O conceito de perversão sempre expressou a condenação social de qualquer forma de ser sexual, de ser ant(i)moral. Toda potencialidade do perverso busca o esgotamento, a consumação do consumir-se por inteiro, nesse caminho ele desregula, excita, deforma, embaralha, distorce todo o código social a seu bel prazer, copulando antes de tudo com o cosmos – com a boca sempre aberta do universo.
Videiras é o início da coleção ‘Baixarias – historietas perversas’. Um início que não cessa de começar, que não tem o fim como meta ou a história como material. Um ajustamento, uma pálpebra em chamas, um braço que estica como prenúncio, um vinho que não cessa de derramar. A terra desse vinhedo é o húmus em decomposição.
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