Please note that Tapas no longer supports Internet Explorer.
We recommend upgrading to the latest Microsoft Edge, Google Chrome, or Firefox.
Home
Comics
Novels
Community
Mature
More
Help Discord Forums Newsfeed Contact Merch Shop
Publish
Home
Comics
Novels
Community
Mature
More
Help Discord Forums Newsfeed Contact Merch Shop
__anonymous__
__anonymous__
0
  • Publish
  • Ink shop
  • Redeem code
  • Settings
  • Log out

Arco-íris Cor de Rosa

PATINHOS NAUFRAGADOS [parte 1]

PATINHOS NAUFRAGADOS [parte 1]

Apr 26, 2024

BATO o pé contra o chão, pipocando de impaciência.

Faltam só cinco minutos pra acolhida e Eleanor decidiu atrasar justo no único dia do mês em que o terceiro ano é obrigado a fazer fila com o resto das turmas.

Desbloqueio o celular e recarrego a página principal do meu email, só pra ter certeza de que ela não enviou nada avisando o porquê do atraso.

Bufo irritada e escondo o rosto entre as mãos implorando pra que qualquer Santo me ajude. Estou tentando ser uma pessoa melhor e altruísta, acho que mereço uma mãozinha divina. Só dessa vez.

— Jô!

Levanto o olhar e viro a cabeça, acompanhando Eleanor enquanto ela acena pra mim com um sorriso no rosto e vem correndo na minha direção.

Sorte dela que praticamente não tem ninguém no pátio, todo mundo foi realocado para a quadra para honrar a bandeira e cantar o hino.

Fico de pé e me aproximo da porta da biblioteca, empurrando a maçaneta.

— Foi mal o atrasado eu-

— Shiu. — sibilo, puxando a menor pela alça da mochila para dentro da sala. Confiro se o bibliotecário não está prestando atenção na gente e então sigo para o fundo, fazendo zigue-zague por entre as estantes. — Então o plano é o seguinte, eu vou primeiro falar com a Lud, aí você... — franzo a testa e apoio as mãos na cintura. — Ellie para de sorrir! Eles precisam achar que cê tá arrependida!

A menor cruza os braços.

— Mas eu não me arrependo de levar a culpa por ti!

Reviro os olhos.

— Eu sei, mas o ponto é que eles não sabem que... — dou uma olhada ao redor por precaução antes de sussurrar. — Eles não sabem que fui eu. Então pra dar certo, você precisa parecer muito muito triste, sacou?

— Hanram. — confirma com um aceno de cabeça.

— É só seguir o plano Ellie, não tem como errar. Eu vou convencer a Lud a te dar uma segunda chance e aí cê vai chamar ela pra conversar e... Ellie. Tá prestando atenção?

Movo a mão na frente do rosto dela.

Eleanor pisca e se inclina para trás, tomando um susto.

— Hã? Quê? Foi mal me distraí com a estampa da sua roupa. — diz, tocando a barra do meu pijama.

Hoje o tema do trote é "Festa do pijama" e assim como todo mundo da nossa turma, vim com minha roupa de dormir.

Bom, uma versão mais comprida pra falar a verdade. Minha mãe não quis me deixar vir de regata e short curto. O que é um absurdo porque agora estou destoando do resto das meninas.

Talvez só não tanto quanto Eleanor.

Passo os olhos por ela rapidamente, capturando os detalhes do seu pijama que consiste basicamente em uma calça xadrez e uma camisa enorme de um ursinho carinhoso com um um sol na barriga. E pantufas.

Pantufas de Pingu, aquele pinguinzinho que passava na TV Cultura.

Solto uma risada pelo nariz, descrente.

— Sabia que em mil novecentos e noventa e dois um contêiner com vinte e oito mil patinhos de plástico caiu no oceano Índico? Muitos dos patinhos ainda tão por aí vagando no mar.

Sem conseguir evitar acabo olhando para minha própria roupa com estampa de patinhos amarelos, que nem aqueles de borracha que se põe na banheira.

Percebi que Eleanor gosta de acumular fatos aleatórios sobre as coisas mais nada haver e que sente uma satisfação enorme quando alguém a escuta a tagarelar sobre, por isso, apesar de achar interessante o lance dos patinhos, me limito a um comentário simples.

— Uau.

A menor dá um sorriso.

— Né?

— Ok, agora foco na missão. — digo, a segurando pelos ombros e fazendo com que ela gire o corpo. — Vamos pra fila. — comando e começo a empurrá-la para fora do corredor.

A sirene soa e de longe consigo ouvir alguém testando a caixa de som que a direção usa pra tocar o hino.

— Cacete, tamo atrasada. — resmungo, assim que saímos da biblioteca.

Ellie solta um barulho engraçado e vira o rosto para me olhar. Noto que ela está fazendo uma careta séria, as sobrancelhas franzidas, os lábios numa linha tensa e as bochechas

infladas.

É como olhar para um coelhinho bravo.

— Jô, sabia que você fala palavrão demais?

Pisco desacreditada com a bronca dela e acabo rindo, por puro nervosismo de não saber se está falando pra valer ou se quer zombar da minha cara.

— Ah é?

— Sim! Não tem medo da sua mãe descobrir e lavar sua boca com sabão?

Reviro os olhos.

Ok, ela tá implicando.

Solto seus ombros quando atravessamos a cerca de alumínio da quadra e decido encerrar a brincadeira pra ela se concentrar no que importa.

— Ela me obriga a lavar todo dia de noite, não se preocupa. Minha boca tá limpíssima.

Levo as mãos ao cabelo, apertando o rabo de cavalo e conferindo se todas as presilhas estão no lugar.

— Sério!? — solta Cavalcanti, um pouco alto demais.

— Ellie, fala baixo!

Sorrio sem graça para os alunos que nos olham confusos por pegar só parte da conversa. Uma professora também repara na gente e faz um movimento com a mão pedindo pra gente se adiantar pra nossa fila.

Obedeço, mas não vou para o final. Em vez disso, me enfio no meio da fila e puxo Ellie junto. Ela fica envergonhada por entrar na frente dos outros e pede desculpas para alguém enquanto eu estou concentrada em chamar atenção de Ludmila.

Quando cutuco a garota gorda, ela me tange com a mão e sibila:

— AJ, fica quieta!

Me inclino para poder sussurrar no seu ouvido.

— Sei que cê tá brava, mas acho que a Eleanor merecia uma segunda chance. Ela quer muito se desculpar.

Lud vira o rosto e me olha confusa.

— Ela quer? — noto pelo seu tom que ela parece ao menos interessada, o que é ótimo.

Pensei que ia ter que me humilhar mais pra convencer Lud a dar uma chance.

Aceno com a cabeça, mas não consigo acrescentar mais nada porque o coordenador finalmente faz a caixa de som funcionar e pede pra todo mundo ficar atento ao hino.

Minha amiga vira pra frente de novo e apruma a postura, colocando uma mão no peito e outra atrás das costas.

Antes de imitá-la, toco Eleanor no ombro e faço ela trocar de lugar comigo. Ao fazer isso, acabo pisando no pé de alguém que solta um gritinho de dor.

O professor que vai dar nossa primeira aula se inclina lá na frente e nos olha feio, ele põe o indicador na frente dos lábios pedindo silêncio e eu faço o meu melhor pra parecer que estou acompanhando o hino nacional.

Quando sua atenção sai de mim, sussurro:

— Foi sem querer. Desculpa.

— Incrível como você sempre faz as coisas sem querer né Dantas? — a voz enjoada de Tatiane me causa o efeito instantâneo de revirar os olhos.

Olho por cima do ombro pra ela com desdém. A maior parte é por causa do seu pijama cor de rosa composto por uma regata e um short de algodão.

Não gosto de rosa.

— Não vi que era você Tatiane, se soubesse tinha pisado mais forte. — rebato, sorrindo.

A menor bufa e me encara de forma intensa. Como ela é super branca, seu rosto cora a medida que ela se irrita, mas quando não me alfineta de volta fico levemente desconfiada.

Viro para frente de novo, lembrando que tenho mais com que me preocupar do que Tatiane e sua franja torta.

O hino já está quase no fim e até agora Eleanor não tentou puxar conversa com a Ludmila.

Ela é um caso perdido.

Cutuco a dobra do joelho dela com a ponta do meu tênis pra chamar sua atenção, mas quase causo a queda da menina.

— Eita porra. — resmungo baixinho, me arrependendo.

— Aí! — quem reclama na verdade é Lud.

Para evitar um tombo, Eleanor se apoiou nela e acabou puxando seu cabelo sem querer.

A pequena confusão chama a atenção dos outros alunos que nem disfarçam e simplesmente param de entoar o hino para se virar e ver o que está acontecendo.

Alguém desliga a caixa de som e aí o burburinho fica mais alto. Alguns riem, outros reclamam e claro, as vozes de nós quatro acabam se sobressaindo.

— Meu Deus, Lud, desculpa!

Ellie tenta se afastar, sem perceber que seu cabelo enganchou no brinco de Ludmila.

— Peraí Ellie você vai... Aí meu brinco!

Cavalcanti me dá uma cotovelada no peito sem querer e por instinto ando para trás, o que claro, acarreta no meu pé em cima do de Tatiane outra vez.

— De novo AJ!?

Tatiane me empurra com raiva e ai eu bato a lateral do corpo em Eleanor, que tropeça e empurra Ludmila, que empurra o menino na frente dela, causando um rebuliço.

— Não grita caralho! — sibilo para Tatiane.

Olho feio pra ela e recebo um cotoco como resposta.

Estou prestes a mandar ela se foder quando a voz intimidadora da diretora soa por um microfone:

— Que algazarra é essa!?

O chiado do objeto faz todo mundo se calar e levar as mãos até as orelhas.

Começa um empurra empurra na fila, que estava mal feita e torta, mas não adianta tentar fingir disciplina agora. Dona Magali está determinada e o som dos seus saltos ecoa pelo piso do ginásio como um aviso assustador da encrenca em que me meti.

— Posso saber o que está acontecendo? Fazem ideia do quão desrespeitoso é atrapalharem o hino nacional!? Isso não é conduta adequada para alunas do terceiro ano!

Encolho os ombros e escondo as mãos atrás das costas. Fico em silêncio porque tudo que eu falar pode e vai ser usado contra mim.

A diretora espera por alguns segundos, mas ninguém se atreve a abrir o bico.

Noto uma veia saltada na testa da mulher e em como suas sobrancelhas estão bem mais escuras que da última vez que conversamos.

— Então vai ser assim? — instiga, sorrindo de canto. Mas não é um sorriso amigável, muito pelo contrário. — Se ninguém me disser quem começou toda a turma vai ser penalizada.

Suspiros e resmungos chateados disparam de um lado para o outro na fila.

Fecho os olhos por um instante e respiro fundo, pensando que talvez eu deva assumir a culpa. Afinal tudo que aconteceu nos últimos dias foi por minha causa.

Umedeço os lábios, pronta para me entregar, mas então alguém diz:

— Fui eu.

Arregalo os olhos e giro o corpo para encarar Tatiane.

Ela me olha de esguelha por meio segundo e então bufa e só porque a conheço há muito tempo, sei que isso é o equivalente a ela dizer meu nome com desdém.

— Eu empurrei a Ana e ela esbarrou na Eleanor, que sem querer enganchou o cabelo no brinco da Ludmila.

Dona Magali cruza os braços e foca seu olhar glacial na menina de cabelo preto à minha esquerda. Ela não parece acreditar nas palavras de Tatiane.

— E porque você fez isso?

— Hã... Porque...

Sinto um cutucão na cintura e discretamente olho para Eleanor, que está fazendo uma careta. Com um pouco de esforço, entendo que ela não aprova que Tatiane leve toda a culpa.

Balanço a cabeça, tentando mostrar pra ela que não é bom a gente se meter, mas Eleanor é uma teimosa e se eu não fizer nada, ela vai.

Ao menos é isso que me convenço que seu olhar chateado e o bico enorme querem dizer.

Cacete. Sempre eu nessa bagaça.

— Eu pisei no pé dela. — antes que eu consiga me controlar, as palavras escapam da minha boca. — Acidentalmente. — acrescento, arqueando as sobrancelhas para Tatiane.

A diretora entreabre os lábios, porém ela não chega a dizer nada porque Eleanor se agita ao meu lado.

— Eu empurrei também! — Cavalcanti levanta o braço e inclina o corpo para frente, saindo de trás de mim. — E puxei o cabelo da Lud. Sem querer. Desculpa Lud. — ela vira para falar com minha melhor amiga.

Ludmila murmura alguma coisa, que imagino ser ela aceitando o pedido de desculpas da Eleanor, mas não olho para ter certeza. Estou concentrada na veia saltada na testa da diretora.

— Sendo assim, as três devem ir para a coordenação.

Fecho os olhos e aperto bem os lábios pra me impedir de soltar um palavrão.

Estou começando a questionar todas minhas escolhas de vida.

DEPOIS de um carão cuja duração foi só vinte minutos mas que pra mim pareceu quase sete horas... Eleanor, Tatiane e eu somos liberadas — sob o aviso de que temos que entregar uma redação com no mínimo trinta linhas sobre o tema "Respeito" até o fim da semana.

Meu humor, que já não está nada bom, piora ainda mais quando entramos na sala e noto todo mundo se virando para a porta.

A princípio parece que estão nos observando, mas assim que sigo para meu lugar lá no fundo da sala e os olhos da turma não me seguem, noto que todos na verdade estão encarando — e julgando — Eleanor.

Mordo o lábio inferior, apreensiva com toda a situação, afinal é minha culpa que a turma esteja a tratando mal.

Ainda estou fuzilando as costas da garota baixinha como uma assassina num filme de terror quando uma bolinha de papel acerta minha mesa.

Desvio os olhos da jaqueta de Eleanor, tentando adivinhar de que direção veio o papel e não consigo refrear minha expressão abobalhada quando vejo Monique sorrir e acenar pra mim, assumindo a culpa pela bolinha.

Com medo de parecer ainda mais idiota ao acenar de volta, me curvo sobre a mesa e pego o papel, abrindo-o.

É um desenho dela, tipo uma miniatura dela feita de lápis e com um balãozinho de fala onde diz:

"Você se encrencou muito?"

Olho discretamente ao redor, para ter certeza que não tem ninguém atrás de alguma moita com uma câmera como num daqueles programas de pegadinha.

Mas não tem, todos, incluindo o professor, estão concentrados copiando.

Então isso só pode significar que Monique Roux realmente quer conversar comigo por papel? No meio da aula?

Não que seja uma coisa de outro mundo... Só é inusitado o interesse dela em mim, no entanto não consigo esconder minha felicidade em saber que não estraguei tudo naquele dia na feira.

Abro a mochila, pego o estojo e tiro minha caneta nanquim, que uso para finalizar meus desenhos.

Quando termino de rabiscar uma resposta, amasso o papel de novo e lanço na direção de Monique.

Acabo a acertando na cabeça e por pouco solto um pedido de desculpas, mas me impeço no mesmo instante, tampando a boca.

Ela estreita os olhos pra mim, com um sorriso divertido e abre o papel.

Meu coração erra as batidas enquanto a observo batucar com o lápis contra os lábios antes de escrever no papel amassado.

Dessa vez quando ela o joga, estou prestando atenção e consigo pegá-lo com a mão. Nesse ponto, óbvio que um colega ou outro percebe o que estamos fazendo, mas nenhum parece preocupado em nos entregar.

Desembrulho o bilhete e rio fraco ao ver o desenho de lápis dela elogiando o meu — entrei na brincadeira e também fiz uma miniatura minha —, depois leio o que ela escreveu abaixo da minha mensagem, agora sem desenhos pra acompanhar:

"Uau toda misteriosa... Não conhecia esse seu lado AJ. Mas qual foi o motivo da confusão? Me disseram que Ellie e Ludmila estavam brigando."

Reviro os olhos.

É claro que inventaram uma mentira sem pé nem cabeça. Não me surpreende, numa turma fofoqueira feito essa...

Só não sei porque Lud não desmentiu.

Mordo a tampa da caneta, sem saber o que responder. Não sei se Eleanor conseguiu falar com Ludmila como eu orientei já que durante o tempo em que ficamos sentada na coordenação esperando pra conversar com a diretora e o coordenador ela estava tão nervosa que não falava nada com nada.

Pra alguém que não tem medo de ser presa dirigindo sem carteira de motorista, Cavalcanti soou realmente apavorada com o puxão de orelha que nos deram.

Em contrapartida, Tatiane nunca agiu tão esquisito.

Ainda estou em choque por ela ter tentado assumir a culpa.

Quer dizer, essa é a mesma menina que me colocava dentro do gira-gira e empurrava o brinquedo até eu ficar enjoada e chorar pedindo pela minha mãe!

Nada está fazendo sentido hoje.

— Já posso apagar a primeira parte galera!?

Quê?

Levanto o rosto, buscando pelo professor.

Garota_X
Robin Sonata

Creator

AJ está pronta para por seu plano em ação.

Comments (0)

See all
Add a comment

Recommendation for you

  • Secunda

    Recommendation

    Secunda

    Romance Fantasy 43.3k likes

  • What Makes a Monster

    Recommendation

    What Makes a Monster

    BL 75.3k likes

  • Invisible Boy

    Recommendation

    Invisible Boy

    LGBTQ+ 11.4k likes

  • For the Light

    Recommendation

    For the Light

    GL 19.1k likes

  • Silence | book 2

    Recommendation

    Silence | book 2

    LGBTQ+ 32.3k likes

  • Blood Moon

    Recommendation

    Blood Moon

    BL 47.6k likes

  • feeling lucky

    Feeling lucky

    Random series you may like

Arco-íris Cor de Rosa
Arco-íris Cor de Rosa

1.7k views8 subscribers

AJ sempre se sentiu como uma coadjuvante na própria vida, ou quem sabe apenas uma telespectadora que vê todas as cenas passando em câmera lenta, sem poder alterar o script. No seu último ano do ensino médio - iniciado com o pé esquerdo após uma gripe forte que a fez perder a primeira semana de aula - a dinâmica do seu grupo de amigos sofre uma mudança e tanto com a chegada de Eleanor Cavalcanti.

AJ e a garota nova criam uma antipatia pela outra logo de cara, alimentando a rinha infantil ao passar dos dias, até que durante uma festa, dada pelo melhor amigo de AJ, as duas acidentalmente ficam presas juntas.

Obrigadas a por as diferenças de lado graças a situação inusitada ambas acabam descobrindo que possuem muito mais em comum do que contra e assim um acordo de paz é selado - com uma condição um tanto... Incomum.
Subscribe

36 episodes

PATINHOS NAUFRAGADOS [parte 1]

PATINHOS NAUFRAGADOS [parte 1]

69 views 0 likes 0 comments


Style
More
Like
List
Comment

Prev
Next

Full
Exit
0
0
Prev
Next