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Arco-íris Cor de Rosa

COMO SE DIZ "FODIDA" EM FRANCÊS? [parte 1]

COMO SE DIZ "FODIDA" EM FRANCÊS? [parte 1]

Apr 01, 2024


alerta: heterossexualidade compulsória

ME sinto a própria Bella Swan em Lua Nova após a partida dos Cullens.

Só que em vez de ficar sentada numa cadeira olhando as estações passando através da minha janela, estou na cama, debaixo do lençol e lendo uma fanfic triste pra caralho do meu shipp favorito de Horror Drama Club — não que seja difícil achar uma fic melancólica quando uma das personagens já morreu canonicamente.

Faltei a escola ontem. Não precisei nem enrolar minha mãe porque ainda na quinta minha menstruação desceu e desde então estou agonizando de cólica.

Provavelmente é uma punição divina pelo meu vacilo. E tudo bem, eu meio que mereço.

— Dory? Tá acordada?

Me encolho ainda mais na cama ao ouvir a voz do meu pai. Ele bate na porta duas vezes e depois a abre, sei porque a madeira range bem alto.

Tento enxugar as lágrimas da melhor forma possível, mesmo ciente de que meus olhos estão inchados.

Não tenho necessariamente vergonha por chorar, mas se ele perceber vai perguntar o motivo e sinto que meu pai não é capaz de entender o misto de emoções que essa fanfic está me proporcionando.

— Filha? — sinto sua presença próxima a cama e largo o celular pra me sentar.

— Hum, o-oi. Bom dia. — finjo um bocejo e puxo o lençol para baixo.

Papai está com as mãos na cintura, próximo da cama e me encarando com a testa franzida. Não sei se ele engole minha farsa, mas também não me repreende por virar a noite no celular e fico grata por isso.

— Tô precisando ir no mercado, bora com o pai. Compro aquele pastel que cê adora! — convida.

Solto um muxoxo cansado. Não tenho qualquer vontade de sair no meu dia de folga... Por mim nem levantava da cama, mas como minha mãe não trabalha hoje sei que em algum momento ela vai reclamar que tô de corpo mole e me mandar ajudar na faxina.

Quando lembro disso, o convite dele fica extremamente tentador.

— Tá bom. Vou me arrumar. — falo, chutando o lençol pra longe.

Fico de pé e antes de ir pro banheiro, dou um beijo estalado na bochecha do meu pai. Ele ri e brinca que se eu demorar muito pra me arrumar, vai sem mim.

Faço um esforço e consigo dar um sorriso.

Vou para o banheiro e tomo um banho frio pra espantar o sono — e quem sabe milagrosamente resolver o problema da cara inchada.

Não me olho no espelho, preferindo manter as esperanças.

Pego uma roupa simples — camiseta e short —, calço minha chinela do Homem Aranha, seco o cabelo e desembaraço, mas não prendo.

Coloco o celular no bolso, mesmo sabendo que vou andar tanto que nem vou ter tempo de mexer e sigo para a cozinha.

Alice está largada em uma das cadeiras, com cabelo cacheado preso num coque frouxo e uma camisa três vezes o seu tamanho com o trecho de uma música da Taylor Swift que não conheço — provavelmente esse tipo de infração rende pelo menos três pontos na minha carteira LGBT, mas não há nada a ser feito. Não sou esse tipo de garota lésbica.

Numa mão ela segura uma caneca cheia de café e na outra algum livro com um cara na capa que parece o Kylo Ren.

Quer dizer, o ator que interpreta Kylo Ren em Star Wars.

— Bom dia. — cumprimento, indo direto até o armário onde guardamos uma maleta de primeiros socorros.

— Dia. — minha irmã resmunga, sem tirar os olhos da sua leitura.

Estico o braço e alcanço a maleta, pegando um remédio pra cólica. As dores diminuíram, mas não quero arriscar.

Vou até a geladeira e encho um copo com água e mando o comprimido com sabor amargo pra dentro.

— Pronta? — papai surge do corredor que liga os quartos a cozinha.

Solto um suspiro e esfrego os olhos, morrendo de sono.

— Hanram.

Alice coloca um marcador entre as páginas — um origami de peixe que fiz anos atrás e já está surrupiado — e fecha o livro.

— Vão onde? — questiona, dando um gole no seu café.

Me encosto na bancada da pia pra deixar meu pai passar, ele vai até a geladeira, olha o que tem dentro dela e então anota no seu inseparável caderninho.

— Mercado. — fala o mais velho. — Dory confere pra mim se tem trigo, por favor?

Abro a dispensa e espio dentro. Quando termino me viro e faço um joinha com o polegar pra ele. Meu pai franze a testa e rabisca algo no papel.

— Paiê compra sonho pra mim? — pede minha irmã, com a voz doce.

Reviro os olhos para a bajulação dela.

— Claro meu amor. — ele nem pensa antes de responder. — Ah! Hoje vamos jantar pizza. — alerta, sorrindo para nós duas.

Sinto uma pontada desconfortável abaixo da barriga e outra na nuca — essa é totalmente imaginária, ocasionada pela lembrança de Eleanor fazendo careta ao falar que odeia pizza.

Meus lábios formam um sorriso pequeno, contra minha vontade.

— Quem vai fazer? — brinca Alice, fazendo cara de surpresa.

Papai revira os olhos e estica o braço, bagunçando o cabelo dela.

— Engraçadinha... — ele apoia as mãos nos meus ombros, me guiando para sala e depois para a porta da frente. — Vamos lá!

— Iupi... — digo, sem um pingo de animação.

Talvez fique melhor depois que eu comer meu pastel.

Bolota nos surpreende assim que abrimos a porta. Corro na frente e pego uma corda toda mastigada que uso pra brincar de cabo de guerra com ele enquanto meu pai tranca a porta.

— Ele tá todo agitado... Podemos levá-lo pra passear? — tiro os olhos do cane corso bobão por meio segundo só pra olhar meu pai.

Ele está com o cabelo preso num mini rabo de cavalo, a barba bem aparada e uma regata branca que deixa seus músculos e tatuagens amostra. Num dos ombros carrega uma ecobag que pintei ano passado, como presente de dia dos pais.

Somos nós quatro e o Bolota desenhados toscamente — porque foi a primeira vez que me aventurei a pintar nesse tipo de material —, mas meu pai usa tanto ela que uma das alças já está quase arrebentando.

Ele disse que amou, mas sei que meu presente não chegou nem perto do da minha irmã — um livro de receitas chique que ela pagou com o salário do estágio.

— Sei não Dory. — meu pai coça a nuca, pensativo. — O mercado tem muita gente, ele pode estranhar e aí se deixarmos o coitado no carro num calorzão desse...

Concordo com um aceno, entendendo seu ponto.

Bolota puxa a corda, fazendo com que meu corpo seja lançando pra frente. Tento resistir, mas acabo cedendo quando o material da corda queima meus dedos.

— A gente pode ir passear na praia mais tarde então? Só eu e ele...

Faço um bico enorme, tentando apelar pros instintos de pai babão dele, mas Ivan é um homem esperto. Ele sabe que não deve desobedecer a esposa se quiser manter a paz em casa.

E eu respeito isso, mas não quer dizer que concorde ou que consigo agir como uma filha compreensiva.

— Foi mal filhota, você sabe que sua mãe...

Reviro os olhos e solto um "Tá." mal humorado. Faço um pouco de carinho na cabeça do meu cachorro e então sigo em direção ao carro — que já estacionado na rua — de cabeça baixa.

Papai me segue em silêncio e entra no Fiat, ligando o veículo e o manobrando para longe da nossa casa.

Ainda de birra, pego no sono minutos depois por conta do balanço do carro e da música calma que ressoa baixinho no rádio.

MERCADO é uma palavra meio ruim pra descrever a Avenida dos Barqueiros na minha opinião. Acho que "feira" combina muito mais.

Uma longa rua de via dupla nos dois sentidos que aos fins de semana é interditada e vira o ponto de vários vendedores ambulantes.

Sério tem de tudo no Mercado da Sardinha. Comida de todo o tipo, roupas, calçados, bijuterias de qualidade duvidosa, filmes piratas, aparelhos de som, lembrancinhas pra turistas, cacarecos de mil e uma utilidades, mais comida, animais de pequeno porte, gente pra cacete, acessórios pra celulares, livros usados e... Peixe.

Tipo, claro que se enquadra na categoria "comida", mas é que é muito peixe. O cheiro meio que impregna na gente e dura semanas — por isso vim com a roupa mais velha que achei.

Segundo o que lembro das aulas de história local... Era aqui que os pescadores vinham tentar vender sua mercadoria antigamente, tudo a céu aberto e contra as normas da ANVISA. E tinha algum figurão que morava bem nessa rua que odiava o fedor, então ele chamava a polícia e todo mundo era expulso a cacetetes e pontapés — só pra voltar na semana seguinte.

Em algum momento o ricaço bateu as botas e como ele não tinha herdeiros, sua propriedade ficou com a prefeitura, que construiu um galpão e botou pra alugar. Era bem caro, por isso todo mundo continuou nas calçadas vendendo suas coisas, atrapalhando o tráfego e o trânsito até um prefeito aí decidir revitalizar a avenida e interditá-la nos fins de semana, sem cobrar nada dos vendedores.

As lojas fixas ficam abertas a semana toda, mas para a maioria o sábado é o único dia bom pra vender aqui.

E pra comprar também se você souber pechinchar.

É o caso do meu pai.

Ele é dono de um dos restaurantes mais procurados pelos turistas na alta temporada — entre junho e julho —, mas está sempre com cuidado nas finanças porque detesta demitir pessoas.

Sério, quando eu tinha uns quinze trabalhei no restaurante durante as férias e — sem ser autodepreciativa — eu era horrível. Do tipo que esquecia os pedidos em menos de minutos, confundia mesas, quebrava copos e pratos por ser destrambelhada.

E mesmo assim papai ficou pra morrer quando precisou me demitir. Imagina o sofrimento de mandar um funcionário bom embora?

— Aqui moça.

Aceito o copo de suco de acerola do vendedor e entrego a nota de cinco reais, murmurando um agradecimento, ainda de boca cheia.

Pastel e suco a gente acha em qualquer lugar, porém ninguém faz um pastel de camarão tão gostoso quanto o que seu Gabriel vende no Mercado.

Beleza, eu não provei todos os pastéis do mundo pra ter uma régua de comparação precisa... Mas tem coisas que já nascemos sabendo.

Por isso digo sem medo que todo nativo de Cassiopeia tem duas certezas absolutas; a primeira é que o pastel da Avenida dos Barqueiros é o melhor do mundo e a segunda é que o Martin's tem o pudim mais gostoso já feito na história da humanidade.

Só que como filha do meu pai, eu não posso elogiar a concorrência e muito menos comer lá.

— Ligeiro filha, quero ir na barraca de frutas e ainda não cumprimos nem metade da lista! — seu Ivan briga, sacudindo seu caderninho.

— Tô indo, tô indo! — respondo, apressando o passo.

Por mim a gente sentava em algum lugar pra comer com calma, mas de acordo com ele os feirantes sempre vendem o melhor pra quem é mais rápido.

Tomo outro gole do meu suco e desvio de um senhorzinho com seu carrinho de compras. Pra um lugar aberto e exposto ao sol das onze da manhã aqui até que tá bem cheio.

Mal consigo dar atenção ao que meu pai fala, são muitas vozes se misturando e de fundo tenho quase certeza que alguém botou um forró pra tocar.

— Beleza... — o mais alto para ao lado de uma barraca de DVDs piratas e confere sua lista.. — Agora vamos atrás dos temperos.

Olho ao redor por pura curiosidade e ao avistar uma barraca em específico uma lâmpada acende na minha mente.

— Pai?

— Oi.

— Que tal se eu for comprar as frutas e o senhor ir atrás da barraca de temperos?

Ele desvia os olhos do papel e junta as sobrancelhas, contemplativo.

Termino de devorar meu pastel de camarão enquanto isso, mais faminta a cada mordida.

— Ok. — concorda, finalmente. Sorrio e estendo a mão pra que ele me entregue a ecobag. — Laranja, banana, maçã e se der maracujá.

Concordo com um aceno de cabeça, para que ele saiba que estou prestando atenção.

— Posso comprar seriguela também? — pergunto, já me imaginando mais tarde sentada de frente pra televisão com uma bacia cheia da minha fruta favorita.

O homem ri com gosto e afirma que posso comprar, mas alerta que devo conferir se as frutas não estão maduras demais antes de levar. Depois ele me dá uma nota de cinquenta e avisa que vai me esperar perto da barraca de feijão verde.

Faço um sinal de "Ok" com a mão e me afasto.

Tem várias barracas de frutas, quase todas bem próximas. Compro laranja numa e maçã em outra, depois migro para uma terceira onde as bananas não estão verdes.

Concentrada na minha missão, nem dou muita atenção quando levo um empurrão, apenas puxo a ecobag para garantir que ninguém tente levá-la e continuo tateando os maracujás.

— VITOR! — o grito me faz tencionar o corpo.

Olho assustada em todas as direções, querendo ter certeza que é só fruto da minha imaginação e que eu não acabei de ouvir a voz de Monique Roux.

Só que aí — em meio a bagunça de pessoas e barracas coloridas — nossos olhos se encontram e ela para a uns dois metros de distância, tão surpresa quanto eu.

Respiro devagar, absorvendo a cena digna de filme que ela é. Seu cabelo cor de fogo, a pele branca queimada de sol, a jardineira que termina no final de suas coxas e a camisa branca com mangas vermelhas.

Monique sorri sem graça, as bochechas coradas e acena com a mão.

Pisco, saindo do transe e retribuo o gesto, ainda segurando o maracujá. Me dou conta disso quando a menor ri.

Devolvo a fruta à mesa e limpo a mão no meu short, me lembrando como estou terrível.

Porra devia ter ficado na cama.

— AJ! Senti sua falta ontem... — cumprimenta a ruiva, se aproximando.

Me engasgo com o ar sem conseguir disfarçar como o que ela diz me deixa afetada.

Meu Deus, meu Deus, meu Deus, meu DEUS. MONIQUE NOTOU QUE EU FALTEI ONTEM!

Calma Ana, respira. Você não pode pifar justo agora. Fala alguma coisa se não a menina vai te achar uma bocó!

— E-e aí. Veio fazer compras também?

O pensamento intrusivo de que eu devia sair correndo e me atirar no mar embaça minha cabeça.

— É, tipo isso. — ela ri e leva a mão ao cabelo, afastando a franja cacheada dos olhos.

Abro a boca, prestes a falar mais alguma coisa estúpida e óbvia, porém perco a linha de raciocínio quando sinto uma mãozinha serelepe se apoiar na minha cintura.

Levanto o braço e olho para baixo, reconhecendo as íris castanhas de Monique, só que agora num rostinho mais redondo e acompanhando de um sorriso travesso com dois dentes a menos.

— Hã...

— Vitor seu peste! — Monique brada, esticando as mãos para alcançar o menino com cabelo cor de cobre. A criança ri com gosto e escapa dela, se escondendo atrás de mim. — Desculpa AJ, esse menino é o cão. Arrête ça Vitor!

Eu sei que ela está zangada e que não é a situação ideal, mas... Porra.

Como a voz dela fica linda falando francês.

— Socorro, socorro, socorro! Ela disse que vai me dar de comida pros peixes! — Vitor berra, segurando minha roupa com força.

Monique finalmente o alcança e puxa ele. Acabo sendo levada junto e estou tão surpresa com a força do menino que nem consigo protestar.

Eventualmente Vitor me larga, mas não deixa barato. Ele se sacode numa birra típica de criança e solta todo o peso do corpo nos braços de Monique, que quase cai de bunda no chão.

— Vitor levanta!

— Seu irmão? — aponto o óbvio, enquanto aliso minha camisa dos Lakers.

Nunca vi um jogo, mas meu pai ama basquete e coleciona, então peguei essa emprestada e nunca mais devolvi.

— Infelizmente...— responde ela, com um suspiro impaciente. E então tenta levantar o irmão mais uma vez, que insiste no escândalo. — Mas não por muito tempo se continuar com essa birra. — Monique aproxima a boca do ouvido do menino, sussurrando. — Tem um peixeiro bem ali, quer que eu te venda pra ele te transformar em ração?

Garota_X
Robin Sonata

Creator

AJ e seu pai decidem ir a feira e lá ela esbarra em uma conhecida

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