não arrumarmos confusão. Vamos buscar o Sentoki o quanto antes. - Ashi murmurrou pra anã, séria. 

-Certo... Me perdoe, Sentoki. - E então a anã o colocou levemente no chão. 

Os guardas escoltaram as duas garotas pra dentro dos portões da cidade, e então o lado externo se tornou vazio e solitário. Somente um corpo desacordado permanecia ali. 

Esperando algum tipo de interrogatório, Ashi se surpreendeu ao perceber que estavam sendo levadas pra uma masmorra como prisioneiras. Ashi e Kurozu foram largadas em uma cela sem seus pertences, e então abandonadas no escuro, sozinhas. 

-Que ótima encrenca nós nos metemos agora... - Kurozu reclamou. 

-Este reino já foi melhor, mais ativo. Parece que o medo o dominou. Ninguém anda nas ruelas, não vi nenhum vendedor, nenhuma senhora estendendo roupa, não havia nada além de soldados patrulhando. Imagino que os ataques de monstros tenham afetado até mesmo esse grande reino. É triste. - A ninfa estava pensativa. 

-Triste é o que vai acontecer se não conseguirmos resgatar o Sentoki, ou então se não conseguirmos recuperar a manopla dourada. Eu ainda tenho força suficiente pra dobrar essas barras de ferro que prendem a gente nesse cubículo. - A anã estava fumegando de raiva. 

-Acalme-se. Deixe-me pensar. - Ela fez uma pausa. - Me empresta suas botas. 

-Hein? Ficou doida de vez? - Kurozu estava perdida na confusão. 

-Elas têm metal, não é? Na sola. 

-Sim, é a clássica botina dos anões, couro em cima, ferro embaixo. 

-Consigo transformá-los em itens mágicos de improviso, me dê logo. 

-Ah certo, aqui. - A anã entregou suas botas, que já estavam bastante sujas e desgastadas. - Vai colocar que magia nas minhas botas? 

-A magia “míssil mágico”, vamos precisar de um disparo certeiro e à distância se formos pegas nas ruas. 

-E você acha que só com dois itens mágicos vamos conseguir? 

-Não, mas não tenho uma loja de botas. 

Ashi se concentrou e fez uma conjuração especial enquanto segurava as botas nas mãos. Elas brilharam por alguns segundos e então soltaram fumaça. 

-Pronto, está feito. Não está tão forte, mas ninguém num raio de vinte metros vai conseguir escapar. - A ninfa falou. 

-E a sua saúde, como está? - A anã parecia preocupada. 

-Colocar uma magia tão simples assim num pedaço de metal não é tão complicado. O poder destrutivo dessas botas é zero, não se esqueça disso, só vou usar essa magia pra criar distrações, e só se for necessário. 

-Ah certo. - Kurozu estava mais aliviada.

-Então, já pode abrir as barras de ferro. Vamos sair daqui quanto antes, pegar nossas coisas, resgatar o Sentoki, e ir pra uma cidade menor de Hirugard, do lado de fora das muralhas. E tudo isso chamando o mínimo de atenção possível, ok? 

-Ok. - Uma terceira voz surgiu. Abrindo a porta que dava pro calabouço, tanto Ashi quanto Kurozu ficaram em alerta, mas se mantiveram em silêncio. - O que foi? Assustei vocês? - O dono da voz, um homem adulto e coberto pela armadura do exército de Hirugard, se aproximou da cela delas. - Plano interessante, ninfa. 

-O que vocês querem conosco? - Ashi retrucou, estressada. 

-Quero ajudar. O plano de vocês é falho e estúpido. Mas eu quero ajudar vocês a escaparem. 

-E como vamos confiar em você? Depois de terem nos prendido aqui sem nenhuma explicação. - Kurozu estava irritada. 

-Aqui, anã. - Ele arremessou algo enrolado num pano pra anã. - Talvez isso valha alguns pontos da sua confiança.

-O que é isso? - Kurozu abriu e se espantou com o leve brilho dourado, era a manopla dourada. - Como? Por quê?  

-Depois eu explico melhor. Por enquanto, só confiem em mim, eu já matei todos os guardas desse lugar, tenho certeza de que vocês conseguem escapar dessa cela vagabunda sozinhas. 

-E então, qual é o seu plano? - Ashi questionou, ainda em dúvida sobre a confiança que o homem passava. 

-Não vão nem perguntar o meu nome? - O cavaleiro sorriu.  

-Se você nos trair eu não vou precisar do seu nome, se nos ajudar, eu pedirei o seu e darei o meu. - A ninfa estava séria. 

-Certo. Aqui pegue isso. - Ele jogou um frasco em direção à elfa. - Ative a magia dentro da pílula, e então dê pra anã comer. Depois disso você vai e resgata seu amigo, ninfa. 

-Qual a magia dessa pílula? - Ashi estava curiosa. 

-Acho que vocês vão gostar da surpresa. - Ele sorriu. - Depois que a poeira baixar, me encontrem em Hilde. Se forem pra Botan vão ser emboscadas e mortas, um clã de orcs se instalou naquela região. - Ele começou a se afastar. - Ah e não tenham misericórdia de ninguém, o seu rei está louco, e isso se refletiu nos soldados. - E então, finalmente, ele foi embora.

Ashi e Kurozu não disseram nada por alguns segundos. 

-O que foi isso? - Kurozu falou, ainda incrédula. 

-Bom, ele sabe mais do que a gente sobre o que esta acontecendo, vamos seguir esse plano por enquanto. Abra a cela e vamos nos apressar, Sentoki pode estar em apuros.  

Kurozu agarrou as barras de ferro e tensionou os músculos dos braços, e então dos ombros, e por fim das costas, entortando completamente as barras. As duas saíram apressadas e se assustaram ao ver a imagem na sala ao lado. O que era pra ser uma sala de guarda estava completamente bagunçada, corpos disformes e sem membros enfeitavam o lugar. Sem falar nada, as duas pegaram suas mochilas e foram embora da masmorra o mais rápido possível, evitando o máximo que podiam de olhar para os mortos. 

Chegando às ruas novamente elas perceberam que havia acabado de anoitecer. “Melhor ainda, a escuridão vai nos esconder” pensava a ninfa. 

-Certo, vamos começar o plano do nosso cavaleiro misterioso. - Ashi pegou o frasco e então removeu a única pílula marrom e redonda que havia dentro dele. - Posso sentir que essa pílula é um item mágico de alto nível... 

-Pode saber qual o efeito? Não quero explodir... - Kurozu estava apreensiva após ver a cena de sanguinolência no prédio. 

-Não, mas não acho que seja alguma magia de ataque. Coma sem medo, ele não inventaria uma maneira tão elaborada pra matar a gente, claramente é alguém que prefere lutar, como fez com os guardas... - Ashi entregou a pílula pra anã. 

-Lá vai. Nhoc. - Kurozu engoliu a pílula de uma só vez. - Certo... Não sinto nada de mais. 

-Hm, vai ver é alguma magia que demora pra fazer o efei... - A ninfa não teve tempo de terminar a frase, e então viu a anã brilhar com uma luz mágica. 

A pílula fez efeito, e então a anã cresceu e cresceu, Ashi teve que correr e se afastar porque a anã estava destruindo os prédios ao seu redor e causando tremores na terra. A anã cresceu até ficar maior que a torre do relógio de Hirugard, que media quarenta metros. 

-Eu... Eu virei uma gigante! - Kurozu parecia alegre. - Yahoo! 

Logo pôde-se ouvir a comoção de centenas de cavaleiros marchando, toda a cidade viu a mulher gigante, e toda a guarda real foi despachada pra lidar com a ameaça. 

-Essa é minha deixa. Até logo Kurozu. - Disse Ashi, e então correu em direção ao portão da cidade. Na sua mente, o efeito da pílula duraria só o suficiente pra anã causar o caos e desestabilizar o esquadrão de soldados nos seus pés. 

-Hora de brincar! Hahahah! - Kurozu começou a caminhar, destruía tudo ao seu redor a cada movimento de seu corpo. 

Os soldados começaram a se aglomerar, e logo a anã podia ver uma rede de soldadinhos no chão, ela sorriu pensando em chutá-los pra se vingar, mas logo esse sorriso saiu de seu rosto quando ela viu uma luz forte vindo em sua direção, e então a primeira bola de fogo a acertou, bem na cara, causando uma explosão de chamas e fumaça. Mais de cinquenta bolas de fogo foram lançadas em seguida, atingindo o corpo da anã em diferentes áreas.
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Uma semana se passou desde o incidente no templo subterrâneo de Phobos. Sentoki finalmente acordou, mas.... O que aconteceu nesse meio tempo?

#isekai #Fantasy #Action #PTBr #adventure #battle

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