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Hirugard - A Busca Pelos Tesouros Sagrados

Página 12 - Apuros na Cidade Grande, Parte 2

Página 12 - Apuros na Cidade Grande, Parte 2

Feb 05, 2024

Ashi correu desenfreadamente pelas ruas escuras da cidade, ela ainda podia sentir uma pontada forte no seu pé enfaixado a cada passo que dava. Graças a distração da anã ela conseguiu passar boa parte da cidade sem dar de cara com nenhuma patrulha, já estava quase chegando no portão. Foi quando ela viu uma tropa com doze soldados virando a esquina à sua frente, sem pensar duas vezes a ninfa deu um salto como um gato em cima do primeiro cavaleiro e agarrou com as duas mãos a lança que ele carregava. Ela saltou pra trás e o cavaleiro mal percebeu toda a ação que aconteceu ali, Ashi ativou a magia que os soldados sempre carregavam em suas lanças por emergência, “bola de fogo”. A explosão lançou todos os doze soldados pelos ares, a lança se desfez e a ninfa voltou a correr. Ao chegar, finalmente, ao portão, teve que operar a alavanca, que estava abandonada, pra abri-la. Ashi conseguiu, relativamente rápido, alcançar Sentoki, que ainda continuava largado no chão. Ela colocou o garoto nos ombros e foi embora, em direção à vila de Hilde, lugar indicado pelo cavaleiro misterioso. Ela ainda deu uma última olhada pra trás, pra silhueta gigante da amiga, que se acendia em chamas, “vamos, você consegue Korazon, vamos todos conseguir” ela pensou, e então sumiu na escuridão da noite. 



Chamas encobriam a anã gigante e por alguns segundos ela se desnorteou, cambaleou e quase caiu de vez no chão. Ela retomou sua ótima percepção noturna enquanto as chamas diminuíam em seu corpo. Anões tinham uma leve resistência a fogo, o que permitia que fossem ótimos ferreiros, e nesse estado agigantado Kurozu percebeu que sua pele sequer havia sofrido dano das magias. Ela sorriu. 

- Tomem isso! Palmada mortal! - Ela berrou e sua voz ecoou por todo o reino. Ela ergueu uma mão e então desceu com um tabefe no chão, acertando uma grande tropa de soldados. 

Mais bolas de fogo foram em direção à anã, ela não conseguia desviar de nenhuma por ser um grande alvo. Felizmente ela conseguiu evitar qualquer ataque que causasse mais que um incômodo, e logo a saraivada de fogo parou. 

- Agora tomem isso! - Ela berrou, e então chutou, derrubando prédios e outras construções que estivessem no seu caminho. 

As magias de fogo haviam realmente cessado, todos os soldados que ainda respiravam podiam ver a ineficiência delas no monstro gigante. Por isso um grupo de cavaleiros de alto nível se uniu e começou a focar em uma magia diferente. Eram dez homens, e todos lançaram a magia da confusão em direção a Kurozu. A “confusão” era uma magia que afetava os sentidos do corpo, gerando uma tontura e descontrole de seus movimentos, apenas uma magia dessas seria suficiente pra desnortear um elefante. 

Kurozu foi afetada imediatamente por um sentimento de falta de chão, a sua visão se embaçou e começou a girar, seus braços ficaram molengas e ela começou a sentir vontade de vomitar. Cambaleou pra lá e pra cá e então começou a tombar, encobrindo a cidade com a sua sombra da destruição. Os soldados gritaram e correram, apavorados, mas antes que Kurozu pudesse despencar de vez, uma luz forte encobriu seu corpo e então ela voltou ao tamanho normal. Para todos os soldados que viam a cena, a gigante simplesmente desapareceu, deixando pra trás dez quadras completamente destruídas, mais de oitenta soldados gravemente feridos e mais cem soldados machucados. 

Quando Kurozu voltou ao seu tamanho normal, percebeu que a tontura havia passado, aproveitou o novo momento de clareza e decidiu fugir. Correu pelos becos dos destroços da cidade, e se esgueirando conseguiu alcançar o portão. Porém, havia uma tropa de soldados patrulhando. Eles pareciam machucados, e alguns estavam queimados, o líder deles não tinha uma lança. A anã esperou um momento oportuno, mas esse momento nunca chegou, então ela aceitou que teria que enfrentar um grupo de soldados cara a cara e avançou, saltando com toda força em cima do líder do time inimigo. 

- Tome isso! Cabeçada da anã! - Ela acertou um golpe poderoso com a cabeça, lançando o líder dos soldados longe, e incapacitando ele. Os outros soldados logo cercaram a anã, mesmo os machucados. 

- Não importa quem você seja, esquisita, mexeu com a tropa errada! - Um soldado berrou, furioso. 

- Ninguém bate no nosso mestre assim, na covardia e sai ileso, você vai pagar, maldita! - Outro soldado falou. 

- Acalmem-se – O líder deles se ergueu, limpou o pó na armadura e então olhou pra anã. - Quem é você, anã? 

- Não interessa! - Ela gritou e avançou em direção ao soldado, com intenção de combate. 

Estando preparado pra investida, o soldado se esquivou facilmente da anã, acertando um golpe com seu escudo na cabeça dela. Kurozu caiu no chão, rolando. 

- Ai! Você me bateu com um escudo de ferro? - Ela se levantou rápido, coçando a cabeça dolorida. 

- Você acha que sou idiota? Um soco meu não faria nem cócegas numa anã. - Ele sorriu e tirou o capacete, era um homem de idade mais avançada, apesar de estar em forma, tinha barba e cabelos brancos, e um olhar triste. - Se você fosse mais inteligente seria a lutadora superior, mas mesmo sem uma arma eu posso te vencer. - Ele sorriu. - Me chamo Rudgard.  

- Tch, seu arrogante. - Ela cuspiu no chão. 

- Vá embora daqui anã.  

- O quê? - Ela se surpreendeu com a fala do homem, ficou confusa. 

- Aproveite essa confusão e fuja. Se puder arrumar bons aliados, então você é bem-vinda pra voltar e nos ajudar a curar a cidade. Até lá, mantenha-se longe dessas muralhas. Esse lugar se tornou muito sombrio. 

- Tch. - Kurozu ficou sem palavras, o homem parecia sincero no jeito de falar. Ela decidiu confiar nele. A anã deu as costas pro soldado e atravessou os portões. 

- Chefe, tem certeza de que essa foi uma boa ideia? - Um dos soldados questionou. 

- Não tenho mais certeza de nada. - Disse Rudgard. - Mas tenho fé que fiz a escolha certa. Agora vamos cuidar dos feridos.  



A anã e a ninfa vagaram, separadamente, durante a noite. A elfa conseguiu chegar durante a madrugada na vila de Hilde. Levou Sentoki até uma casa de cura e ficou ao seu lado até amanhecer. 

A anã não teve tanta sorte, enquanto andava pela escuridão da noite encontrou homens se enfrentando em plena escuridão na beira da estrada. Ao se aproximar percebeu que os homens tinham pelugem e focinhos de lobos, e usavam panos velhos pra cobrir o corpo. Altos uivos podiam ser ouvidos do combate. Eram conhecidos como “kobolds”, e lutavam entre si por algum tesouro. Kobolds tem a fama de serem “mestres das armas”, pois tem habilidade pra usar qualquer tipo de lâmina e sempre carregam mais de uma arma consigo. Kurozu pensou em atacá-los em busca de um novo machado. Golpe vai e golpe vem, ambos os monstros pareciam estar em pé de igualdade. Kurozu esperava um deles vencer, pra que pudesse atacar o outro que estaria cansado. Ela esperou e esperou, e então finalmente um deles escorregou, não conseguiu esquivar e então teve a cabeça decepada.  

A anã se preparou e correu em direção ao kobold vitorioso, o monstro ainda remexia o corpo morto do seu rival, em busca de seus pertences, quando a anã mergulhou em cima dele, acertando uma cabeçada poderosa que lançou o monstro pelo chão. 

- Sua vitória não vai durar muito, mané. - Kurozu rapidamente pegou uma espada curta do kobold morto pra usar como arma, apesar de preferir machados, era melhor usar uma espada do que não ter arma nenhuma. 

O kobold inimigo já estava preparado pro combate novamente, colocou as mãos nas costas e então lançou diversas facas de arremesso. A anã não teve reação pra se esquivar, então só defendeu com os braços. Três facas perfuraram o corpo da anã e ficaram presas. “Se eu ainda tivesse a droga da armadura, isso não teria acontecido”, pensou. Ela puxou as lâminas, mas antes que pudesse estar preparada pro próximo golpe o kobold avançou, equipado com duas lâminas curtas, a anã conseguiu defender o primeiro golpe por reflexo e saltar pro lado, esquivando-se do segundo. 

- Maldito... Vou te matar aqui e agora! - Com a espada em mãos, ela avançou preparada pra acertar um golpe poderoso. Mas parou no meio do caminho ao ver luz emanar de uma das lâminas do kobold. 

- Nuvem de gás venenoso. - O kobold proferiu essas palavras e então um gás roxo cobriu toda área onde a anã se encontrava. 

- Veneno? Só isso? - Ela avançou com tudo em cima do monstro e então o cortou diagonalmente. A força do golpe dado foi tão exagerada que o monstro se dividiu em dois. - Só um golpe... 

A anã rapidamente foi caçar mais minuciosamente no corpo dos kobolds em busca de algum machado, encontrou e decidiu levar uma foice e algumas facas de arremesso. 

- Tch, não sabia que esses monstros sequer sabiam falar a língua dos vivos, quanto mais usar itens mágicos... Tenho certeza de que Ashi já me contou sobre ter visto algo assim antes. - Ela estava pensativa, e foi então que percebeu que seu nariz estava escorrendo, “deve ser por causa do vento frio da noite” ela pensou, foi limpar com o dedo e então percebeu que era sangue. “O veneno” o sangue começou a vazar pelo nariz cada vez mais, e então pelos olhos, ouvidos e boca. 

- Eu só preciso ser mais forte que o veneno! - Ela berrou. Se sentiu melhor ao fazer isso, apesar de o sangue continuar vazando de seu corpo. “O jeito é continuar indo pra Hilde, se eu conseguir chegar lá, vou provar que sou forte até contra venenos”, e então ela começou a andar cambaleando em direção à cidade, e desapareceu na escuridão. 
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Ashi e Kurozu tentam escapar da cidade de Hirugard, que parece dominada pelos soldados do reino, mas perigos surgem a cada esquina.

#isekai #Fantasy #Action #PTBr #adventure #battle

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